Capítulo (Bônus) 5

3.7K 723 142
                                    

Olá Piriquitinhas lindas do meu ❤

Não, isso não é uma miragem, eis-me aqui novamente 😍

Como vocês foram fantásticas e cumpriram o desafio tão rapidamente, não há motivos para segurar o capítulo até sexta.

Estou muitíssimo orgulhosa de vocês 🤩🤩🤩
Obrigada pelo empenho ❤

Então...

Apreciem sem moderação 😏

👩🏽‍💻
Adrenalina, sangue correndo rápido nas veias, coração acelerado, aquele friozinho gostoso na barriga. Era disso que Ágatha gostava, mas passado o momento de satisfação em ver a cara do seu chefe ogro cair no chão quando se negou a entrar no seu carro, agora se dava conta do tamanho da merda que havia feito.

Ia ser demitida. Sem sombra de dúvidas ela seria demitida. Se fosse sua chefe se demitiria, pensava enquanto andava de um lado a outro na estação do metrô onde aguardava por Rafael, que já estava muito atrasado.

Pegando o celular na bolsa decide ligar para o filho que nada mais é do que sua cópia fiel, tanto na aparência, quanto no gênio. Assim como ela, Rafael tinha um fraco por enfrentamentos, ainda mais quando estava certo. Se fosse o caso, não havia nada, além dela mesma, que o fazia calar a boca ou o impedia tomar qualquer que seja a atitude que julga ser correta.

Quando ligou em seu celular preocupada por seu atraso e ele avisou que estava com o amigo, imediatamente Ágatha soube que os valentões estavam novamente incomodando Cris. E mais uma vez seu menino herói havia entrado em ação, ficando ao lado do amigo até que seu responsável chegasse.

Proteger Cris se tornou uma rotina para ele, não um sacrifício, mas algo que ele fazia com gosto já que o melhor amigo sofria Bullying dos outros colegas de classe. Ela sabia, que assim como ela, Rafael tinha um senso de justiça muito forte e podá-lo estava se tornando cada vez mais difícil.

Mas o que ela poderia dizer? Acabou de perder o emprego por causa do mesmo problema pelo qual tinha que segurar firmemente as rédeas do filho. Bullying era errado e ela abominava tal prática, mas Cris tinha quem zelasse por ele. Sua família possuía mais dinheiro do que poderia contar, enquanto ela e o Rafa não tinham onde cair vivos, porque como diz dona Nena, morto a gente cai em qualquer lugar.

Um arrepio percorre sua espinha diante de tal pensamento e é com uma cara de desespero ocasionado por uma constipação de três dias e que resolveu "desconstipar" naquele momento, que Rafael a encontra.

— Mãe, tudo bem? — Pergunta preocupado

— Tá sim, porquê?

— Você ta com uma cara de que quer ir no banheiro soltar um barro que ta preso a muito tempo.

— Que horror Rafael! Soltar um barro? É essa educação que eu te dou? — Reclama dando um tapa na cabeça do filho.

— Ai! — Reclama do tapa. — Mas tá mesmo.

— E que cara seria essa, Rafael? — Pergunta parando de andar já rindo imaginando a gracinha que o filho ia fazer.

— Assim ó.

Rafael entorta a boca e arregala os olhos numa careta tão feia, que faz com que a mãe se sinta verdadeiramente ofendida.

— Tem amor a vida não moleque? — Pergunta fechando rapidamente o sorriso.

— Tá, parei.

Os dois pegam o metrô e seguem para casa, Rafael estranha o silêncio da mãe que é sempre tão falante, mas não fala nada. Uma coisa que ambos tem e que prezam demais é o respeito pelo espaço do outro e ele sabe que quando ela estiver pronta vai falar. Só espera que não tenha nada a ver com...

Ágatha Borralheira - AMOSTRA Onde histórias criam vida. Descubra agora