Capítulo 2

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Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤

Chegando com aquela dose semanal de  ogrisse pra vocês hahaha

No final tem o desafio da semana, se quiserem capítulo na sexta-feira, não se esqueçam de conferir 😉

Apreciem sem moderação 😏

👩🏽‍💻

Roda gigante, gira-gira, a rotação do pneu de um carro em alta velocidade, nenhum desses três chegaria perto de servir como exemplo do quanto a cabeça de Agnaldo estava rodando.

Essa não era a primeira, nem seria a última vez que tinha uma ressaca, mas nada o havia preparado para a intensidade do mal estar ao qual havia sido acometido.

— Bom dia Sr. Agnaldo! — Cumprimenta Débora, sua assistente pessoal. — Podemos repassar sua agenda agora?

— Não. Grita! — Resmunga Agnaldo entredentes. — Por que todo mundo resolveu gritar hoje?

— Desculpe — se desculpa mesmo sabendo que não esta gritando — sente-se mal? Posso ajudar em alguma coisa? — Oferece vendo que a face do homem começa a atingir uma tonalidade estranha de verde.

Agnaldo é impedido de responder que não precisa de nada, pois é acometido por uma forte de náusea que o obriga a correr para o banheiro e por para fora tudo o que estava em seu estômago.

Maldita hora que resolveu comemorar o fechamento do contrato com os japoneses tomando saquê, depois de ter quase secado uma garrafa de uísque, só para agradar aos anfitriões. Como conseguiam beber aquilo sem passar mal era algo que fugia do entendimento de Agnaldo, contudo, o contrato milionário de um novo empreendimento minimalista era deles.

Mesmo diante das infindáveis tentativas da empresa concorrente em conseguir o contrato, os clientes optaram por sua empresa. Ele não fazia a menor ideia de como construir uma rede de condomínios com baixo custo para a classe mais baixa, mas o contrato era seu e ele daria um jeito.

Desde que a Arranha Céu Arquitetura foi fundada pelo seu avô em 1923, a empresa vem ganhando terreno no Brasil e no mundo através de seus projetos ousados e inovadores. Dois anos depois, Lorenzo Speziali, amigo de seu avô e que também cursou arquitetura junto com ele, fundou a Alicerce Arquitetura e Urbanismo.

Naquele mesmo dia nasceu uma rivalidade entre os amigos que seria passada de geração em geração até o dia de hoje. A cada degrau que a Alicerce subia, a arranha Céu se obrigava a subir dois, mesmo que tivesse que fazer isso por vias obscuras, coisa que Agnaldo não faria em hipótese alguma.

Gostava muito de ganhar, entretanto fazia tudo da maneira mais honesta possível, porque uma que sentia o gosta da vitória, não abdicaria dele de bom grado.

Nem a felicidade de poder tripudiar em cima dos Speziali melhorava o mal-estar que estava sentindo, mas a lembrança de acordar e dar de cara com um belo par de coxas bem na sua frente melhorava e muito suas náuseas. Porém, ao se lembrar que a dona daquelas pernas era uma funcionária da limpeza, o mal estar voltava com força total.

— Foco Agnaldo, foco! — Repreende-se, se obrigando a levantar do chão do banheiro. — Cancele meus compromissos de agora de manhã Débora. — Ordena a secretária depois de lavar a boca e sair do banheiro.

— Tudo bem. Quer que eu chame um taxi?

— Não. Vou descansar por aqui mesmo. — Avisa se jogando no sofá vazio. — Quando a faxineira chegar com meu pedido, mande-a entrar.

— A-a faxineira?

— Não foi o que eu disse?

— Sim senhor. Com licença.

Ágatha Borralheira - AMOSTRA Onde histórias criam vida. Descubra agora