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São 12:20 e tô ajudando minha mãe á fazer o almoço.

Estrogonoff de frango.

Minha comida preferida.

VT: cheguei,cheguei, cheguei cheguei cheguei, cheguei cheguei, tá lálálálálá...- chega cantando.

Rei: o mais gostoso chegou.- fala alto.

Lucas: ih, alá...- joga a chave na mesinha.- o gostoso aqui sô eu, ô.- meu pai pula ensima dele bagunçando o cabelo do mesmo.

Rio com a algazarra

VT: ou, ó a bagunça, bando ne noiado.- bate na cabeça dos dois.

Meu pai bja minha mãe e beija minha testa em seguida.

Rei: eae minhas princesa.- pega um prato.

Ele se serve e os outros também.

Aqui é assim: vc quer comer? Eu até cozinho, mas quem se serve e lava o prato é você.

Minha mãe nunca deixou fazerem ela de empregada, amo o geito dela de ser dona de casa.
...
Depois d comer tds foram embora e minha mãe foi se arrumar pra ir pro postinho.

Acho q esqueci de falar q ela é infermeira, né?

Ela desce e eu tô mechendo no insta.

Thay: olha, filha. Tem comida na geladeira, e se vc puder, lava as panelas q ficaram por favor.- acinto e sorrio.- e não sei que horas eu chego, pode ser q eu dê plantão.

As vzs é ruim pq minha mãe as vezes não tem tempo de ficar em ksa e relachar um pouco.

Mas se ela é feliz, eu não posso fazer nd.

Lua: tá bom, bjs mãe.- mando bjs no ar.

Thay: bjs meu amor.- bja minha cabeça e sai.

Lua: AAAAAAAA, A CASA É TODA MINHA, CARALHOOOOUUUU!!! - pulo do sofá e vou correndo pro som.

Ponho Kevin o Crhis e começo á dançar.

Lua: VAI REBOLA PRO PAI, VAI NOVINHA, VAI, DESCENDO...- canto alto.

Caralho, como é bom ter a casa inteira só pra vc.

Vou pra cozinha dançando e começo á lavar as panelas. Era a única louça q tinha, pois, como eu já disse, tds lavam seus próprios pratos, copos e talheres q sujam.

Termino rápido e ponho pra escorrer com um pano cobrindo por causa das mosca.

Ponho minha playlist de "poesia acústica" e começo á cantar junto.

Lua: os sete mares eu voei, mais de sete amores amei, mais de sete vidas gastei, aos vinte e um te encontrei..- cantarolo.

Amo essa "poesia acústica", e a Maria cantando ao fundo me dá um sentimento de calmaria.

Cobra: eita, o morro todin já viu que tu ama essas música, mas dá pá abaixar saporra? - entra e eu me assusto.

Lua: q susto porra.- ponho a mão no peito.- não vô abaixar, esse povo passa o dia todinho escutando esses funk machista e ridículo no último, n importa a hora do dia, e eu não digo nada, mas aí no dia q eu finalmente fico sozinha em casa, e ponho uma músiquinha boa de vdd, tenho q abaixar pq zé povinho tá se encomodando. Ah, me poupe! - bato em minha coxa.

Estravazei, mana.

Mas é que eu fico indignada.

Cobra: precisava de discurso não, ou revoltada.- faz gestos e eu rio.

Lua: enfim, se se encomodam, q se mudem.- faço cara de deboche e vou pra cozinha pegar um copo de água.

Cobra: tu gosta dum desacerto, né?! - bebo minha água.

Lua: hm.- ponho o copo na bancada.- eu não, só tô sendo justa.- saio da cozinha e me jogo no sofá.

Cobra: blz então, depois tu se garante nas treta com teu pai.- sai e fecha a porta.

Hm, ele q venha reclamar.

Aumento o som só pra afrontar.

Eu sou nojenta!

Lua: DIGO QUE NÃO LIGO MAS É TUDO MENTIRA. TE IMAGINAR EM OUTROS BRAÇOS? MINHA MENTE PIRA...- canto alto.
....
Depois de ouvir todas as "poesia acústica" eu desligo o som e vou pra cozinha fazer um sanduíche.
...
Como e me deito no sofá e pego meu celular abrindo o wats.

Whatsapp📲

Yuri👻

-eii, kd vc? - 15:15

Yuri- tô na segurança da tua goma.- 15:17

-ai, pq tu não entra e vem me fazer compania? - 15:17

Yuri: sei não, pode dar merda - 15:18

- ai, vem logo. Dá nada não😒 - 15:18.

Whatsapp📲

Ele não respondeu mais, mas logo depois ele bate na porta e entra, mas fica parado na porta.

É um lezado.

Lua: ei, vem aqui. Vai ficar aí parado? - chamo ele que exíta mas vem devagar e senta numa poltrona bem afastada de mim.

Aff.

Lua: pq tu foi praí? - faço cara de tédio.

Yuri: e eu vô sentar onde? No chão? - fala com um olhar desafiador e eu reviro os olhos.

Lua: senta aqui, ué.- sento no sofá.

Ele revira os olhos e eu faço olhar pidão, ele vem e senta do meu lado.

Me ajoelho no sofá e vou pro seu colo.

Ah, comigo é assim: vapt vupt. Ficar de fogo no cú pra quê?

Me inclino pro seu rosto mas ele vira a cara pro lado.

Aff, cú doce do carálho.

Yuri: mermã, tu não sabe oque tu quer, né?! - fala meio bolado.

Lua: oxi, por quê? - envolvo meus braços em seu pescoço.

Yuri: num dia tu nem se preocupa se eu tô vivo, aí no outro, tu me chama pra tua casa e fica toda melosa e querendo me beijar.- reviro os olhos.- Sem a gente nem ter nada.- fala irônico e olha pra porta me fazendo bufar.

Se faz, viu.

Lua: vc sumiu! Não apareceu no baile, não me mandou uma mensagem, passou o dia sem mostrar a fuça no morro e quer me culpar? - já tô bolada.

Yuri: mano, tu não sabe dos bagúi e fica falano.- fala bolado e baixo e olha pra parede.

Ele tá estranho...triste.

Lua: que foi em? - ponho minha mão em sua bochecha.

Yuri: mano, não é do teu interesse.- nega e abaixa o olhar.

Ponho minha mão em seu queicho e levanto seu rosto.

Lua: confia em mim.- ele suspira.

Yuri: minha mãe voltou.- fala meio alvorossado.

Nossa, ele nunca me falou que tinha mãe. Achei que tinha morrido.

A Problemática Da Rocinha Onde histórias criam vida. Descubra agora