Tarde da Noite

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Itachi passava pela boate cheia e pelos corpos suados e dançantes com seu segurança enquanto fazia um esforço para segurar firme a pasta nas mãos. Uma garota com menos de dezesseis esbarrou nele, o deixando irritado.

– F... foi mal. Ah, oi... – Disse ela, sorrindo e colocando uma mecha do cabelo castanho atrás da orelha. Ele a olhou da cabeça aos pés e se perguntou onde estariam os pais dessa garota. Se perguntou também, por qual motivo os pais a deixariam frequentar um ambiente daqueles.

Continuou sua caminhada.

– Ei! Você me ouviu? – Ela gritou, competindo com o som alto do lugar. Parecia até que ela não era acostumada a ser rejeitada.

Uma típica pirralha do ensino médio.

O segurança então abriu uma porta, na qual se lia "acesso negado" em vermelho. Itachi o agradeceu com um aceno curto e entrou na sala privada, que cheirava a álcool e tabaco e estava nebuloso graças a falta de janelas.

– Itachi Uchiha. – Cumprimentou o ruivo, cheio de piercings. Ele estava sentado em um sofá com dois guarda costas enquanto algumas garotas bebiam e sussurravam em um canto da sala.

Elas olhavam para Itachi e riam.

– Gostaram de você. Continua garanhão, como sempre. – Disse o ruivo, estendendo os braços. E como Itachi já suspeitava, ele estava bêbado.

– Pain. – Cumprimentou Itachi, indiferente.

– O próprio. Sente, por favor. – Respondeu o ruivo, apontando para o sofá branco em sua frente. Itachi se sentou.

– Uma bebida?

– Não, eu não bebo.

– Deveria. – Disse Pain, virando meio copo de whisky. – Você trouxe? – Bebeu o restante. Itachi jogou a pasta na mesa.

– Meu pai me mandou todas as informações que ele conseguiu por um detetive particular.

– Percebi. – Disse o ruivo, pegando a pasta. – E algo me diz que você quer que peguemos ele na Itália, certo?

– Certo. E para isso, deixo meu jato particular com vocês. – Respondeu o moreno, esfregando as mãos. O ruivo gargalhou.

– Você sempre resolveu seus problemas pessoalmente. Por que não dessa vez? – Itachi limpou a garganta.

– Não quero ele na minha cola, caso algo falhe.

– Você quer proteger ela... – Respondeu o ruivo, bebendo mais.

– Não faria o mesmo pela Konan? – O moreno arqueou as sobrancelhas, e sua voz soou mais agressiva do que ele gostaria.

– Sim, claro, mas... vejamos... – Ele lambeu os lábios e colocou o copo na mesa. – Eu não fui forçado a estar com ela. Não podemos dizer o mesmo de você, podemos? Eu fazendo merda por amor é plausível, já você... – Encarou o moreno dos pés a cabeça. – Mantém sua esposinha isolada em algum lugar desconhecido. – Itachi levantou a sobrancelha.

– Sim, até porque, se eu quisesse gente como você pra assustá-la, ligaria pra minha família. – Respondeu o moreno, afrouxando a gravata preta e deixando a mostra seu pescoço suado. Pegou o copo de Whisky e o virou. Apesar de sentir o gosto amargo, ignorou.

– Não vim até aqui falar da minha vida pessoal, Pain. – Disse, o cortando. O ruivo bateu a mão na mesa, fazendo os copos tremerem. As garotas gritaram, mas logo voltaram ao "trabalho". Itachi apenas sorriu. – Preciso protege-la até que o banco da família esteja em ordem.

Atado pelo Orgulho (ItaSaku) {Em Revisão}Onde histórias criam vida. Descubra agora