16- kindly

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Com a gravidez já avançada, está cada vez mais difícil para Louis fazer coisas simples do dia a dia. Todos estão super atenciosos e prestativos, mas o simples fato de não conseguir dormir direito uma noite inteira já deixa o menor extremamente irritado.

POV Louis

Harry tem sido ainda melhor do que já era (se é que isso é possível). Sempre compreensivo e prestativo, ajudando com literalmente tudo o que eu preciso, mas me sinto mal por estar dando tanto trabalho para ele e para minha família. Principalmente meus pais que já são tão ocupados.

Por isso estou me esforçando tanto para conseguir terminar o colégio. Quero fazer minha família feliz e, acima de tudo, fazer o meu bebê feliz.

Ultimamente tenho estado bastante preocupado com o tipo de pais que serei. Como terei estruturas para criar um filho e fazer tudo certo. Conversando com mamãe sobre isso, ela disse: "Uma criança espelha-se em seus pais, então, como poderia uma criança ser feliz, se seus pais não forem?". É uma boa pergunta. Uma ótima pergunta.

À partir daí, eu decidi que só eu posso definir que tipo de pai eu serei. Apesar da pouca idade, eu sei que Harry e eu seremos os melhores pais do mundo, porque queremos ser e, independente do que os outros digam, nós daremos o nosso melhor parar sermos os melhores.

Mais um dia se iniciava e mais uma noite mal dormida se passou. Resmunguei baixinho, tentando me virar na cama, sendo impossibilitado pela melancia enorme que agora substituía a minha barriga. Irritei-me (como todas as manhãs) e me virei bruscamente, atingindo algo macio que estava no caminho, com meu pé. Ouvi um gemido alto seguido de um palavrão e abri meus olhos para ver um Harry segurando suas partes.

Já faz algum tempo que Harry está praticamente morando em casa. Ele vinha pra cá direto do trabalho, acabava dormindo aqui e depois ia direto comigo para a escola. Anne fazia o possível para vir nos visitar, já que alegava sentir falta do filho e sempre usava como desculpa para trazer algo para seu netinho.

Estamos ficando sem espaço no meu quarto para tantas roupas de bebê e ainda sequer pensamos em onde colocaremos o berço

- Por que toda essa violência logo de manhã? - Perguntou com a voz rouca e eu o amaldiçoei, pois imediatamente senti meu pau endurecer dentro da boxer azul que eu vestia.

Harry sabe o efeito que tem sobre mim, principalmente agora com todos os hormônios da gravidez me deixando extremamente necessitado.

- Desgraçado - xinguei e sai da cama indo em direção ao banheiro ao lado do meu quarto.

- Tudo bem, babe? - Ouvi Harry perguntar, mas não o dei ouvidos e continuei meu caminho, xingando todos os palavrões que conheço.

Deixei a banheira enchendo enquanto fazia minhas necessidades fisiológicas e, justo nesse momento, Harry entrou no banheiro, encontrando-me sentando no vaso sanitário. Uma situação completamente constrangedora, devo acrescentar. Arremessei contra ele todos os objetos que estavam ao meu alcance, gritando para ele sair do banheiro. Rindo, ele saiu do banheiro balançando a cabeça negativamente.

Fiz o que tinha que fazer e a banheira ainda não estava completamente cheia. Então, eu puxei o ralo para esvazia-la e decidi tomar banho no chuveiro mesmo. Depois me arrependi porque estava com preguiça de ficar em pé. Suspirei.

Por que tudo tem que ser tão difícil pra mim?

Harry entrou no banheiro novamente e um súbito sentimento de raiva apoderou-se de mim.

- Posso te acompanhar, amor? - Pediu manhoso, já completamente nu.

- Não! - Gritei. - Cai fora daqui! - Seu biquinho manhoso transformou-se em uma careta confusa e magoada e eu quis bater em mim mesmo, mesmo ainda estando com raiva dele (por nenhum motivo aparente).

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