Capítulo 2

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Enzo Grego

NO CAMINHO PARA CASA, tive que passar numa floricultura para comprar um buque de flores

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NO CAMINHO PARA CASA, tive que passar numa floricultura para comprar um buque de flores. Escolhi as menos perfumadas que tinha, afinal de contas, não era para uma pessoa especial. Aquela aberração nem merecia receber flores, quanto mais casar comigo. Eu sou um homem bonito, e não merecia casar-me com uma medusa.

Dirigi até em casa, larguei o buque de flores em cima da minha cama. Tomei uma chuveirada e me enrolei na toalha, saí do quarto distraído, não tinha notado a presença da minha mãe até a senhora Grego pigarrear levando minha atenção para si. Ela tinha uma postura séria e elegante. Estava vestida num belo vestido preto, seus lábios tinham um batom nude que combinou com a sua pele.

— Mãe, o que faz aqui? — perguntei. — Ainda irei me trocar — falei, apontando para a toalha enrolada na minha cintura.

— Estou vendo que sim, Enzo.

— Então a senhora poderia sair para isso acontecer?

— Onde passou as últimas duas noites?

Sorri de lado.

— Mãe, eu não tenho mais quinze anos.

— Tem razão, quando tinha, não agia assim, como um inconsequente.

— Mãe, de verdade, se a senhora não sair, irei me atrasar para o jantar.

— Vista-se adequadamente. Luana e seu primo já estão lá na sala, todos estamos esperando por você — se levantou, os saltos finos a deixando ainda mais alta. — E quando descer, quero que a comprimente como um cavalheiro, e após o jantar, a leve para passear no jardim.

Fiz careta e ela ficou ainda mais séria.

— Não quero saber que a distratou. Quero que a trate bem, e lembre-se do quanto seu pai fazia gosto por esse casamento. Se ele estivesse aqui, não teríamos que estar tendo está conversa.

— Não se preocupe, mãe. Eu não irei desistir, afinal de contas, todos os meus irmãos podem romper um casamento e um noivado, mas eu tenho que dar o exemplo como sempre.

— Faça apenas o que eu disse, garoto. E leve as flores que eu comprei para a sua noiva, essas daí nem parecem ser flores.

Minha mãe às vezes tinha o dom de pegar no meu pé, e em relação a Luana, ela fazia isso muito bem. Sempre me pressionando a fazer coisas que eu não quero, mas como sempre, eu teria que engolir tudo em silêncio.

Vesti uma calça jeans azul escura e um camisete preto. O preto realçava mais a minha cor, era uma obsessão dos Grego usar preto. Passei perfume e penteei meu cabelo, estava bonito. Nada me deixava feio, nem mesmo usando roupas de mendigo. Eu sempre era bonito.

Nenhum Grego era desprovido de beleza.

Peguei as flores que a minha mãe comprou, rejeitei uma ligação da Helena e desci as escadas. Pude ver Luana ainda no andar de cima. Ela estava ao lado do primo, usando um vestido muito abaixo dos joelhos, os cabelos lisos soltos, e ainda tinha aqueles óculos. Assim que me viu, ela sorriu e pelo menos tinha tirado o aparelho. Ela estava contente por me ver.

 Príncipe Da Máfia  (Família Grego - Livro II) NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora