Quente e molhado

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- Kagamiiii... a nona morreeeeu!!!

- É eu sei, que tragédia...

- Waaa... você é tão linda nya! :3

Nesse momento Kagami se encontrava no meio de dois Couffaines. Mais precisamente tendo o mais velho com a cabeça no seu colo e uma prima mais nova dele, Anne Marie que era uma menina de 17 anos ao seu lado completamente apaixonado pelo fato dela ser japonesa. A adolescente era daquelas ditas "otakus" que amava o Japão e adorava andar com o all star diferente no pé, mochila cheia de bottons e bandana do Naruto seja na cabeça ou no pescoço ( que era o caso da jovem de cabelos longos e coloridos).

Não fazia muito tempo que tinham chegado no hospital onde se reuniram com a família de Luka. No local estavam a mãe dele, uma senhora bem distinta e elegante, uma tia irmã da sua mãe junto com o marido, além da mais nova.

Quando Luka teve a comprovação da morte da sua tia avó caiu no maior pranto pois segundo ele a "nona" ( apelido carinhoso que o casal de irmãos a chamava) lhe dava biscoitos quando mais novo e o levava sempre para passear sabe se lá onde porque ele praticamente embolou as palavras junto com o choro.

Puta que pariu, aquele homem era lindo, um tesão de gostoso, mas quando chorava parecia mesmo era uma criança! Diferente de Anne que parecia estar um pouco indiferente ao luto, mas Kagami entendia o motivo já que a menina teve pouco contato com a senhorinha falecida. Pra piorar aquela mocinha parecia ter realmente se apaixonado pois não desgrudou de si nenhum momento! Assim que bateu seus olhos azuis em Kagami, ela ficou estática para logo em seguida soltar um gritinho como se a japonesa fosse uma artista de cinema.

Agora estavam ali os três. Luka chorando com um lencinho no nariz que fora dado por Kagami enquanto ela o acariciava nos cabelos e Marie estarrecida de amores a admirando.

- A nona não pode ter morrido 'gami! - Luka a abraçou pela cintura e a japonesa sorriu franzindo a testa.

"Ai senhor Jesus... eu amo esse homem, mas me dá força pra aguentar esse tranco e esse chororô!" - Eu sei meu lindo, essas coisas acontecem, é a ordem natural da vida!

- Que inteligente... você é tão maravilhosa nya, posso te tocar? - Anne Marie aproximou um dedinho o encostando no braço de Kagami que sorriu sem saber o que dizer. Foi quando a mãe de Luka se aproximou com um sorriso gentil segurando sua Channel rosa dentre as mãos - Kagami, gostaria te agradecer minha filha por estar dando esse apoio para o Luka, ele adorava a nona.

"QUE APOIO EMOCIONAL MULHER, PEGA ESSE HOMEM QUE O FILHO É TEU!" - Ah por nada.. o Luka é muito importante pra mim... - sorriu sem graça sento tocada ainda por Anne e abraçada por Luka.

- Ele não toma jeito esse menino! Você viu? Tentamos falar com ele esse tempo todo e se não fosse pela Chloe..

"É, vamos deixar essa capeta de lado" - Eu entendo senhora Couffaine.

- Ah que isso, pode me chamar pelo nome.

"IXI MARIA QUAL É O SEU NOME MESMO?" - Ah claro, obrigada!

A senhora se virou ainda sorrindo.

Sendo pressionada pelo corpo dos dois primos, Kagami se questionava o que tinha feito para Deus para estar naquela situação. 

Só queria mesmo é estar jantando com Luka, NÃO, melhor, namorando pelada com ele... poxa, só isso! Mas nãããão... não podia porque...

"Aaaah eu tranquei a Marinette no banheiro..." - Ela pensou com os olhos perdidos.

Bom, pelo menos esperava que a essa atura sua alma estivesse redimida porque já SABIA que Marinette já deveria estar no maior vuco vuco com o Adrien.

E para ser sincera, que ela tava é bem certa.

Com a boca totalmente ocupada pela do advogado, Marinette o tinha em suas mãos enquanto suas pernas estavam envolvidas na cintura dele. O sofá que já era pequeno, estava menor com aquele fogo em cima das suas almofadas.

Adrien beijava Marinette como se ela fosse um doce no qual não queria parar de comer. E a boquinha faminta da recepcionista o correspondia da mesma forma, enquanto os dois se abraçavam, fazendo a maior bagunça naquele nó do amor.

A merda toda era a pia da cozinha que não parava de pingar, aquela bosta! Já fazia um tempinho que a bica não fechava direito e por isso umas gotas bem barulhentas caíam com tudo no inox que revestia a bacia da pia, fazendo um barulho quase enlouquecedor a qualquer um que ficasse muito tempo na sala ou até mesmo na cozinha.

Mas aquilo ali era culpa das duas ( pra variar) porque sempre diziam "ah precisamos arrumar esse negócio aí, precisamos ver o lance da pia, precisamos chamar um encanador, precisamos né.... precisamos." E por mais que Marinette estivesse bem entretida com Adrien sobre o seu corpo praticamente a esmagando contra a maciez do sofá, não dava para continuar tarando seu loirinho com aquela barulhada infernal vindo do outro comodo.

Então ela teve que afastar o corpo de Adrien sutilmente no qual a encarou confuso.

- Calma aí meu lindinho, eu já volto, só preciso resolver uma coisinha aqui... é vapt vupt! - Sorriu tentando ajeitar a saia mas ele a impediu.

- Beleza mas não precisa abaixar, fica assim.

"UUUUHHH QUE DANADINHO!"- Marinette riu de lado e aproveitou que Adrien tinha se ajeitado no sofá pondo uma das mãos atrás da cabeça para se mostrar um pouquinho mais pra ele. Com o olhar cínico de perfil foi retirando a saia enquanto abaixava o corpo empinando o rabinho para o alto o que fez o advogado lamber os beiços inclinando a cabeça.

Percebendo-se da reação dele, ela aproveitou para instigar um pouco mais atirando a peça de roupa em sua direção. - O que foi? O gato comeu sua língua?

- Não. O gato aqui ta afim é de comer outra coisa.

- Uhnnn... - Marinette riu dando passos para trás ao mesmo tempo que desabotoava a camisa social. - To doida pra saber o que esse gatinho ta querendo comer.

- Então volta logo que eu já te mostro.

"IIIHIHIHIHIHIHHIHI EU VOU GANHAR ESSA APOSTAAAAA LALALALA" - Ela sorriu se achando a mulher mais gostosa do pedaço e saiu andando como se estivesse em um desfile até a cozinha.

Pois muito bem. Agora era só fechar a pia.

Show.

Fechar a pia e voltar pro colinho do Adrien.

Mas porque diabos aquela pia não fechava?

- Que.Droga! - Marinette já estava irritada tendo suas duas mãos sobre o fecho da bica. Só que por mais que aplicasse força, aquele troço não parava de pingar!

- Ta tudo bem aí Marinette? Quer ajuda? - Adrien perguntou da sala.

- Ta sim bebe, só to resolvendo um negócio aqui um cadin... vaai... vaaai.. fechaaa... - As mãos já estavam vermelhas assim como sua cara e ela resmungava vários palavrões baixinho.

Tentou uma.

Tentou duas.

Tentou três.

Tentou quatro.

Na quinta vez... aaah na quinta vez. Na quinta vez FOI!

E FOI TUDO!

TUDO NA CARA DA PAMONHA!

A pia estourou.

- AAAAHHHH! - Ela berrou sentindo toooda a água indo direto na sua carinha linda. Poderia ser uma outra coisa mais quente e que viesse de uma bica digamos mais AQUECIDA, mas não. Era só mais uma tragédia pra por na lista.

Vai lá Marinette, vai achando mesmo que eu vou deixar você ganhar essa aposta. Nananinanão kkk 

A ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora