Contrato de Casamento (completo)

Capítulo 48

Ás 17:30 chegava ao meu destino, a empresa do Sr. Watson. Pego o meu crachá de visitante e me dirijo ao andar onde era a sala dele. Á medida que subo, passa um flash pela minha cabeça. Há 1 ano e meio eu entrava naquele escritório para resolver um equívoco que minha irmã me colocou e agora estou aqui para desfazer o contrato. Nada naquele lugar tinha mudado. Me identifico na recepção do andar e a mulher me encaminha para a sala do Sr. Watson. Quando eu entro, o vejo sentado atrás de sua mesa assinando alguns papéis. Atrás daquela mesa a sua expressão é de seriedade e tão intimidante.

— Senhora Rose, aqui estão os papéis assinados. Pode ir agora.

— Ok senhor! E vejo a mulher saindo pela porta.

—Boa noite Luisa, sente-se.

—Obrigada! E puxo a cadeira a frente da sua mesa.

— Quer beber alguma coisa? Café, água?

—Não, estou bem obrigada!

Ele pegou a pasta que eu já conhecia bem e colocou os papéis do contrato em cima da mesa.

—Bom Luisa este é o contrato que de alguma forma mudou as nossas vidas.

— Sim, verdade. Antes de você continuar quero deixar uma coisa bem clara.

—Explique-se

—Sei que este contrato envolve muito dinheiro e que eu receberia uma parte dele se ficássemos 1 ano casados. Mas a minha condição é que antes que assinemos o divórcio, que não quero seu dinheiro.

Ele respirou fundo, se levantou e sentou na ponta da mesa. Estávamos bem próximos e isto me causou um certo incômodo.

— Ai ai Luisa parece que estou vivendo um dejavour. Não te chamei aqui para falarmos sobre o divórcio.

—Não entendi.

Então ele vira a minha cadeira em direção a ele e aproxima o seu rosto ainda mais de mim e olha no fundo dos meus olhos.

—Então eu vou te explicar. Eu te chamei aqui para dizer que... ele respira fundo.

—que me perdoe e por favor me dê uma chance. Não posso viver sem você. Eu te amo!

Escutar aquelas palavras mexeram comigo e senti uma leve pontada na cabeça.

— Harry, por favor, já tivemos esta conversa. Você me magoou demais e acho que o melhor que temos que fazer é nos separar.

— Eu sei que errei... cometi uma falta muito grave perdi perdão de mil maneiras Daria qualquer coisa para desfazer aquilo. Quem me dera se eu pudesse apagar o passado e todas as coisas ruins que fiz contra você. Então por favor me perdoa!

—Eu perdoo você de todo o meu coração. Mas isto não quer dizer vamos voltar.

— O que eu tenho que fazer para agente voltar?

— Nada. Só vamos resolver as coisas e ficarmos um longe do outro, acho que é melhor.

Ele se levantou e passou as mão pelo cabelo e começou a andar de um lado para o outro na sala. Ele estava muito nervoso e tenso com a situação e eu não sei como, mas eu estava calma.

—Pelo amor de Deus Luisa! Eu já tentei ficar longe de você. Este tempo que estivemos separados me fez perceber que era você o que eu precisava ter. Este tempo todo só pensei em você. Este tempo todo só amei você.

— Por favor Harry já estou ficando cansada desta conversa. Vim aqui para resolver nossa situação. E pelo visto você não quer me escutar. Eu vou embora. Peguei a minha bolsa e me voltei para porta. Ele bloqueou a minha passagem.

— Por favor me deixa passar.

— Não.

— Me deixa passar ou eu grito.

Neste instante ele me prende junto ao seu corpo e abraça a minha cintura, me impedindo de sair.

— Me larga, me larga! E bato com as minhas mãos no seu peito.

— Olha para mim Luisa. Eu nego.

— Olha para mim Luisa. Desta vez eu resolvo obedecer.

— Eu sei e você sabe o que sente por mim.

— Não sei.

—Sabe sim... eu sei que me ama, eu sei que me deseja e sei que você me quer.

— Não seja presunçoso!

— Eu não sou, eu sou verdadeiro.

Ele se aproxima ainda mais e prende os meus braços também.

— Eu te quero Luisa. E beijou minha testa.

— Eu te desejo Luisa e beijou minha bochecha

— Eu te amo Luisa. Então os seus lábios vão de encontro aos meus. No início fiz de tudo para resistir aos beijos, mas quando dei por mim, já tinha me rendido. Os beijos começaram lentos, mas agora estavam mais intensos. Estava sendo difícil conter o desejo.

Nos afastamos para respirar e ficamos com a testa encostada uma na outra. Estávamos ofegantes. De repente ouvimos uma batida na porta. Nos assustamos e rapidamente andei ao sentido oposto da sala.

— Senhor Watson, já estou indo. Precisa de mais alguma coisa?

—Não Rose já encerrei aqui também, pode ir. Até amanhã.

Enquanto ele esta distraído, falando com a secretaria, disfarçadamente, caminhei em direção a porta. Já estava quase saindo, quando Harry segurou o meu braço.

— Vamossair daqui, precisamos terminar a conversa. Sem forças para discutir, assenti com a cabeça