Capítulo 2

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A cultura do crush me faz
Querer vomitar
Eu sei o que você está fazendo
Tentando me fazer ir atrás de você

Crush culture.

Depois que o professor pediu para todos ficarem calados, me senti um rato no meio dos leões. Eu não conhecia ninguém daquele grupinho, quase não conversava com as pessoas do D. A única pessoa que eu conversava dessa sala era Gisele, mas ela se juntou com a Sara, estavam conversando, provavelmente fofocando sobre algum boato que surgiu.

Raphael já não estava mais do meu lado. Ele me deixou para se juntar com a gangue.

A gangue era composta com os meninos populares do colégio, eu só conhecia duas pessoas daquele grupo o Alex, que era da minha sala e, agora, Raphael.

— Por que você está sentada aqui? — Perguntou uma menina que eu não conhecia.

A menina ficou me encarando com uma cara de deboche, odiava esse tipo de pessoa que se acha superior. Para piorar ela tem uma cara estranha, só o corpo que era aceitável aos olhos dos garotos, alta, magra e tem peito tipo padrãozinho da sociedade.

— Me chamaram para sentar aqui. — Disse, poderia ter dito que Raphael me chamou especificamente, mas não. Não iria dar essa informação para essa menina que não parecia nada agradável.

— Hum. — Disse ela, sem olhar na minha cara

Essa garota não é nada legal.

— Escuta aqui, eu quero sentar aí então saí — disse ela com arrogância

Eu olhei para os lados, para ver se alguém noto o que ela estava fazendo, mas ninguém parecia ligar. Meus olhos foram ao encontro de onde estava Raphael que estava conversando com uma garota. Voltei a minha atenção a menina que está parada na minha frente me encarando com uma cara de impaciente.

— Pode sentar, eu realmente não me importo. — Falei sem pouca causa. Odiava brigar por coisas fúteis e brigar por conta de lugar é o cúmulo da futilidade.

Voltei para meu lugar de origem.

— Gosto do seu momento de rebeldia? — Sara as vezes conseguia me irritar com muita facilidade

— Me deixa Sara. — Falei rispidamente fazendo a Sara e Gisele rir.

Sara e Gisele continuaram a conversa sem me incluir. Na verdade, eu nem me importava com isso, como eu disse, odeio coisas fúteis e fofoca estava incluída nisso. A menina que me expulsou do meu lugar estava agora conversando com um menino que provavelmente deve ser o namorado dela, coitado.

Voltei a olhar para o Raphael e a menina que ele estava conversando e foi assim que eu percebi que a menina era a Alicia.

Alicia era a menina mais bonita do colégio. Além de bonita ela também era inteligente e legal colocando em outras palavras ela é perfeita. Fiquei triste, vendo Raphael e Alicia conversando, de longe dava para ver a química entre os dois. Eu não tinha chance, não que eu achei que teria alguma chance com ele.

Raphael era o menino mais popular do colégio. Não criei expectativas, isso não era um filme de drama adolescente. Nós não iriamos olhar um para o outro e se apaixonar perdidamente, isso não acontece na vida real. Pelo menos não na minha.

Apaixonar no ensino médio também estava incluída nas coisas fúteis, apaixonar só é uma perda de tempo, agora pelo menos. Meu foco é, tirar notas boas e me formar o mais rápido possível, Raphael só é um crush, ou melhor, um altraçãozinha. Essa escola é grande provavelmente não irei mais ver ele, e essa atração irá embora e eu voltarei a ser imune totalmente dessas paixonites, mas ainda me pegava pensando, no motivo para ele ter me chamado para sentar lá.

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