6 anos atrás...
Era uma manhã bem quente. Poppy e seus pais iriam passar um dia na casa de seu tio avô Digory. Ela estava animada para brincar com sua mãe por aquela enorme casa como faziam todas as vezes que iam para lá. Por mais que a dona Martha não gostasse que fizessem barulho, nem sequer o mínimo, era impossível dizer não a pequena e suas inúmeras brincadeiras
— Chegamos — Poppy que quase cochilava de tanto tempo viajando, desperta com o aviso de seu pai
— Glória! Já não aguentava mais o tédio e a fome — Disse colocando as mãos sobre a barriga e olhando para a mesma, fazendo eles rirem
— Acredito que a dona Martha já esteja preparando a comida, ela é sempre pontual com o horário do almoço — Fred abre a porta do carro para a garota sair. Conhecia bem os horários dessa casa, afinal passou boa parte da sua infância e juventude aqui e Dona Martha já está como governanta da família a alguns anos
Poppy consegue avistar dona Martha esperando por eles na grande porta da casa e lhe da um sorriso, o qual lhe é devolvido
— Vamos! Entrem! O almoço já esta pronto e vocês devem estar famintos, afinal é uma viagem um pouco longa até aqui — Martha caminha ate a cozinha sendo acompanhada pela família Campbell. Poppy se perguntava sempre como os adultos tinham poderes de saber o que estavam sentindo sempre, afinal pra ela era estranho dona Martha saber que ela estava com fome, não havia falado nada pra ele
Eles entram na enorme cozinha e avistam Digory sentado em uma das cadeiras lendo o seu jornal
— Senhor, vc tem visitas — Martha avisa e ele se vira para os três
— Olá tio Digory — Seu pai o abraça e logo sua mãe faz o mesmo com um sorriso no rosto
— Oh, quanto tempo que não os vejo — Ele começa a falar mas logo é interrompido por Poppy
— Mas tio Digory, nós viemos aqui não tem nem um mês — Levanta uma das sobrancelhas enquanto diz e todos riem
— Tem razão, mas um mês pode ser muito tempo em outro mundo — Sussurra e dá uma piscadela para a menina, que faz uma careta confusa
[...]
— Agora nós já podemos brincar de esconde-esconde mamãe?? — Poppy diz impaciente, já havia esperado muito tempo e estava ansiosa para brincar com sua mãe
— Podemos! Eu conto e você se esconde. Vai! — Sua mãe, Alitta, começa a contar e então a menina sai correndo
Ela corre pelos enormes corredores e tenta achar um esconderijo bom, um que ela nunca tivesse usado antes, o que era quase impossível de se achar, pois ela já havia esgotado todos os esconderijos daquela casa. Ela tenta abrir as portas mas parece que todas estavam trancadas. Então corre até uma porta mais afastada e vê que essa estava aberta, ela rapidamente fecha a porta atrás dela e vai correndo até o guarda-roupa que ali estava
— Quero ver ela me achar agora — Dá uma risada de quem já havia vencido a brincadeira e começa a andar para trás na tentativa de achar o fundo para que pudesse se encostar, mas é em vão pois o mesmo parecia não existir
Poppy sente algo arranhar seu pescoço, algum tipo de planta. Ela olha para trás e vê algo que para muitos seria impossível. Neve! Árvores! Isso tudo dentro de um pequeno guarda-roupa
— Uau! — Isso foi tudo que conseguiu dizer naquele momento
Passa seu olhar por tudo ao seu redor, algumas vezes tocando nas mais próximas — só pra se certificar de que não estaria sonhando —. Afinal aquilo parecia um sonho, um sonho incrível do qual ela não gostaria de acordar tão cedo.
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A Guardiã | As Crônicas De Nárnia
FantasyDurante a segunda guerra mundial, Poppy é mandada para a casa de seu tio Digory por seus pais, pois pensaram que só assim ela ficaria mais segura e longe da guerra. Mas ao chegar lá ela conhece os irmãos Pevensie e reencontra Nárnia, a mesma Nárnia...