O momento após você falar um "eu te amo" é sempre estranho na minha opinião, pois por conta de três palavras a situação onde você se encontra muda, e jamais voltará a ser como era antes. Não estou falando que vai se tornar ruim, só digo que irá mudar, entende? Não? Okay, vou te ajudar a entender.
Chego na escola 10 minutos antes de tocar o sinal para a primeira aula, procuro por Charlie ou Gabriel mas não encontro eles em lugar algum.
- Procurando por mim? - ouço uma voz conhecida e me viro sorrindo.
- Estava procurando a sua vergonha na cara, por que acho que perdeu faz tempo. - debocho e ele ri.
- Oh, se achar me avise por favor, enquanto isso procuro a graça, por que não tô achando - sorri debochado também.
- A vingança nunca é plena Winchester. - dou dois tapinhas fracos em seu rosto, sorrindo sarcástico.
Não seríamos nós sem o deboche em quase toda frase.
- O que quer fazer hoje? - saio andando e ele me acompanha.
- Eu falo que te amo e você já quer sair por aí comigo sempre? Ah podemos andar de mãos dadas e fazer tranças no cabelo um do outro - sorrio e ele ri.
- Eu não me importaria - fala e eu paro e olho pra cara dele.
- Oh não minta para mim, eu sei que se importaria. - falo.
- É, realmente - confessa e eu dou uma fraca risada. - Mas, eu quero passar mais tempo com você, eeeee, nada me impede de fazer isso agora. - Se aproxima e rouba um selinho meu.
- Quem disse? Eu sou um garoto difícil Winchester.
- Você é apaixonado por mim. - sorri enorme com cara de orgulhoso.
- Não se acha, ok? Quem disse que sou apaixonado por você? Eu não ouvi essas palavras saindo da minha boca - encosto em meu armario e ele se aproxima.
- Não precisa falar, cada gesto seu, cada olhar, tudo indica. - da selinhos em minha boca e então para para me olhar. - Acho que sei por que me sinto da mesma forma.
- Adiquiri diabetes - brinco e ele se afasta rindo - muito fofo, maaas, onde está o Dean que paga de machão que eu conheço? - se afasta andando para ir embora.
- Em algum lugar perto da minha próstata, quer procurar? - fala um pouco alto, já de costas indo embora.
- Também te amo - grito e ele mostra o dedo do meio rindo.
Tudo muda.
•
Estava pegando minhas coisas para ir embora quando Charlie aparece correndo.
- Cas! Já soube!? - fala ofegante.
- O que?
- Dean, tá batendo no Connor! Na frente da escola, vem! - sai correndo.
- Porra - fecho meu livro e levanto, correndo até o local.
Ao chegar lá vejo Dean em cima do garoto, socando o mesmo. Me aproximo com dificuldade por conta da multidão e grito.
- Dean! - o mesmo para para me olhar e então leva um soco, de Connor que aproveitou para se levantar. Vou até o mesmo para tentar tirar Dean de lá, que tentava a todo custo bater no garoto, e então levo um soco, de Connor, que provavelmente era para ser no meu namorado.
- Porra! Cas? Você tá bem? - Dean me puxa para tentar ver onde o soco havia pegado. Meu sangue ferveu. - Eu vou te matar filho da puta! - grita e tenta ir para cima do garoto novamente, mas o seguro. Eu nem sabia sobre o que se tratava a briga, nem sou de comprar briga, mas, ninguém me bate.
Vou eu mesmo para cima de Connor, o socando, ainda mais do que Dean anteriormente, não estava pensando em mais nada, além de bater naquele merda. Dean estava chocado olhando a cena, e sinto alguém me tirar com facilidade dali, Sam.
- Porra me larga Sam! - grito mas ele não me solta e continua me levando para longe, Gabriel estava junto e Dean após uns segundos veio também.
- Você tá louco?! - Dean pergunta alterado.
- O desgraçado me socou! - Dean andava de um lado pro outro e então para para me encarar.
- E eu ia te defender batendo nele! - se aproxima de mim, parecendo me intimidar.
- E quem aqui te pediu para me defender?! - ergo a cabeça e me aproximo dele o intimidando também - Eu não sou nenhum pobre coitado que precisa de defesa Winchester! Ponha-se no seu lugar, eu bati nele mais do que você!
- E teria apanhado logo em seguida! - fala apontando seu dedo para minha cara.
- Vai se foder. - falo e saio andando, para ir embora.
- Volta aqui Castiel! - grita e apenas mostro o dedo do meio para o loiro, enquanto ando.
Aquela foi a primeira vez que bati em alguém, me senti estranhamente bem.
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do not talk with strangers ××× destiel
FanfictionSabe aquela história que seus pais contavam sobre uma garota com um capuz vermelho e um lobo que era mal? Então, está não é tão diferente dela. Só que, talvez, o lobo não fosse assim tão mal, e talvez, a chapeuzinho quisesse ser comida pelo lobo × n...