17-Riscos

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No dia seguinte...

Pov's Elsa

Ouvi a porta da jaula se abrir e virei meu corpo, vendo Breu, parado na entrada.

- Venha comigo - pediu - Quero te mostrar uma coisa.

(...)

Um homem abriu a porta, permitindo que eu e Breu entrássemos na sala.

Avistei imediatamente, um rapaz pálido de cabelos castanhos, ajoelhado no chão e algemado à parede. Ele chiou irritado, mostrando seus caninos afiados. Era um vampiro.

- Os submundanos são a falha no nosso mundo, um erro que não deveria sequer existir - declarou Breu me fazendo encará-lo - Meu objetivo é eliminar todos com sangue de demônio do mundo e quero que siga meu legado filha.

Franzi a testa confusa.

- Como assim? - indaguei.

Ele sacou sua lâmina serafim e estendeu pra mim.

- Eu quero que você mate esse vampiro - disse sério me fazendo arregalar os olhos - Ele tem sangue de demônio! É uma abominação!

- Não! Eu me recuso! - neguei incrédula - Ele não fez nada contra mim!

Breu rolou os olhos e andou na direção do vampiro.

- Não! - pedi assustada.

Ele enfiou a lâmina na barriga do vampiro, que rapidamente, virou pó.

- Levem ela de volta pra cela - ordenou - Minha filha ainda tem muito o que aprender.

Dois homens me agarraram pelos braços e eu me debati irritada.

Pov's Moana

Ouvi batidas na porta aberta e ergui meu olhar, encarando meu pai.

- Filha, tem uma shadowhunter aqui e ela quer falar com você - relatou.

Levantei as sobrancelhas surpresa.

(...)

Adentrei a sala e me surpreendi ao ver Merida, sentada no sofá.

- Merida, que surpresa - comentei me aproximando - O que veio fazer aqui?

Ela suspirou e se pôs de pé.

- Você deve estar sabendo que Elsa foi considerada traidora e que está sendo procurada pela Clave por todo o lugar, né? - deduziu.

- Que pessoa do mundo das sombras não sabe? - dei de ombros.

- Pois é, mas temo que façam com ela o mesmo que fizeram com o meu pai. E Jack e Talissa também pensam assim - alertou - Por isso queremos achar Elsa antes da Clave.

- E...o que isso tem haver comigo? - indaguei confusa.

- Elsa ainda não tem a runa de rastreamento, então a única forma de ser encontrada, é através de um feitiço - explicou - E eu não poderia pedir isso pra minha mãe.

Franzi a testa determinada.

- Conta comigo - garanti.

(...)

Mais tarde...

Pov's Jack

Como não podíamos levar Moana para o Instituto, eu e Anna fomos para a casa dela junto com Merida. Talissa não pôde vir, já que estava proibida de sair pôr não ser de confiança.

Moana estendeu um mapa sobre a mesa e pegou uma faca.

- Anna, me dá sua mão - pediu.

A Snow obedeceu.

Moana fez um corte na palma da mão de Anna, que fez uma expressão de dor.

Ela virou a mão da Snow e o sangue começou a pingar em cima do mapa. A Waialiki fechou os olhos e começou a murmurar palavras desconhecidas.

A quantidade de sangue derramado começou a se mover pelo mapa e então parou.

Merida analisou confusa.

- No meio do mar... - murmurou.

Moana abriu os olhos, revelando estar dourados.

- É num navio... - alertou - Por isso não conseguimos achá-los...

Foi então que o mapa começou a pegar fogo e Anna cuspiu sangue.

- Droga! - xingou Moana ficando com os olhos normais e moveu a mão para apagar o fogo.

Anna pendeu pra trás e eu a peguei nos braços. A Snow ofegava fortemente.

- O que houve!? - exclamei assustado.

- O navio tem um escudo mágico e se autodefendeu contra o meu feitiço! - respondeu Moana aflita - E isso afetou Anna! Temos que resgatar Elsa antes que eles mudem pra outro lugar!

- Abre um portal pra mim! - pedi.

Carreguei Anna com colo e a pus no sofá.

- Cuidem dela! - mandei - Eu vou trazer Elsa de volta!

- Cuidado! - alertou Merida.

Moana ficou com os olhos dourados de novo e moveu as mãos, abrindo o portal.

Suspirei e então, atravessei.

(...)
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Pov's Elsa

Me encolhi no canto da jaula, sentindo meu coração apertado.

-FLASHBACK ON-

Depois que fiz minha higiene matinal e botei uma roupa, fui para a cozinha e me surpreendi ao avistar muita comida na mesa e minha família, sorridente. Mamãe segurava um bolo nas mãos, com a vela do número 18 em cima.

- "Parabéns pra você. Nessa data, querida" - cantaram.

- Não! - neguei corada, tampando o rosto com as mãos.

- "Muitas felicidades! Muitos anos de vida!"

- Viva à Elsa! - exclamou papai.

Retirei as mãos, rindo boba.

- Assopre as velas querida - pediu mamãe sorrindo.

Me aproximei e inclinei-me, assoprando as velas.

-FLASHBACK OFF-

Ah...que saudades deles...

- Elsa? Elsa?

Abri meus olhos e me sentei assustada, vendo que era Jack.

Outra alucinação! Breu quer me enlouquecer de vez!

O Frost abriu a porta da jaula.

- Vem, vamos sair daqui - chamou.

Franzi a testa.

- Me prove que não é uma alucinação - ordenei - Anda!

- Nosso primeiro beijo foi na enfermaria do Instituto. Nós discutimos antes disso - respondeu rapidamente me fazendo corar violentamente - E o segundo beijo...

- TÁ! JÁ SEI QUE É VOCÊ MESMO! - berrei me pondo de pé - Idiota... - ri me aproximando dele.

Ele sorriu.

- Senti sua falta - afirmou.

Sorri boba.

Arregalei os olhos quando ouvi sons de passos acelerados.

- Fui descoberto! Vamos! - declarou Jack me pegando pela mão e já me arrastando.

(...)

Fomos para o convés do navio, vendo shadowhunters vindo de todos os lados.

- Por aqui! - disse Jack me arrastando até a beira do navio.

Passamos por cima da grade e gelei ao ver a altura imensa.

- Eu não vou conseguir! - afirmei assustada.

Ele agarrou minha mão.

- PULA! - gritou.

Pulamos e gritamos, até cairmos na água com tudo.

(...)

Eu e Jack invadimos o apartamento de Moana completamente ensopados. Ele havia me explicado tudo no caminho.

- Ela está morrendo! - reconheci a voz de Elinor.

Chegamos na sala e me assustei ao ver Anna deitada no sofá, com Elinor ajoelhada ao seu lado. Moana e Merida estavam de pé, próximas.

- Ainda bem! Rápido! Só seu sangue pode salvá-la! - alertou pra mim.

Me aproximei imediatamente e me agachei ao lado de Elinor, que segurou minha mão e a de Anna.

Ela fechou os olhos e murmurou várias palavras estranhas. Minha irmã fez uma careta.

Foi então que Elinor abriu os olhos e soltou nossas mãos.

- Ela vai ficar bem - garantiu.

Suspirei aliviada.

- Obrigada... - agradeci.

(...)

Depois de passar um bom tempo ao lado de Anna - que ainda estava inconsciente - Jack se aproximou de mim, se sentando ao meu lado.

- Quer me contar sobre o tempo que passou com Breu? - indagou.

Suspirei.

- Quando eu tentava escapar, ele criava uma alucinação de matando alguém que eu amasse - respondi - Ele também tentou me obrigar a matar submundanos e ter a mesma que visão que a dele.

- Desgraçado - cerrou os dentes.

- Ele também acabou comentando que minha teimosia lembrou a sua mãe - prossegui - Disse como e por que matou sua família.

Jack franziu a testa.

- Nunca me contaram o motivo - confessou.

Engoli o seco.

- Eles estavam disfarçados no Ciclo a mando da Clave - expliquei - E Breu descobriu. Você escapou por sorte.

Ele arregalou os olhos e então, os mesmos marejaram.

- E tem mais... - alertei.

- Mais? - se assustou.

- Ele disse que fez experiências com a sua mãe, quando ela estava grávida de você - revelei.

Ele franziu a testa.

- Que tipo de experiências? - questionou.

- Eu não sei. Ele não deu... - bocejei - ...muitos detalhes.

- Precisa descansar um pouco - comentou - Quando Anna acordar, vou te levar para um lugar seguro.

Assenti.

ShadowhuntersOnde histórias criam vida. Descubra agora