Fim

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– Sasuke... – Sakura o olhou, tentando esconder suas lágrimas. – E... Eu estou bem, eu só...

– Você não parece nada bem. – Ele disse, encarando o rosto da rosada. – O que aconteceu lá fora?

– Eu pensei que eu poderia fazer isso. Mas ver ele lá, na minha frente, com um anel, me fez perceber o quão sério é tudo isso... – Ela tentava evitar as lágrimas ao máximo, mas estava difícil.

– Olha, Itachi é um cara legal. Ele vai tentar te dar espaço, conforto, mas ele também vai tentar agradar o nosso pai. Você só precisa ser você mesma. Ele vai te aceitar e te ajudar com tudo isso. – As lágrimas se faziam mais presentes nos olhos de esmeralda, os fazendo brilhar.

– E se eu não conseguir? – A voz falhou – Não posso agir como se nada estivesse acontecendo. Eu estou puta, frustrada, triste e... eu já disse que eu tô puta né? Todos esses sentimentos me fazem sentir como um vulcão! – Ela disse, mordendo o lábio de nervoso.

– Faço o que acha que tem que fazer, mas Sakura... Mantenha seus olhos abertos para o que está na sua frente. – As palavras do moreno não a acalmaram, pelo contrário. Ela se sentia ainda mais confusa e agitada. O que ele queria dizer com aquilo? Claro que ele defenderia seu sangue. Todos sabem que a família vem primeiro, não é?

Sasuke a entregou um lenço antes de desaparecer pelo corredor. Ela respirou fundo e torceu para que sua maquiagem a prova d'água fosse mesmo a prova d'água porque ela choraria ainda mais. Ela sabia disso.

Era inevitável.

Ela caminhou até a sala de jantar e todos os olhos pararam em si. O olhar de Itachi lhe queimava a pele. Como uma boneca perdida, ela caminhou até sua cadeira e se sentou. Não olharia para ele, não poderia olhar. Ele estava nisso com eles, sem remorso nenhum.

– Ah, Sakura. Na hora da sobremesa. Fizemos bolo de morango, sua mãe nos disse que era seu preferido. – Mikoto bateu palmas, animada.

– Uh... – Sakura murmurou, se sentindo tonta.

– Sakura! – Mikoto a chamou com um tom de voz sinistro.

Sakura olhou para a bela mulher de cabelos negros, que a olhava preocupada. Sorriu falsamente.

– Obrigada, Sra. Mikoto. Mas, não me sinto muito bem. Desculpe por acabar com seu jantar maravilhoso.

– Sem problemas, docinho. Quer se deitar um pouco? – Mikoto perguntou de forma adorável.

– Claro, seria muito bom! – A rosada se levantou enquanto Mebuki a olhava com preocupação.

– Não se preocupe, Mebuki. Eu a levo para o quarto, a deito e lhe dou algum remédio. O jantar estava irresistível. Ela precisa descansar um pouco. – Mebuki assentiu.

Itachi estava distraído. Ele se sentia péssimo e sabia que tentar pressioná-la tinha a deixado assim. Não foi um bom começo.

Quando as duas deixaram o cômodo, Fugaku olhou diretamente para Kizashi.

– Espero que isso não tenha nada a ver com uma gravidez. Meu filho não criará um bastardo. – A ira de sua voz era palpável.

– Estou certo que não, Fugaku. – Kizashi respondeu, levantando as mãos em sua defesa. O outro riu em escárnio.

– Como pode saber? Ela nunca teve um namorado? – Mebuki engoliu seco.

– Sim ela tem... Teve. Mas a criamos bem e a criamos para se cuidar.

– Espero que esteja certo.

– Pai, chega. – Sasuke bateu seu punho na mesa, fazendo com que todos ali prestassem atenção nele. – A vida pessoal dela nem é da sua conta.

Atado pelo Orgulho (ItaSaku) {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora