Capítulo 9

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Não consigo me conter
Não importa o quanto eu esteja tentando
Eu quero você todo pra mim
Você é um gim e suco metafórico
Então vamos lá, me deixe experimentar o gosto
Do que é estar perto de você
Não vou desperdiçar uma gota
Você é um gim e suco metafórico

Hands to myself

Assim que saímos da escola fomos em direção ao estacionamento.

Eu nunca tinha ido lá, já que, eu não tenho um carro e não tenha a pretensão de dirigir, mas uma coisa que eu não entendia era o motivo de estarmos indo para lá pois, ele não morava perto da escola?

Eu ainda estou confusa por muitos motivos.

Raphael levava os meus materiais e os dele sem dizer uma palavra, eu não sabia o que fazer agora. Deveria agradecer? Voltar e encontrar a Maya?

Limpei minhas mãos suadas na minha calça jeans, estava prestes a agradecer e voltar para escola, quando sua voz interrompeu.

— Meu carro está estacionando logo ali na frente. — Avisou.

O segui um pouco indecisa. Eu ainda estava muito indignada com as coisas que estavam acontecendo. Então só fui indo.

Passamos pelo estacionamento, que estava relativamente cheio.

— Obrigada por agora a pouco. — Falei encarando o chão. Raphael continuou andando pelo estacionamento, mas parou para me encarar.

— Não precisa me agradecer. — Continuamos a caminhar até chegar no carro dele. O carro é uma Lamborghini sem teto e preto, que está entre os carros mais vendidos. Conclui que Raphael era rico para uma porra.

Meus pés quase pararam quando avistei o Pedro e a Molly quase transando no estacionamento.

Eles namoravam?

Eu pensava que ele estava começando a gostar da Maya. Aquilo não fazia sentido.

— Odeio quando eles fazem essas coisas. — Raphael falou tirando a minha atenção. Colocou as minhas e suas coisas no carro.

Fui para o lado do passageiro me sentindo nervosa. O carro apitou, destrancando o carro. Raphael foi o primeiro a entrar e fui logo em seguida. Quando entrei meus olhos travaram na Molly que estava me encarando enquanto está de pegação com o Pedro. Só ignorei.

Dentro do carro tinha um cheiro doce. Raphael não demorou para sair, coloquei meu sinto me sentindo muito mais nervosa. Eu estava indo para casa dele?

— Sabe... eu realmente preciso de ajuda. — Isso estava me assustando. Virei meu rosto e encararei seus cabelos loiros. — Sei que você tem que ajudar sua amiga lá. Mas por favor me ajuda hoje. — meus olhos foram para seus olhos castanhos. Depois que ele me ajudou com a Molly, eu devo isso.

— Eu faria isso, mas e a Maya? — Falei

— Você poderia me ajudar hoje, amanhã você fala com ela. — Insistiu. Eu encarei meu tênis all star. — Você sabe onde ela está agora? — Perguntou.

— Não. — Sussurrei. Maya iria conseguir muito bem fazer as provas, mas estudar com ela deixava tudo divertido. Mas o Raphael realmente precisa de ajuda.

— Então me ajudará?

Meus olhos percorreram para seu rosto. Ele não parecia uma babaca, pelo menos não agora. Já ouvi vários boatos sobre a Gang, sobe as festas e sobre como eles beijam maravilhosamente bem. Não vou negar que eu queria muito saber como é o Beijo do Raphael.

Ano passado tinha um garoto do segundo ano, que agora era do terceiro, que queria ficar comigo, mas eu sempre pensava " beijar ele vai ser como se eu estivesse comento arroz. Não tem nada de mais". Mas com o Raphael eu tenho uma sensação diferente. Com ele seria como se eu tivesse comendo uma comida árabe, picante e deliciosa.

— Claro. — Raphael sorriu abertamente com a minha resposta.

Depois de alguns minutos percebi que ele não morava perto da escola.

— Você não disse que morava perto da minha casa? — Perguntei.

— Eu menti. — Disse ele simplesmente me fazendo olhar para ele com a boca aberta.

Ele gargalhou. Cada vez que eu escuto sua risada meu coração erra uma batida e minha barriga congela, nunca vou entender.

Depois de longos minutos em seu carro, ficamos em silencio, mas não aquele silencio constrangedor e sim um silencio bom e agradável.

Paramos na frente de um apartamento, igualzinho o da Gisele que parecia mais uma mansão que um apartamento. Subimos pelo elevador, ele morava quase no último andar. O seu elevador parou bem de frente do seu apartamento.

Entrei na casa segurando meus materiais. Eu nunca me imaginei entrando na casa de um garoto que mal conhecia, mas aqui estou eu se minha mãe descobrir fudeu.

Sua casa é muito espaçosa e decorada. É bem iluminada, sua varanda é gigante e tinha uma janela de vidro que dava para ver toda a cidade. As paredes são todas com tons de branco e preto, bem estilo dele.

— Nossa, sua casa é muito bonita.

— Obrigado. Então, vamos para meu quarto. — Não vou mentir que a palavra "quarto" me deixou um pouco inquieta. Raphael começou a ir e eu fui atrás.

— Tem alguém mais na casa? — Perguntei.

Ele começou a rir da minha pergunta. Por que ele estava rindo? Falei algo de errado.

— Eu sou emancipado. — Falou ele como se fosse a coisa mais normal do mundo. — Pode entrar. — Falou ele pegando meus materiais e colocando na escrivaninha perto da janela com as cortinas brancas.

Eu ainda estava para de porta, ele é emancipado? Ele mora sozinho, Meu deus.

Raphael me olhou com um sorrisinho brincalhão e começou a caminhar na minha direção, chegando muito perto.

— O que foi? — Disse ele calmamente fechando a porta que estava atrás de mim me encostado na parede. — Você está com medo de ficar sozinha comigo? — Disse ele me prendendo mais na parece. Eu podia sentir seu hálito, ele estava muito perto.

— Eu não disse isso. — Sussurrei.

— Mas era exatamente o que você estava pensando. — Ele me encarou me dando um sorrisinho. Ele estava se divertindo com o meu constrangimento.

— Não. Eu estava pensando, por onde vamos começar nossos estudos. — Falei empurrando ele e adentrando seu quarto.

— Você é uma péssima mentirosa Mari. — Falou ele se sentando na cadeira do seu quarto.

Não pude deixar de sorrir com suas palavras. Eu gostava da maneira como meu apelido saia de seus lábios. É muito bom, para falar a verdade.

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