—Flora. —Azazel chamou enquanto passava água morna pelo rosto, sentia o líquido escorrer pelo seu rosto refrescando até os seus pensamentos. Depois do massacre dia anterior Azazel estava encharcado pelo sangue hediondo das bruxas, que a invadiam as suas narinas de maneira agressiva, ele usou a sua magia para se livrar dos sangue que escorria o pelo seu corpo até perceber que já não conseguiu usar os seus poderes.
—Sim, meu rei. —Uma brisa gelada passou pela janela do banheiro fazendo um densa névoa se propagar pelo compartimento, a névoa era tão gelada que deixou os vidros levemente congelados, não tardou muito para uma silhueta surgir dentre a neblina. Uma mulher trajando um vestido negro dispersou a névoa, ela tinha uma aparência comum mas os seus olhos púrpura davam um toque elegante no seu rosto.
—Eu quero que investigues esse local. —Azazel enviou uma pena chama etérea em direção a cabeça mas bruxa não notou que a informação surgiu na sua mente, a implantação memórias era um processo doloroso o equivalente de ter a cabeça constantemente esmagada mas a Flora resistiu sem demonstrar dor alguma, ela sabia que qualquer falha seria o seu e por isso sem ela saber superou um dos métodos de tortura usado no inferno. —Quando chegares lá perceberás do que falo, procure a fonte e o motivo, mostre-me que não foi um erro preservar a sua patética existência.
—Não se irá dececioná-lo. —Flora simplesmente desapareceu assim que recebeu a sua missão, ela tornou-se em névoa e saiu pela janela. O regente da ira não havia olhado diretamente para a, todavia usava o espelho para observar tudo que se passava a sua trás.
—Flora, nunca iria imaginar que uma mera criatura teria uma origem tão interessante… —Azazel tinha um sorriso maquiavélico no rosto, pois sabia que com certo cuidado a Flora poderia se tornar tão poderosa quanto Morgana, alguém que fora capaz de fazer Mammon recuar por alguns instantes. —Lucifer eu sei que não tens boas intenções, mas se isso for um esquema eu farei o inferno enlouquecer mesmo se for necessário abrir as portas do limbo.
Azazel colocou de lado os seus pensamentos e loucura indo assim ao encontro dos amigos de Johnny, ele conseguia ver claramente que para além do Paul nenhum deles tinha consideração alguma por Jonathan. Concluiu que fossem amigos de família, vizinhos ou colegas. Percebendo isso ficou aliviado pois seriam menos pessoas para aturar, e ele já estava prestes a explodir só com a mísera inteiração que teve com eles.
—Demorou bastante, estava colocando maquiagem? —Indagou Lisa que continuava sentada no sofá tirando fotos, só notou a presença de Azazel pois apareceu na sua foto. Lisa usava um fato de treino rosa, e uma bolsa branca. — E nem pense que vai entrar no meu carro usando essa roupa ridícula, aliás você é ridículo.
—Sendo assim você não pode entrar no seu carro, porque não vejo nada mais ridículo que você. — O sorriso de Azazel era lindo e sem malicia, algo realmente digno de um anjo. Todavia para Lisa ele era nada mais que um mosquito irritante. —Qual de vocês tem um carro?— Questionou o resto do pessoal, pois já não conseguia ouvir a voz daquela humana insignificante.
—Ninguém para além de mim. —Lisa fazia cara feia, era uma mistura de nojo, desprezo, raiva e surpresa. Ela não esperava que Johnny fosse ser tão sarcástico ao ponto de deixá-la sem palavras.—Seu troglodita.—Ela já tinha perdido toda paciência, quase ficando histérica.
—Claro, porque todos nós temos mais de um. —Disse Dante colocando o seu braço em volta do pescoço de Azazel. Ele não era muito amigo do Jonathan, se não fosse pelo facto de serem vizinhos ele nunca teria falado com o Famoso cromo da turma. Dante estava surpreso ao ver Jonathan revidar da Lisa, algo que quase ninguém ousava fazer e isso fez com que ele achasse que Johnny não fosse tão entediante. —Eu vim de carro também, e para sua sorte tem mais de dois lugares.
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Reinado da Ira
FantasíaNum universo oculto e misterioso, várias forças e elementos se convergem. Guerras santas, inquisições, caça as bruxas e genocídio são partes fundamentais de uma religião benevolente. Ninguém sabe ao certo do que existia antes dos humanos, ou mesmo s...