"A sala"

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Recentemente, Jhon me pediu para torturar e matar alguém, gravando tudo isso.. Eu esperava que fosse uma pessoa qualquer, mas era uma criança, a garotinha tinha 6 anos e se chamava Millye. Enquanto ela voltava da escola sozinha por conta da ausencia dos pais, me encontrei com ela numa praça. 

-Heya, garotinha!- Chamei a atenção da mesma.

-Huh?- Ela hesitou.

-Você quer um doce? - Mostrei algumas balinhas pra ela.

-Hmm...- Ela hesitou...

-Relaxa! Pode pegar. - Sorri.

A garotinha pegou uma balinha e colocou na boca.

-Minha madrasta nunca deixa comida pronta pra mim... - Ela olhou para os próprios pés.

-Você não tem dinheiro pra comprar? - Me abaixei, ficando mais baixa que ela.

-Não...- Ela encheu os olhos de lágrimas.

Que merda, porque me mandaram fazer isso com ela? Não que eu me importe, só não vejo motivos. Mas que se dane, vai ser divertido.

-Veja... - Mostrei alguns dolares pra ela. - Quer saber como eu consigo?

-Sim! - Ela sorriu.

-Então vem. - Segurei a mão dela e saímos andando. 

Por sorte não tinha ninguém na praça pra me ver fazendo isso, estava chovendo. Entrei pelos fundos e a levei até... "A sala". 

-Senta na cadeira. - Disse sorrindo.

A garotinha me obedeceu, meio hesitante, mas convencida pela minha expressão facial que eu era uma "Tia legal". Peguei a câmera e coloquei pra gravar.

-Eu só preciso que fique quietinha! - Comecei a amarrar suas mãos na cadeira. 

-Por que está fazendo isso?- Ela pareceu assustada.

-Faz parte do meu trabalho, não quer descobrir? - Sorri.- Qual seu nome mesmo?

-M...Millye. - Ela respondeu, ainda assustada.- Tia, acho melhor não... Não quero mais! Quero ir pra casa.

-Eu sinto muito, Millye. - Peguei um alicate razoavelmente grande, já que era uma criança. 

- O que você vai fazer? -Ela começou a chorar.- Por favor, me deixe ir pra casa! 

-Cala a boca, pirralha. -Gritei.- Eu não suporto ouvir você chorando!

Fui na direção dela e abri a boca da mesma a força...

-Não vai demorar...- Ri.

Arranquei um dente da Millye com o alicate, enquanto ouvia ela gritar.

-Tá tudo bem, é dente de leite! - Ri mais ainda...

-P-Para!! -A boca dela sangrava, e ela gaguejava e gritava diversas vezes.

Segurei o braço da mesma e posicionei o alicate nele, apertando e torcendo o braço dela com força...

A cada ação minha, Millye gritava mais alto, sem conseguir mais falar, desesperada, e fora do controle. 

Eu arranquei todas as unhas de uma das mãos dela, uma por uma, lentamente.

E isso é tão legal, tão satisfatório. No começo você pensa "Não é justo!"... Mas depois, é como se os gritos e choros da vítima fossem um tipo de música, sintonia, e quanto mais ela se desespera e grita, quanto mais ela sente dor... Mais você sente prazer. E você pensa: "Como será a sensação de estar no lugar dela?".

Depois de alguns minutos assim, eu suspirei e peguei o revólver.

-Tá doendo? - Abracei a criança. 

Ela balançava a cabeça positivamente enquanto chorava e gritava de dor.

-Vai passar. -Acariciei os cabelos cacheados de Millye, e para finalizar, dei um tiro na sua cabeça. 

Passaram-se longos quatro dias. 

Jhon me mandava matar, sequestrar, ou torturar alguém e eu ia me encontrar com Jimmy todos os dias. Todos os dias, ele falava sobre as pessoas mortas ou desaparecidas, por minha culpa.

Uma noite, ele me convidou pra ir passear com o cachorro da mãe dele, já que ela não poderia se levantar da cama. E então eu fui. Fazer o que?

Jimmy foi de boas, sem nada nas mãos, sem segurança alguma. O que poderia acontecer?

Presenciamos o assalto, por pura sorte, claro. 

-Espera, por favor, não faz isso! - A moça abordada gritava enquanto era puxada.

Eu parei onde estava, mas Jimmy arcou e tentou segurar o suposto assaltante... 

Conclusão: Jimmy foi uma bosta e o assaltante apontou uma arma pra ele, enquanto a garota ficou paralisada. Então suspirei e virei a rua, indo em direção a eles.

-Parada aí! Vocês vieram me atrapalhar, é seu amigo ou a moça! - O assaltante gritou, ainda apontando a arma para Jimmy.

-Não faz isso, Haira. - Jimmy gritou. 

Você está falando sério mesmo? O cara aparece, querendo roubar a MINHA vítima? Jimmy? 

O cachorro latiu, enquanto eu amarrava a corrente de sua coleira no poste. A moça tentou correr, mas eu a segurei, sem muita força, ela era fraca.

-Por favor, me deixe ir! - Ela me implorou aos prantos. 

-Não! Haira! - Jimmy gritou.

- No três eu atiro! - O assaltante destravou o revolver. 

-Eu sinto muitíssimo... - Olhei com uma cara de tacho pra moça. - Mas sabe... Ninguém vai sentir a sua falta.

Ela me olhou incrédula, ainda chorando.

-Um... Dois... - O assaltante começou a contar.

A garota tentou se soltar com todas as suas fracas forças, mas eu a segurei, e corri com ela para a frente de Jimmy, colocando o corpo da mesma contra o meu e fazendo ela receber todas as balas. 

Soltei o corpo recém morto da garota e puxei o braço de Jimmy, que parecia abalado. Desamarrei com precisão a corrente do poste, peguei o cachorro, e saímos correndo dali.

Depois de alguns minutos correndo, chegamos na casa do Jimmy. Eu estava tranquila, é normal pra mim. Jimmy estava nervoso, agarrado com Mothy, o cachorro da raça husky. 

Ele ficou calado, e por um tempo ouvi apenas a sua respiração ofegante, até que Jimmy começou a chorar. 

- Como isso foi acontecer? É tudo minha culpa, tudo minha culpa. Ela tá morta... - Ele repetia várias vezes enquanto chorava abraçado com Mothy. 

Bufei e sentei no sofá. 

-Foi necessário, acontece. - Falei de forma fria.

-Uma mulher morreu por minha causa! E eu nem prendi o cara! - Ele chorou mais ainda.

Isso é tão irritante, que choro irritante, só quero que ele cale a boca.

- E quem se importa com isso? Quero dizer... Ela realmente não era importante. - Olhei pra Jimmy. - Queria que eu te deixasse morrer? 

-Eu preferia morrer. - Jimmy resmungou e saiu. 

Sem avisar, saí da casa de Jimmy e fui ao encontro de Jhon. 

-Como foi? - Jhon questionou enquanto escovava os dentes.

-Tá tudo normal por lá... -Suspirei. - Ele é tão idiota, quando isso acaba?

-Já disse... - Jhon secou a boca. - Não sei por quanto tempo, só sei que vai ser bastante tempo. 

-O que tem pra fazer amanhã? - Perguntei seguindo Jhon pelo mini apartamento. 

-Amanhã não temos nada, vai ficar o dia todo com Jimmy. É domingo. - Jhon sentou no sofá e começou a ler um livro.

Que merda, hein? 

Sweety'PainOnde histórias criam vida. Descubra agora