19-Ataques por todos os lados

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No Instituto...



Pov's Jack



Adentrei a enfermaria pisando duro e avistei Soluço sentado em sua maca. Ele parou de ler o livro em suas mãos quando me viu.



- Nossa. Que bicho te mordeu? - questionou fazendo uma careta.



- Papai mandou a Elsa para a Cidade dos Ossos! - respondi revoltado.



- É, Astrid me contou - relatou - Relaxa cara. Assim que usarem a Espada Alma, ela será libertada.



- Não é isso que está me afligindo! - aleguei passando a mão pelo cabelo - Eu fui visitar Elsa e ela disse que não queria mais me ver, e que era melhor para nós dois ficarmos afastados um do outro!



- Que? - se confundiu - Mas porque?



- Não sei! Estava tudo indo tão bem entre a gente! Minha vida mudou completamente quando conheci Elsa, Soluço! - afirmei.



Ele sorriu.



- Você se apaixonou mesmo por ela - comentou.



Sorri bobo.



Foi então que o alarme começou a soar bem alto.



Arregalei os olhos assustado.



Aquele alarme só era soado quando havia uma coisa: Perigo dentro do Instituto.



(...)



Na sala principal...



- O que temos!? - indaguei chegando perto dos outros.



- Um demônio - relatou Merida preparando seu arco e flecha.



- Nossa, você demorou - disse Flynn franzindo a testa.



- Deixei Soluço no quarto e Hans vigiando ele - respondi.



- Fez bem - alertou Astrid enquanto mexia na enorme tela, onde o mapa do Instituto estava exibido.



A imagem ampliou e pudemos ver um ponto vermelho na parte subterrânea do Instituto.



- Achamos ele! - declarou a Hofferson.



- Vamos logo! Quero matar essa desgraça desse demônio! - ressaltou Seeylfe já se afastando.



(...)



Eu estava caminhando, olhando ao redor atento. Ao meu lado, estavam Seeylfe, Punzi e Flynn. O outro grupo - Merida, Astrid e Dag - foi por outro lado.



Pov's Astrid



Ouvi um grunhido de dor e me virei, vendo Merida no chão e Dag avançar em minha direção.



Arregalei os olhos quando meu irmão me agarrou pelo pescoço e me pressionou na parede, me sufocando.



Me debati desesperada tentando me soltar, enquanto eu sentia o ar me faltar.



- Dag...Dag... - balbuciei.



Foi então que uma boca de quatro aberturas com dentes enormes surgiu no rosto de Dag. Não era o meu irmão.



O demônio gritou de dor ao ser atingido por uma flecha nas costas e me soltou, me fazendo cair de joelhos no chão, ofegando.



Ergui meu olhar, vendo Merida preparar outra flecha, o que fez o demônio fugir de forma veloz.



A Dunbrooch veio em minha direção e se agachou na minha frente.



- Você está bem? - perguntou preocupada.



Assenti rapidamente, pegando meu rádio e apertando o botão.



- Galera, o demônio pode se disfarçar igual a um de nós! - alertei aflita - Fiquem atentos!



(...)

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Na Cidade dos Ossos...



Pov's Elsa



- Intrusos!



Abri os olhos assustada e me sentei, vendo vários Irmãos do Silêncio passando na frente da minha cela.



Ouvi sons de luta e gritos de dor.



Minutos depois, paralisei completamente quando um demônio passou, caminhando na frente da minha cela.



Meu Deus...



Foi então que um homem vestido de preto apareceu. Reconheci a marca do Ciclo do seu pescoço - um círculo vermelho.



- Ah, aqui está você - sorriu destrancando a porta e entrando na cela - Seu pai vai gostar de ver você outra vez.



Arregalei os olhos em pânico.



Quando ele me puxou pelo braço, me obrigando a levantar, levantei minha perna com tudo e dei um chute na cara dele. Ele recuou pra trás, levando as mãos ao nariz.



Roubei sua lâmina serafim e perfurei seu estômago, fazendo o homem cuspir sangue.



Ele caiu no chão e vasculhei seus bolsos até achar a estela dele. Em seguida, saí da cela correndo.



(...)



Dobrei o corredor e arregalei os olhos quando avistei membros do Ciclo, carregando uma caixa retangular.



- EI! - berrei avançando na direção deles, o que fez dois avançarem.



Lutei com o primeiro de forma rápida e o matei. O outro conseguiu fazer um corte no meu braço, no meu rosto e no meu abdômen - que foi mais profundo.



Consegui fazer um corte na perna do homem, que caiu em um joelho só. Aproveitei sua guarda baixa e enfiei a lâmina serafim com tudo na sua costa.



Ele suspirou antes de cair morto no chão e retirei a lâmina, me virando e vendo que os outros já haviam sumido com a caixa.



Grunhi irritada e com dor, levando a mão ao corte no meu abdômen.



- Droga - xinguei frustrada.



(...)



No Instituto...



Pov's Seeylfe



O demônio já havia matado duas pessoas por causa do seu dom de se disfarçar. Graças ao Anjo, consegui falar com Dag e descobri que ele estava bem.



Eu e meu grupo saímos do subterrâneo e fomos por um dos corredores normais do Instituto.



Foi então, que indo em direção à sala de treinamento, achamos um corpo.



- Oh merda... - lamentou Flynn.



Punzi soltou um som de espanto.



- Pelo anjo... - murmurou assustada.



Jack arregalou os olhos em choque, ficando mais pálido que o normal.



Foi então que reparei melhor no corpo, o que me fez arregalar os olhos na hora.



- NÃO! - gritei.



O corpo...era do meu pai. Ele tinha um ferimento aberto enorme na barriga e seus olhos estavam fechados.



A lâmina serafim escapou das minhas mãos e corri na direção dele, me agachando ao seu lado.



- Não, não, não, não, não! - neguei assustada - Por favor, não! Pai! Pai!



Ele não me respondeu e nunca mais iria.



Meu lábio inferior tremeu e meus olhos se encheram de lágrimas.



- Não, papai! Não! - chorei - Papai...!



Jack já havia se aproximado e se agachado ao meu lado.



Ele não disse nada, apenas começou a chorar e abraçou o corpo de papai, se sujando de sangue.



Fechei o punho com força, sentindo meu sangue fervendo de raiva.



Me pus de pé e tomei a lâmina serafim da mão de Flynn, começando a me afastar.



- Strondus, o que vai fazer!? - perguntou assustado.



- Seeylfe! - chamou Punzi.



Ignorei os dois e abri as portas da sala de treinamento.



Rosnei de ódio quando avistei o demônio, que rugiu pra mim.



Ele correu em minha direção e eu na dele.



O demônio saltou, tentando me morder, mas me abaixei, desviando. Virei com tudo e consegui ferir sua perna, fazendo-o gritar de dor. O sangue verde dele acabou espirrando no meu rosto e na minha blusa.



Peguei minha estela e ativei a runa de velocidade.



Velozmente, cortei uma das patas do demônio e em seguida, uma das laterais de sua boca estranha.



Em seguida, pulei em cima dele, montando.



Gritei furiosa e cravei a lâmina serafim com tudo nas costas do demônio, o que o fez berrar alto de dor.



Ele se desfez em cinzas e caí de joelhos no chão, ofegante.



- Seeylfe!



Ergui meu olhar, vendo Dag se aproximando.



Ele me encarou tristonho.



- Eu já soube - avisou - Sinto muito.



Meus olhos se encheram de lágrimas e então, comecei a chorar outra vez.



Meu namorado não disse mais nada. Apenas se aproximou, se agachou na minha frente e me abraçou, permitindo que eu chorasse em seu ombro.

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