Finding You | Book 1

12- Misses

Louis abriu os olhos lentamente, resmungando um pouco pela claridade que entrava no quarto.

Droga.

Havia se esquecido de fechar as cortinas e agora estava sendo cegado por aqueles raios de sol que teimosamente entravam pela janela. Menos de meio segundo depois, seu celular começou a gritar, lembrando-o que ele deveria se levantar e ir para escola.

Ótimo.

O ômega se sentou na cama, esfregando os olhos e resmungando baixinho. Ele passou a odiar dormir sozinho desde que começara a ter pesadelos - que graças aos deuses já não aconteciam mais -, mas mesmo assim, desde que eles começaram, Louis adquiriu o hábito de ter sempre alguém ao seu lado na cama; seja Harry, sua mãe, ou até uma de suas irmãs. Por isso e também porque ele adorava dormir nos braços quentinhos e aconchegantes das pessoas que ele amava. Louis gosta de se sentir amado - como todo mundo.

Levantou-se devagarinho, sua mão sempre descansando sobre sua barriga - agora de vinte semanas e meia -, um hábito que acabou adquirindo da gravidez. Observou sua barriga já grande e seu umbigo saltado - que Harry adorava beijar e achava a coisa mais adorável -, apesar do peso que provocava dor em suas costas, ele não reclamava.

- Bom dia, meu amorzinho - sussurrou para seu filho. Outro hábito que havia adquirido também da gravidez. Na verdade, ele, Harry, suas famílias e amigos estavam sempre conversando com o bebezinho deles e isso alegrava muito o coração de Louis por saber que seu bebê já é tão amado e querido. - Eu sei, você detesta acordar cedo, mas nós precisamos de um futuro.

Continuou conversando enquanto se despia distraidamente, ora cantando uma música qualquer que havia grudado em sua mente. Estava distraído quando Johannah abriu a porta para entrar no quarto, ainda trajando sua camisola cor de creme, de seda. Louis se assustou levemente, mas depois sorriu ao ver que era sua mãe. Seus cabelos de cores idênticas agora estavam tão bagunçados quanto.

- Bom dia, Boo Bear - ela disse, sorrindo suavemente, adentrando o cômodo.

- Bom dia, mumma - o menino já estava sem qualquer peça de roupa, mas isso não era importante já que ele não sentia vergonha da mãe. - Você me deu um susto - resmungou, fazendo um biquinho, que fez a mulher sorrir.

- Pensei que ainda estaria dormindo - riu.

- Eu me lembrei de colocar o despertador para tocar hoje - confessou e a mulher riu suavemente, abrindo o guarda-roupa do filho para escolher algo confortável para ele vestir. - Além do mais, essas cólicas não me deixam dormir direito. - Bufou, observando a mãe escolher uma camisa de Harry que ainda estava ali e em seguida sorriu. Boa escolha.

Não era novidade nenhuma que o ômega ama vestir as roupas do namorado, tanto pelo cheiro gostoso que ajuda a amenizar a saudade quando estavam longe um do outro, quanto pelo fato delas serem grandes e comportarem sua barriga de forma confortável e não deixando nenhum pedaço de pele a mostra.

- Você não tomou o remédio antes de se deitar? - Perguntou, enquanto o menino já se encaminhava para o banheiro novamente. - Ei, deixe-me cumprimentar o meu neto primeiro.

- Tudo bem, dona Jay - revirou os olhos, mas aproximou-se da mulher, que escovou as mãos suavemente por sua barriga pontuda e umbigo saltado, sorrindo grande o fazê-lo.

- Bom dia, neném da vovó - o sorriso dos dois quase rasgavam seus rostos. - Você dormiu bem? - Ela perguntou, mas não obtivera nenhuma resposta, obviamente.

- Quando será que ele vai começar a chutar? - Louis perguntou. Ele mal podia esperar para sentir seu filho se mexer e chutar dentro de si. Louis idealizava há tempos a sensação de um serzinho se mexendo dentro dele, reagindo a coisas que ele falava. Ele mal podia esperar.