Lua🌛
Hoje a 'Sandra' vai ver o sexo do nenê.
Eu sei, ela já deveria ter feito, né.
Mas como ela tava escondendo a gravidez, ela não podia ir fazer a ultrassom.
Também porquê ela não tem independência financeira pra ir lá fazer e não dar satisfação do valor.
Mas agora ela vai fazer, e na melhor clínica do Rio.
Lucas não quer ir de geito nenhum!
Mas como ele não tem querer, obrigamos ele e ele tá sentado de cara fechada no sofá esperando a gente.
Lua: Tá ansiosa? - pergunto sorrindo vendo ela olhar a barriga no espelho.
Alê: Muito...- sorri nervosa.- Só tô meio triste porquê o Lucas não quer ir.- suspira triste.
Lua: Ô, bicha...- levanto da cama.- Ele vai mudar de idéia. Ele só tá querendo se fazer de durão pro povo, mas por dentro ele tá doidinho por essa criança.- sorrio e beijo sua barriga.
Alê: Tomára.- sorri fraco e eu acinto abraçando ela de lado e olhando pro espelho.
Lua: A minha é maior.- ponho a mão na minha barriga que se encontra com a dela e ela ri.
Alê: Claro né, tu tá grávida a mais tempo.- nega rindo.
Lua: Teressa! - falo fingindo arrogância e ela ri negando.
Thay: Bora, bucado de buchuda.- bate na porta aberta e a olhamos rindo.
Lua: Tamo indo.- me separo da Alê e pego minha bolsa.
Olho pra ela e ela respira fundo mas sorri nervosa.
Lua: Vamo ver essa pepekinha da minha sobrinha.- sorrio e pego na mão dela.
Alê: Como tu sabe q é menina? - pergunta debochada.
Lua: Primeiro: Se for menina o Lucas vai pagar por todas as mina q ele fez sofrer. Inclusive você.- olho pra ela q acente abaixando a cabeça.- E segundo: Eu tenho q ter uma nora, né? Num posso deixar meu filho pra jogo no meio dessas piranha do meu morro, não.- nego e jogo o cabelo.
Elas se olham e riem.
Thay: E se ele for gay? - cruza os braços.
É...num tinha pensado nisso...
Lua: Num tem problema.- nego.- O perigo é só essas piranhazinha ridícula.- puxo a Alê e vamos saindo do quarto.
Elas riem negando enquanto descemos as escadas bem devagarinho por conta da barriga.
Porra, essa é a parte chata da gravidez.
Mas compensa depois.
Yuri: Óia se num é o amor da minha vida...- sorri levantando do sofá e vindo me abraçar.
Ai...esse meu moreno me mata de amores...
Beijo sua boca e sorrio grudando nossas testas.
Lua: Tu que é o amor da minha vida todinha.- sorrio.
Ele me beija sorrindo e ouço uma tosse forçada.
Ô estraga prazeres....
Me viro com cara de tédio e vejo minha mãe, meu pai, Lucas e Lya de caras de tédio.
Lucas: Será q dá pá nóis ir logo pá essa putaria aì? Tenho uma boca pá tocar.- fala emburrado de pé.
Lua: Mais já? Num era tu q num queria ir? - pergunto debochada.
Lucas: Só quero q saporra acabe logo pá cêis parar de me abusar.- nega de cara fechada.
Hm, sei...
Lya/Thay: Aham..- falam debochadas.
Ele bufa e sai batendo porta.
Carálho, num sai pra quê esse drama dele.
Nego e vou até a Alê.
Lua: Vamo.- sorrio e beijo sua bochecha.
Ela acente e saímos todos de casa.
Saímos na calçada e vejo dois vapores segurando o Lucas enquanto o Cobra ajuda Pópó a levantar.
Que foi q esse puto fez?
Thay: Quê que tá pegano aqui? - pergunta brava e olha pro Lucas e depois pro Pópó.
Cobra: O muleque só fez uma zueira com o Lucas por causa do pivete dele, e o muleke surtou.- fala puto.
Minha mãe olha pro Lucas.
Lucas: Mano, ele provocou.- fala bufando e minha mãe dá um tapa no rosto dele q chega estralou.
Lua: Olha filho, eu num quero bater em tu, mas se tu for um pau-no-cú assim, vai ser desse modelo mermo.- sussurro pra minha barriga.
Lucas: Tu ta doida? Pra quê isso? - pergunta puto.
Thay: Isso foi pra tu acordar! - aponta o dedo no seu rosto.- Deixa de criancice! Tu sempre foi carinhoso, zuava com todo mundo, fazia de tudo pá num entrar numa briga, mesmo q soubesse q ía ganhar. Esse é o Lucas que EU criei, que EU eduquei, que mesmo não sendo meu filho de sangue, mas eu amei. MEU filho! Um homem! - bate no peito o olhando no olho.- Mas olha oq tu se tornou de 4 meses pra cá...- olha ele de cima a baixo com desgosto.- Tu não é mais o MEU Lucas! O irmão carinhoso pá porra, o filho rebelde mas amoroso, o amigo q todo mundo ama e respeita. Tu agora é simplesmente um babaca, ridículo q todo mundo já tá de saco cheio. Tu virou um muleke! E sinceramente, se eu fosse a mãe do seu filho, eu teria vergonha de dar esse pai pra ele.- abaixa o tom e fala com desgosto.
Ele engole sêco e vacila o olhar.
Ele quer chorar.
Acho q agora ele caiu na real.
Lucas: Me solta! - fala baixo e os meninos o soltam.
Ele olha pro Pópó que o olha com a mão no rosto.
Ele abaixa a cabeça um pouco e caminha até o carro entrando e cruzando os braços.
Ai, quando essa crise vai acabar?
Por favor, logo.
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A Problemática Da Rocinha
Teen FictionEla cresceu com ameaças e com medo de perder quem mais ama, tudo por causa do tráfico. Seu pai é um dos traficantes mais temidos e odiados do Rio de Janeiro, e sua mãe, assim como ela, sempre recebeu inúmeras ameaças, por ser mulher do Traficante ma...