♪ 0.5 ♪

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*Ana Clara's point of view*

- E então, como tá sendo morar aqui? - Lucas perguntou encostando na parede do banheiro

Estávamos presos lá dentro, então o jeito era ficar conversando normalmente

- Normal. Não é muito diferente de morar em São Paulo - dei de ombros - Só é difícil porque eu não encontro o Nathan tanto - sorri fraco e ele assentiu

- Ainda estão namorando, né? - concordei - Ah... Entendi... - falou pensativo

- O que foi? - questionei percebendo seu incômodo

- Nada - respondeu rapidamente e ficamos em silêncio

Provavelmente uns cinco minutos haviam se passado, e o silêncio estava me matando

Lucas encarava a pia, onde eu estava sentada, fixamente sem nem piscar, e eu comecei a encara-lo

Seu cabelo continuava quase o mesmo, agora tinha uma barba e bigode, diferente de quando namorávamos, estava mais forte... Depois de analisar Lucas dos pés à cabeça, meus olhos pararam em sua boca...

Ai, aquela boca... Dois anos sem toca-la, sem vê-la...

Esquece isso, Ana Clara, foi você que quis terminar tudo!

Mas foi um erro, sinto até hoje que poderíamos ter mantido o relacionamento, e mesmo que acabasse, teríamos tentado

ANA CLARA, VOCÊ NAMORA, DEIXA ESSAS IDEIAS MALUCAS DE LADO!

- Ana! Ana! ANA CLARA, MORREU? - volto dos meus pensamentos com Lucas me chamando

- Oi, oi, o que foi? - falei apressada

- Ficou parada aí, olhando pra mim, achei que tinha morrido - Lucas falou e revirei os olhos

- Idiota - reclamei e ele riu

- Pensando em nós? - questionou e o encarei novamente

- Nós? Que "nós"? Nem existe "nós" - falo

- A gente se afastou, mas você continua a mesma de 2016, eu te conheço, Martins

- Ih meu filho, tá chapando? Tava pensando em coisas mais importantes, eu hein

- Sei... Pensando em outras coisas e olhando pra minha boca? Interessante... - deu de ombros e o olhei incrédula - Vai negar que eu sou lindo?

- Você é um convencido, isso sim!

- E lindo, não esqueça

- Lindo só aos olhos da tia Cris

- Admite que me ama - zoou e revirei os olhos novamente

- Nem me irrita, hein Tolentino - o empurrei contra a parede e ele riu

Faltavam uns cinco minutos e não tínhamos mais nada pra fazer, encostei na parede ao seu lado e cruzei os braços

- Opa, um apoio pro meu braço - Lucas apoiou o braço no meu ombro, fazendo graça com a minha altura

Fiquei na sua frente, e quando ia bater em seu peito, ele segura minhas mãos, me impedindo. Ficamos nos encarando, até que meu coração fez algo totalmente diferente do que meu cérebro dizia

E eu o beijei.

Lucas soltou minhas mãos, que foram parar na sua nuca, e colocou suas mãos na minha cintura, continuando o beijo.

Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, Lucas pediu passagem com a língua e eu cedi, aprofundando o beijo, o famoso oxigênio se fez necessário e paramos o beijo meio ofegantes, ainda próximos um do outro

More Than This [L Paquetá]Onde histórias criam vida. Descubra agora