antichristi

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Bryan cresceu em um bairro classe alta no lado sul de Sydney. Ele sempre foi uma criança  calma e pacífica, aos 14 anos, construiu sozinho uma casa da árvore para que pudesse brincar longe das brigas de seus país. Nunca deixava ninguém entrar lá, embora soubesse que talvez seus primos invadisse seu espaço quando ele viajava para as férias de réveillon. Essa resistência de impedir pessoas na casa da árvore surgiu porque Bryan via o local como seu refúgio, onde se sentia bem, mas isso mudou quando ele conheceu Lindsay, ele passou a deixar ela entrar em seu refúgio.

Ele olhou para o céu assim que acordou e chorou feito uma criança depois de tomar seu banho. Vestiu um terno preto pensando em como tudo aquilo estava sem vida, apagado e morto, mas não tinha como ser diferente, Bryan estava se vestindo para um velório. Para o velório da única pessoa que ele já tinha deixado entrar em seu lugar especial.
Às oito horas da manhã, ele havia chegado no cemitério, última parada, Bryan pensou. Era o que vinha sempre em sua mente quando tinha crises de overdose, seria seu último momento de vida, a maneira como deixaria o mundo, abandonando todo peso e as tristezas, em nenhum momento ele pensou que a última parada chegaria mais rápido para Lindsay e não para ele.

Bryan sentou-se nas cadeiras da frente, observou o padre dizer algumas palavras de conforto para os familiares em nome da Lindsay, e sorriu de lado com uma aparência triste. Era irônico, um padre estar rezando em um velório de uma garota demoníaca.

Ele também reconheceu algumas pessoas quando olhou para trás, como a Lou abraçada junto ao Gavin, o Lucca no fundo sussurrando algo para a Tracy, e, Tyler com um semblante de raiva enquanto as lágrimas desciam pelos olhos.

No fim, Bryan encarou o rosto de Lindsay dentro do caixão, foi como se tivessem tirado tudo o que lhe restava, não havia sobrado nada. Viu as pessoas jogarem flores e depois terra sobre o a madeira que guardava o corpo dela, virou de costas e foi andando, sabendo que aquela seria a última vez que a veria.

Quando estava afastado das pessoas, perto de uma árvore que tinha suas folhas verdes caindo ao bater do vento, ouviu uma voz o chamar. Levou ar até seu pulmão e encarou as pessoas embaixo do guarda chuva.

- Bryan! - Gavin gritou andando junto a Lou. Eles se aproximaram rapidamente, mais rápido que Bryan tinha desejado. - Sentimos muito pela sua perda.

- Eu... - começou Lou pausando e refazendo sua frase. - Você precisa de algo?

Louise obedeceu a ordem de satã durante a noite. Depois de voltar da delegacia, onde pagou a fiança da Selena, ela viu Clark conferindo o pulso de alguém que havia sido atropelado, rapidamente correu para tentar ajudar e ficou chocada ao perceber que era Lindsay istirada no chão. Primeiro tentou ligar para o pronto socorro, mas Clark a impediu, depois, pensou na ordem que havia recebido, ela precisava culpar alguém inocente, então Clark a ajudou, levaram o corpo para a estrada da senhora Wit, a coordenadora escolar. Sujaram os pneus do carro da senhora Wit de sangue e amassaram seu capô. Às 7 horas da manhã Lou viu no noticiário que Wit havia sido presa.

- Eu vou ficar bem. - Disse Bryan a encarando.

Lou soltou seus braços da cintura de Gavin e se aproximou de Bryan, envolveu suas mãos por trás das costas dele o abraçando. Ela não se importou se aquilo tivesse soado esquisito, talvez não seria devido a situação, mas Lou desejou muito que ao abraçar ele sua culpa fosse embora.

RUA BOULEVARD

Miley também estava envolvida em seu casulo de luto, passou o dia todo deitada em sua cama com a televisão ligada depois de enterrar a bebê em um lugar afastado, ela contou novamente com a ajuda da Yasmin para isso. James tinha mandado mil pedidos de desculpas, um total de 52 mensagens pela caixa de entrada do Facebook, mas Miley ainda sentia ódio dele, ela o culpava, mas também se sentia culpada.

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