Shadowhunters

24-Sangue angelical e demoníaco

Pov's Elsa

Quando chegamos no Instituto, minha mãe foi levada para a sala de Bolor e meu namorado arrastou à mim e Anna para o refeitório. Mesmo sem apetite, Jack queria que eu comesse de qualquer jeito.

Eu estava sentada junto com meus amigos, que interagiam entre si, enquanto eu apenas encarava minha comida, pensativa.

- Amor? - encarei Jack - Você quase não tocou na comida. Aconteceu algo que queira nos contar?

Foi então que eu percebi, que todos na mesa prestavam atenção.

-É...complicado - declarei.

- Tente explicar - pediu Punzi sorrindo doce.

Suspirei.

- Eu acho...que criei uma runa - confessei fazendo uma careta.

Seeylfe se engasgou e cuspiu todo o suco em Soluço.

- QUE INFERNO, SEEYLFE! - explodiu irritado.

Flynn e Merida gargalharam.

- Gente, para aí! - pediu Jack sério - Como assim,Elsa?

- Nós não achamos apenas a minha mãe - alertei - Achamos um anjo também.

Eles arregalaram os olhos em choque.

Contei tudo a eles: As visões, como vi a runa, como achei minha mãe e tal. Após terminar, Jack disse que eu tinha que contar pro Bolor e me levou até à sala dele.

(...)

Bolor franziu a testa.

- Isso é impossível - afirmou - Nenhum shadowhunter tem contato direto com um ser celestial há séculos. Bom...eu acho.

Rolei os olhos.

- Você pode achar o que quiser - rebati ríspida.

Ele deu de ombros.

- Bom, eu acho papo furado - declarou.

- Tá chamando minha namorada de mentirosa? - questionou Jack incrédulo.

- Calma, tudo bem - aleguei segurando a mão dele e encarei Bolor - Eu sei que parece loucura, mas eu não iria inventar uma coisa dessas!

- Srta. Snow, temos coisas maiores para nos preocupar e uma delas é achar a Espada Alma, antes que ela mate toda a população submundana da terra - avisou - Agora, se me derem licença...

Suspirei, me levantando calmamente - diferente de Jack, que bufou e levantou de forma tão bruta que quase virou a cadeira.

Saímos da sala e logo fomos abordados pela minha mãe.

- E então? - perguntou.

- Ele não acreditou nela - Jack rolou os olhos - Babaca.

- Jack! - repreendi - Quer saber? Talvez nem tenha sido real e sim uma alucinação criada por Breu.

Mamãe suspirou.

- Filha, não foi alucinação - afirmou - Te garanto que foi real.

Franzi a testa.

- E como a senhora tem tanta certeza disso? - questionei.

- Na verdade, não tenho - relatou - Mas para confirmar tudo, preciso que você faça um exame de sangue.

- Exame de sangue? Pra quê? - fiz uma careta.

- Confie em mim - pediu.

Suspirei, assentindo.

(...)

Horas depois...

Soluço apertou uns botões no teclado e mostrou duas imagens completamente diferentes sobre as células sanguíneas. Uma delas era minha.

Ele arregalou os olhos.

- Pelo amor de todos os anjos... - murmurou assustado.

- O que? O que foi? - questionei ansiosa.

- Essas aqui são as células de um shadowhunter normal - apontou para uma imagem e em seguida, pra outra - Essas são suas e todo o seu sangue é completamente angelical.

Arregalei os olhos em choque.

- O que!? - me assustei.

- O que isso quer dizer? - perguntou Jack sério.

- Que a Elsa tem sangue puro de anjo! Não apenas uma parte como qualquer shadowhunter! - explicou - Mas como se fosse...

- Igual ao um anjo - completei num sussurro e encarei minha mãe - E então? O que tem pra nos contar?

Ela suspirou.

- Soluço, me deixe à sós com eles, por favor - pediu e o Strondus se retirou.

Me sentei na maca e Jack se sentou do meu lado. Mamãe pegou uma cadeira e sentou na nossa frente.

- Jack, lhe contaram que Breu fazia experimentos na sua mãe quando ainda estava grávida de você? - indagou e meu namorado assentiu - Pois é, comigo foi a mesma coisa.

Arregalei os olhos.

- Que? - murmurei assustada - Como assim mãe?

- Seu pai fazia experiências com sangue angelical e demoníaco - explicou - Eu e Ester Frost...fomos as únicas cobaias que deram certo. Na verdade...vocês deram certo. Se Elsa tem sangue angelical, então quer dizer...

Jack empalideceu.

- Que eu tenho sangue demoníaco - completou.

- Eu sinto muito - lamentou minha mãe.

Meus olhos se encheram de lágrimas e encarei meu namorado, que estava estupefato.

- Jack... - tentei segurar sua mão, mas ele apenas se levantou e saiu da sala.