Capítulo Seis - We are the champions

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Já que estava sendo forçado a ir nessa droga de festa, fiz questão de começar a me arrumar somente no horário que Jin e eu havíamos combinado, ficando pronto somente uma hora depois - que no caso seria às dez e meia.

O loiro queria me esganar, mas quem disse que eu ligo? Era ele quem havia me chantageado, portanto não podia exigir nada, nem mesmo que eu tirasse a cara de bunda que havia estampado quando entrei no carro e o mesmo me pedia para tirar.
Mas ok, já que estou indo vamos pensar nos prós sobre ir nessa festa, já que o único contra é ter que aturar o diabo acinzentado.
Vou ter comida de graça, bebida de graça, música boa, estarei em uma mansão que custa a minha alma e, com sorte, ainda saio da seca ao menos nos beijos.
Ok, eu posso aguentar.

☆°☆°☆

Chegamos e, como da outra vez, Namjoon diz para a gente entrar que logo ele o faria, mas nem preciso dizer que a naja loira não pensou duas vezes em me abandonar e dizer que iria esperá-lo.

Por que não vão direto para um motel, caralho?
Estou quase fazendo uma conta no Tinder e não vai ser nem pra procurar macho, só algum amigo que preste mesmo.

Entrei observando ao meu redor. Praticamente tudo igual a festa anterior e até mesmo reconheci algumas pessoas.

Ok, por enquanto sem sinal de você sabe quem

Me juntei ao aglomerado de pessoas que dançavam no centro daquele cômodo enorme que, se eu não me engano, é uma sala do tamanho da minha casa.

A luz estava apagada, sendo iluminado apenas pelas frestas de luzes de outros cômodos e pelo jogo de luzes que havia no teto. Eu só queria dar um tiro em quem inventou de colocar aquela fumaça do capeta, porque eu fico tossindo igual uma cabrita engasgada até me acostumar - não que eu já tenha visto alguma.

Depois de umas boas tossidas na cara de quem estivesse na minha frente, consegui enfim curtir a música eletrônica que tocava, começando a introsar na dança como todos.
Estava distraído nos movimentos quando sinto um par de mãos envolverem a minha cintura. Tava demorando, quase comecei a estranhar a demora para a minha preciosa paz se esvair, como sempre.

- Que bom que veio. - Disse rente ao meu ouvido e mordendo meu lóbulo, me arrancando um arrepio involuntário.

- Não vim porque quis. Seokjin me obrigou. - Digo seco.

- Ótimo, me lembre de agradecê-lo depois. - Disse e eu podia imaginar seu sorrisinho debochado estampado em seu rosto. Me virei para si, me arrependendo ao que nossos rostos ficaram tão próximos. Me afastei um pouco antes de me pronunciar.

- Qual é, por acaso vocês estão com um complô contra mim? Me erra, Jimin. - Tirei seus braços de minha cintura sem delicadeza alguma e o maldito riu da minha cara.

Alguém sabe se dentista compra dente? Porque se eu der o soco que eu tenho vontade de dar nesse ser irritante, seus 32 dentes vão voar longe.

- Será que você pode não ficar na defensiva comigo uma vez na vida?

- Quando você deixar de ser insuportável, quem sabe. - Respondi seco e dando de ombros.

- Aish, Yoon, porque tão difícil? - Perguntou em um tom dramático e eu revirei os olhos. - Não precisamos ficar brigando sempre que nos vemos. Olha, vou buscar uma bebida para nós. Quem sabe assim você relaxa um pouco. - Disse sorrindo e saiu em direção ao bar. Era sol que me faltava.

Eu vou é vazar daqui antes que ele volte.

Fui para o outro cômodo, que também estava lotado, porém não tanto quanto o outro. Exemplo de vida social é a dessa família, da onde surgiu tanto adolescente? Aposto que metade nem conhecem os donos da casa.

Papéis Invertidos - Yoonmin ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora