Capítulo 4

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Luana Garnier

O meu primeiro beijo foi a melhor sensação que eu já experimentei em anos

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O meu primeiro beijo foi a melhor sensação que eu já experimentei em anos. Minha vida sempre foi cercada de altos e baixos, principalmente de baixos, desde que perdi meus pais que não consigo mais ser eu mesma, eu tinha por volta de cinco anos e tudo o que me lembro foi do meu primo Felipe dizendo que agora eramos apenas nós dois.

Na época, não entendi bem o que ele quiz dizer com isso, até hoje essa foi a pior coisa que me aconteceu em toda a minha vida. Fatalidades acontecem todos os dias, com diversas pessoas, mas nunca imaginamos que possa acontecer com a nossa família.

Eu era apenas uma criança que gostava de brincar e muito amada pela minha mãe, mesmo sendo de família mafiosa, não eramos tão tradicionais como as demais, a começar pelo fato da única herdeira ser uma mulher, por isso que meu pai tratou de firmar um casamento muito antes que eu podesse imaginar. Antes dos cincos anos eu já era noiva, e sabia disso porque ouvi meus pais uma vez falando sobre esse assunto. Eu sempre detia de muita inteligência, se tivesse nascido homem, faria grandes revoluções no nosso mundo, pena que metade das minhas ideias serão iguinoradas por todos os patriarcas e homens machistas.

Por sorte eu tenho o melhor homem ao meu lado, que é o meu primo, ele para mim é como um irmão que eu nunca tive e nunca poderei ter, eramos apenas nós dois, e em breve eu poderia novamente ter uma família.

Lágrimas rolavam dos meus olhos ao imaginar essa situação acontecendo novamente, eu teria um marido, cunhados, uma sogra, e em breve filhos. Seria a realização de um sonho que eu não queria mais acordar dele, estava muito anciosa para o dia do meu casamento com Enzo Grego.

Enzo era o meu príncipe encatado, o homem mais bonito que já vi em toda a minha vida, me parecia que ele na verdade agia sempre como um verdadeiro cavalheiro, um legítimo príncipe da realeza.

Nem eu mesma acreditava que iria me casar com um homem tão bonito quanto ele, eu sei que não sou muito provida de beleza, mas as minhas qualidades internas superam todas as minhas qualidades exteriores. Interioramente eu sou doce e gentil, serei uma boa esposa para o meu marido, serei obediente como uma mulher da máfia deve ser, como mamãe era com papai, lhe darei muito amor e todo o meu respeito, e acima de tudo, espero poder lhe dar muitos filhos.

Quero ter muitos para poder preencher todo o vazio que um dia eu senti por ser praticamente sozinha, eu tinha o meu primo, mas ele era homem, eu não podia falar de menstruação com ele, nem o que achava do Enzo, tudo isso eu guarda apenas para mim.

Podia dizer que a vida no colégio interno me preparou para o mundo, eu sabia me comportar bem diante das pessoas, conhecia um pouco sobre as leis do nosso país, apesar de ser de origem Françesa sempre fui criada nos territórios da Italia, me considerava uma cidadã deste país. Viver em um colégio interno nem sempre era as mil maravilhas, exemplo; no dia das mães, ver todas minhas colegas com suas mães me fazia ir para o banheiro chorar durante uma hora seguida, a saudade era algo que doía e machucava, eu nem ao menos tive tempo para me despedir, em uma dia pedia uma boneca e no outro estava enterrando a minha mãe e o meu pai.

Mas, se tem algo que aprendi nessa vida, é que não devemos sempre estar se lamentando, devemos procurar viver bem, e sempre ser gentil. Eu gostava de ser gentil, me sentia bem, tenho certeza que deveria ser um pouco mais séria, mesmo assim eu não conseguia, chorava até lendo livros de romance.

Não via a hora de poder me casar com Enzo e ter ele apenas para mim, um homem lindo daqueles, eu estava ganhando na loteria. Se eu não fosse milionária, diria que era a pessoa mais sortuda do mundo por me casar com um homem bonito e bilionário.

A fama dos Gregos não era uma fama muito boa, alguns diziam que eles comiam carne humana dos seus inimigos. Eu sentia muito medo no começo, e os boatos sobre eles é esquisito, como o das roupas e da casa com decoração toda preta, dizem que é porque eles matam pessoas todos os dias e usam essas roupas pretas para mostrarem que com eles não se brinca. Eu tinha muito medo, mas tudo mudou quando conheci Enzo pela primeira vez, me apaixonei por ele desde sempre, aqueles olhos azuis, de todos os Gregos, os olhos dele eram os mais azuis.

Eu já não ouvia mais boatos e só prestava atenção em uma coisa, na minha felicidade e seria ao lado dele, do homem da minha vida.

— Luana, está na hora — Felipe me tirou dos meus desvaneios.

Estava na hora de irmos jantar, o meu primo e eu estavamos hospedados em um dos hoteis da família Grego, era muito lindo e aconchegante. Espero que um dia Enzo e eu possamos ter nossa própria casa, gostaria de poder cozinhar para ele e nossos filhos, mudar um armário de lugar, e até mesmo trocar os panos de cama, mas também se ele não quiser, eu respeitarei sua decisão. Como disse, nunca irei precionar ele a nada, minha função era acrescentar na sua vida e não diminuiur.

Desde que ele me beijou que eu estou agindo assim, como uma pessoa despercebida. Passo horas lembrando do nosso último encontro, do nosso beijo apaixonado, antes eu tinha duvida se ele gostava de mim, mas depois daquele beijo, tive certeza. Ele me beijou por um único motivo, por gostar de mim, já que ele não tinha obrigação nenhuma de fazer isso. Me sentia nas nuvens de tão feliz que estava.

— Prima, me parece que viu um passarinho verde — Felipe disse assim que nós fizemos nosso pedido, e o garçon se retirou.

Um pouco sem jeito, eu sorri e lhe respondi:

— Impressão sua, primo. Eu estou normal, assim como em todos os dias de minha vida, não é porque vi Enzo que estou assim — expliquei.

Sempre fui muito direta quando se tratava de dar explicações.

— Eu não disse nada, Luana — sorriu. — Me conte como está se sentindo sabendo que está tão perto de se casar.

— Muito feliz, primo.

— Espero de verdade que Enzo Grego não a faça sofrer, não irei permitir nunca que ele a destrate.

— São apenas boatos primo, não devemos dar importância e nem acreditar em tudo que saem contando por aí.

— Desde que seu pai falesceu que a minha maior obrigação é te proteger e defender de todo perigo.

— Acontece primo, que eu não estou em perigo.

— Espero que não.

Felipe era muito precavido quando o assunto se tratava de mim, ele sempre foi o meu maior protetor e amigo fiel de todas as horas, nele eu tinha mais do que um primo, tinha um irmão e um grande e verdadeiro amigo.

— Posso pedir uma sobremesa depois do jantar? — perguntei sapeca.

Ele não gostava que eu comece besteiras para poder ir dormir, já que uma vez eu comi doce de chocolate depois do jantar e passei mal, tive que ser socorrida. Desse dia em diante sempre manero em tudo que como, por isso que sou magra assim, se meu peso estiver em quarenta e cinco quilos, ainda é muita coisa. Tinha meus ombros largos, e um bumbum que não era normal para a minha magreza, era um pouco grande e arrendodado, diga-mos que ele veio parar aqui e eu não sei dizer como foi.

Minha pele era tão palida quanto a de Enzo, a diferença era que a dele era mais, e os meus cabelos eram escuros.

— Prometo que dividimos ela — disse.

— Irei comer bem mais do que a metade.

— Concordo.

E assim foi nosso jantar.

E aí pessoas. Eu faço mais capítulos da Luana ou do Enzo?

 Príncipe Da Máfia  (Família Grego - Livro II) NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora