Capítulo onze - Romance com safadeza

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Se lembram quando eu disse que nunca mais iriam precisar me ouvir reclamando por pau?

Pois bem, deixe-me explicar melhor o que eu quis dizer com minha frase espontânea tomada pela euforia do momento.

O que eu havia dito é que não iria mais reclamar pela falta dele, porém não disse nada em reclamar sobre seu excesso.

"Ah, mas você é um mal agradecido da porra que nunca está satisfeito com nada", palavras de Jin que eu tenho certeza de que também passaram pela sua cabeça. Mas acho que é fácil fazer vocês entenderem o meu lado.

Vocês conhecem um certo Park Jimin, não é?

Então, provavelmente conhecem a safadeza inacabável daquele ômega.

Agora que o acinzentado possui passe livre para tocar em meu corpinho quando bem quiser, não há horário ou local que o impeça de me apalpar e me atiçar até que o resultado seja seu colega me preenchendo profundamente e com força – já que de delicado ele não tem nada.

Claro, seria ótimo, seria maravilhoso, caso ele não estivesse abusando tanto do meu buraquinho ao ponto de eu me encontrar ASSADO.

Daqui a pouco eu estou fazendo parceria com fábrica de Hipoglós. Acho que às vezes Jimin esquece que sou um alfa e que não tenho lubrificação natural, então por mais que eu adore escorregar no quiabo, vamos com calma meu querido, porque não há pregas que aguente.

Mas como a vida parece rir da minha cara dizendo "tu não pediu, agora tome", o cio de meu namorado pervertido estava se aproximando para melhorar a minha bela situação.

E por mais que eu tenha começado com esse drama todo, esse nem é o maior dos problemas, pois eu nunca passei um cio com Jimin e, por mais que eu saiba - e como sei rs - que ele goste de enterrar a mandioca, não sei como seu lobo reage no cio.

Eu só tive meu cio uma vez – que foi onde eu tive a grande decepção em descobrir ser um alfa, algo que já não me é tão ruim assim −, e mesmo que eu não tenha passado com ninguém, senti a grande necessidade de meu lobo em ter algo me preenchendo, algo considerado completamente estranho, sem sentido e abominável em nossa querida sociedade. Mas que culpa eu tenho se eu e meu lobo gostamos de dar? – esse aqui ainda se engana de que é ativo, mas rebola gostoso no pau de seu ômega. – Acho que a sociedade deveria se preocupar menos com os cús alheios.

Mas voltando no foco do problema, eu não vou negar estar morrendo de medo de Jimin precisar de mim como ativo em seu cio, e eu como seu namorado teria que sacrificar meu grande orgulho de passivão da Coréia para ajudá-lo.

Deus acuda a minha minhoquinha.



☆°☆°☆



Estava indo para escola – a pé, como sempre – completamente desanimado e com a preguiça me dominando mais do que o normal. Seria pedir muito que meus pais liberassem ao menos a sexta para mim faltar?

Desconfiava estar uns dez minutos atrasado pela lerdeza em que andava, porém não fiz questão de acelerar os passos. Era só esperar a segunda aula e boa.

Continuei encarando o chão enquanto me arrastava até a prisão educativa, me aproximando do portão de entrada uns quinze minutos depois.

Ao passar pela entrada – que permanecia aberta, mesmo que não pudéssemos entrar na sala até que a aula fosse trocada −, dei de cara com um peitoral forte que me fez cambalear para trás e despertar um pouco do transe da preguiça em que eu estava.

Papéis Invertidos - Yoonmin ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora