Capítulo 5

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Raphael Hill

Ando comendo putas e me drogando

Cara, eu me sinto tipo um astro do rock

Todos meus amigos têm aquela erva boa

E sempre estão fumando como se fossem Rastafáris

rockstar
Post Malone

— Cara, você está um lixo. — Disse Pedro assim que ele entrou no meu apartamento.

— Estou me sentindo bem melhor agora, a Molly trouxe remédio. — Menti

Fechei a porta e me virei, dei de encontro com os dois se pegando no meu sofá.

— Ei, vocês dois podem parar, esse é meu sofá. — Falei com os olhos fechados.

Eles dois me ignoraram, mas logo o Pedro começou a falar.

— Eu sei que deve ser difícil para você ver nos dois juntos, pois vocês tiveram um caso no passado. — Ele faz uma pausa me analisando.

Sim, eu é Molly tivemos um passado, ela é a única menina que eu fiquei mais de uma vez, e até pensei na possibilidade de me apaixonar por ela, mas quando tentamos namorar no outro momento já encontrei ela na cama de outro. Pedro entrou esse ano na escola, então não sabe sobre o passado de vadia da Molly. Quando descobri que eles estavam ficando, pensei que seria só mais um dos rolos da Molly, mas começou a ficar mais tenso a cada dia que passava.

Quando eu fiquei com ela novamente, bêbado. Descobri que ela estava namorando ele. Foi um baque, admito

Dês desse dia, não ousei tocar nesse assunto nem alertar sobre o quão vadia ela é. Sempre que eu falava para ele tomar cuidado com ela, ele achava que eu estava com ciúmes dos dois e brigávamos.

Então só desistir de tentar.

— Você não pode continuar trazendo garotas aqui e mandando elas ir embora no dia seguinte. — Continuou Pedro.

Pedro é o tipo de cara, que queria encontrar alguém e se apaixonar, eu admirava isso nele, só ficava com pena que ele achasse que a Molly era esse tipo de menina.

— Eu sei.

É tudo o que eu falo

— Vai rolar uma festa hoje à noite. — Disse Molly quebrando o silencio e caminhando até a porta. — Vejo vocês dois lá.

Molly foi embora, deixando eu e Pedro.

Fiquei em silencio, eu não iria nessa festa.

— E da Bianca, cara. — Disse ele parecendo que leu a minha mente, me dando um sorrisinho malicioso

— Não ligo de quem é a porra da festa, eu não vou.

— Como assim não vai? — Falou se levantando. — Só um loco rejeitaria Bianca Miller.

— Prazer, loco. — Disse fazendo-o rir. — E, eu não fico com a mesma menina, já te disse isso. — Falei dando de ombros.

Liguei a caixinha de som e conectei no Spotify, começamos a fumar uma erva das boas.

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Depois de ficarmos sóbrios, Pedro pegou meu celular.

— Cara, quem é essa morena aqui? — Perguntou

— É aquela menina do A, ela vai me ajudar nas provas.

Ele me deu um sorrisinho malicioso.

— Ela me parece bem atraente, por que você não tenta? — Me disse me entregando o celular. E comecei a encarar a foto dela.

Nossa, eu não podia negar que a Mariana é bem atraente. Ele tinha os olhos castanhos, estava usando um vestido branco num campo de girassóis, tinha um sorriso doce e inocente. Seus cabelos cacheados voavam e tudo que eu queria fazer nesse momento era me perder neles.

— Ei, fecha a boca senão a baba cai. — Falou Pedro me provocando. — Você ainda não respondeu minha pergunta.

— A Molly abriu meus olhos.

Ele me olhou confuso e eu expliquei para ele, ou melhor menti para ele.

— Ela não faz meu tipo, e também não faz parte do nosso grupo.

— Sabe, você tem razão, ela é muito inteligente e inocente para querer alguém como você.

Eu sabia exatamente o que ele estava tentando fazer, mas eu não iria cair nessa.

— Quer saber, eu acho que vou nessa festa para ver as novidades. — Falei piscando para Pedro

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Três dias.

A festa durou, três dias inteiros.

Quando concordei em ir para a festa, pensei que seria só um dia, mas quando cheguei na porra de uma chácara e vi que não se tratava apenas de um dia já era tarde.

A cada dia que passava eu acorda com uma garota diferente, bebia e fumava até chegar no ápice.

Mas, nesses dias eu também não parava de pensar na Mariana. Não sei que droga estava acontecendo comigo, mas não fui capaz de não pensar nela. Desejando que fosse ela no lugar dessas meninas que acordavam na minha cama.

Eu imagino como seria ter ela na minha cama, ter seus lábios contra os meus. Apesar que, isso nunca vai acontecer, não se pode culpar alguém por imaginar.

Quando fiquei um pouco mais sóbrio fui para casa.

Afinal, amanhã já voltaria as aulas e eu nem comecei a fazer a lista que passaram. Também, queria ver logo a Mariana e começar os estudos com ela.

Porra, amanhã seria um dia diferente.

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