Capítulo 8

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— Maya de onde você conhece Pedro Scott?

Maya se moveu desconfortável caminhando e sentando na minha cama.

— Lembra quando eu fui no PASS, o acampamento? — Ela começou e eu concordei com a cabeça.

Claro que eu lembrava. Ficamos um mês sem nos falar por conta disso.

Em dezembro Maya tinha ido para um acampamento para ficar o resto do mês.

— Lá tinha um menino chamado Vinicius. — Maya me olhou suspirando e depois continuou. — Eu comecei a gostar dele, ou eu acho que estava gostando, só que, eu só olhava ele de longe e nunca tive coragem de falar com ele e também nunca tivemos essa oportunidade. Quando o mês acabou voltei para casa e achei que nunca ia ver ele de novo.

Eu não estava entendendo aonde essa história iria chegar.

— Okay, mas onde entra o Pedro na história? — Falei também sentando na cama

— Hoje, quando eu entrei naquela sala eu olhei de relance para o pedro, mas ele já estava me encarando e pensei assim "eu conheço esse menino de algum lugar". Depois de pensar cheguei à conclusão que era o menino do acampamento porque eles se parecem muito, mas quando Gisele falou o nome dele percebi que não era. Mas eu conheço ele, só não sei de onde, ainda estou tentando me lembrar

— Bom, isso faz sentido o motivo de você está encarando ele. Mas porque você fingiu que tinha esquecido alguma coisa na sala?

- MEU DEUS, você me conhece muito bem. — Ela disse rindo. — Hoje quando eu estava tentando descobrir se ele era o menino lá, ele ficou me encarando as vezes, mas todo mundo me disse para eu ficar longe daquele grupo, não quero criar esperanças. Eu só estou dizendo isso porque você está gostando do Rapha...

— Eu não estou gostando dele. — Falei cruzando os braços

Maya me olhou com uma cara de quem não acreditava, mas nem eu sei o que sentia por ele.

— Voltando a falar sobre o Pedro, ele não tirava os olhos de você. — Falei olhando diretamente para ela. — Não escuta essas pessoas, se você que dar uns beijos nele só vai entendeu. Além do mais ele nos seguiu...

— Você também percebeu? — Perguntou ela com uma cara engraçada

Nos duas começamos a rir.

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Ficamos conversando até duas horas da tarde e fomos para a escola indo direto para biblioteca.

Não tinha muita gente, Maya apertou meu braço e mexeu a cabeça para frente sinalizando que o Pedro estava sentado em uma das cabines de estudos individuais olhando diretamente para Maya, enquanto ela olhava para baixo fingindo que não estava observada. Esses dois ainda vai dar em alguma coisa.

Maya e eu caminhamos em direção as cabines de estudo em grupo que não tinha quase ninguém. Estávamos estudando tranquilas até Victor e Gisele chegar.

Victor é meu melhor amigo Gay.

— Oi Maya, eu sou Victor e já que você é amiga da Mari, logo você é minha melhor amiga também. — Falou ele sentando do lado Maya colocando seus braços em volta da mesma.

Eu já tive uma quedo pelo Victor, ele tem cabelos loiros, olhos azuis tinha algumas sardas. Minha queda por ele durou alguns minutos até ele ter me contado que era Gay e queria virar ator pornô.

— A Maya vai entrar no teatro. — Falou Gisele também se sentando.

Agora que Gisele e Victor estavam aqui já sabia que não íamos estudar tão cedo.

— Eu convenci a Mari a entrar também. — Falou Maya.

Os dois ficaram bem felizes com a notícia.

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Nós quatro ficamos conversando, fiquei até com medo da bibliotecária vim brigar com a gente, mas ela nem deu moral.

— Maya levanta, vou te mostrar a escola. — Falou Victor levantando da cadeira e Gisele também acompanhou. — Aproveitamos e você faz sua inscrição no teatro.

Antes que Maya ou eu pudéssemos falar alguma coisa os dois os puxaram para fora da biblioteca.

Nossas chances de estudar já era.

Parei antes de descer a escada.

— Gente, preciso guarda meus materiais no armário, não quero ficar carregando isso. — Falei, aproveitando que ninguém se contrapôs acrescentei. — Maya eu guardo seus materiais também.

Peguei seus materiais e falei para eles irem mostrando a escola para Maya. Eu não queria ficar andando, isso foi uma ótima desculpa, mais tarde eu iria reencontra eles.

Guardei algumas coisas no armário. Depois fui a procura de uma sala vazia para fazer meus resumos para a prova. Isso iria ajudar tanto Maya quanto Raphael.

— O que você acha está fazendo? — Perguntou a voz atrás de mim.

Virei para a dona da voz. Encarei um rosto da menina parada na porta, era a mesma menina que tinha me expulsado do meu lugar, até hoje não sabia o seu nome.

— Acho que não deu para perceber. — Disse. — Mas estou estudando. — Falei como se estivesse falando para um bebê.

— Eu não estou falando sobre seus estudos individuais e sim sobre seus estudos com o Raphael. — Disse ela com arrogância. — Eu sei muito bem do seu tipinho, mas não fique com esperanças, Raphael NUNCA vai gostar de você uma nerd sem graça. — Ele deu um passo na minha direção.

Essa menina estava tentando me intimidar? Mas eu não alterei a minha voz

— Eu só estou ajudando ele, se você está incomodada por que você não ajuda? — Levantei minha cabeça para ela, que agora estava muito perto.

Ela era muito alta e tinha cabelos longos californianos.

— Escuta aqui garota ridícula. — Disse ela olhando diretamente nos meus olhos, poderia jurar que ela iria me atacar a qualquer momento.

— Molly? — Chamou alguém forçando ela recuar com rapidez. Ela revirou os olhos de uma maneira dramática.

— Raphael, querido. Não está vendo que estou conversando? — Não achava que aquilo era uma conversa. — Estava vendo se Mariana poderia me ajudar nos estudos também. — Víbora, é isso que ela é. Como ela sabe meu nome? Provavelmente o Raphael deve ter contado.

— Eu vim buscar a Mari. — Meus olhos arregalaram com a sua afirmação. — Vamos sair para estudar. — Continuou.

Molly, agora já sabia o nome, passou pelo Raphael e falo alguma coisa no seu ouvido.

— Você entendeu? — Perguntou ela.

Analisei a garota do lado do Raphael que estava concordando. Logo ela saiu da sala deixando eu e Raphael sozinhos.

O que ela tinha falado para ele?

— Vamos? — Perguntou Raphael. Seus olhos se encontraram com os meu, eu ainda não estava entendendo o que tinha acabado de acontecer. — Eu levo suas coisas. — Ele pegou alguns materiais na mesa, que não era muito.

Segui ele pelo corredor.

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