Capítulo 8 (Bônus)

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Olá, de novo, Piriquitinhas lindas do meu ❤
Só existe uma palavra pra vocês: FODÁSTICAS! 🤩🤩🤩👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼

Vocês não só cumpriram o desafio, como o fizeram muito antes de prazo ❤

Parabéns e obrigada pelo empenho 😍🙏

Apreciem sem moderação 😉

👩🏽‍💻
Cadência.

Não existia outra palavra que pudesse especificar o balanço que tinham os quadris daquela mulher. O que fazia Agnaldo ficar ainda mais furioso, já que por causa dela estava cinquenta mil mais pobre.

— Pai, não é nada disso que o senhor esta pensando!

— Não? Tudo bem. Só tenho duas perguntas pra você.

— Ok, pode perguntar. — fala confiante.

— Você beijou aquela moça?

— Pai, as circunstâncias...

— Só responda Agnaldo!

— Sim. — responde com um suspiro.

— Você a convidou para entrar no seu carro e ela recusou, por isso você estava mandando embora?

— Pai, por favor...

— Responda!

— Sim.

— Isso é tudo que eu preciso saber.

— Pai, eu estava bêbado. Você viu a roupa daquela mulher? Como, em sã consciência eu me envolveria com ela? — apela, em seu pensamento, para o bom senso do pai.

— Eu vi sim, mas sabe o que eu vi também? — pergunta, mas não espera resposta — Uma mulher que tem algo a  mais pelo que lutar, uma mulher que passou por cima do seu orgulho para manter o seu emprego, uma mulher, que apesar de ser muito bonita, não quis usar o ocorrido para tirar dinheiro de você. Muito pelo contrário, ela só quer manter a posição que você tanto abomina!

As palavras do pai incomodam, mais, chegam a atingir um lugarzinho bem escondido em seu peito, mas que logo é fechado. Seu pai não nasceu rico, mas casou com uma mulher rica, sua mãe, por isso sua linha de pensamento era bem diferente da do filho. Veio de família pobre, era um dos arquitetos da empresa do avô por quem sua mãe se encantou e, pela primeira, e como a mesma fazia questão de lembrar, e única, vez, ela abriu uma exceção.

Os dois se amavam muito, isso era notado por todos do convívio deles, mas ao contrário de Antonieta que sempre impunha sua vontade, Afonso era contido. Aceitava os desmandos da esposa pelo simples fato de não gostar de atrito. Costumava dizer que amar uma pessoa era saber amar também seus defeitos, e mesmo que os defeitos da esposa fossem difíceis de ser engolidos para alguns, ele a amava e sempre agia por baixo dos panos para que o certo prevalecesse.

Os pais eram dois opostos da mesma moeda e era isso que os fazia ser tão perfeitos um para outro; eles se completavam. Enquanto o pai valorizava cada centavo que ganhou através do seu próprio suor, a mãe se vangloriava por ter nascido e continuado em berço de ouro.
Mesmo com os protestos de Afonso, que insistia em que os filhos deveriam valorizar todo e qualquer trabalho, assim como seus executores, desde que o mesmo fosse honesto, Antonieta sempre incutiu na cabeça de sua prole, que eles estavam numa posição superior e isso os dava o direito de fazer o que bem entendesse.

O que de acordo com Afonso, não era bem assim.

— Você não vai me deixar explicar?

— Existem coisas que dispensam explicação, filho.

Ágatha Borralheira - AMOSTRA Onde histórias criam vida. Descubra agora