Contrato

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—Se eu aceitar... é como vender minha alma para você?—Peter perguntou e Tony riu da ingenuidade do garoto.

—Peter, eu não quero somente sua alma.—Tony respondeu.—Eu quero você.

Peter estremeceu com as palavras do mais velho. Tony queria ele, mas por que? Peter não fazia o motivo para Tony se interessar por ele. Peter era apenas um garoto simples do Queens, nem conseguiu terminar a escola. Era um fracasso total.

— Por que eu?

—Porque você me atraiu, Peter.—Tony disse simples.

—E quando você diz que me quer é....

—De todas as maneiras que você imagine.—Tony respondeu.—Então, qual vai ser sua escolha?

Peter pareceu pensar, sabia exatamente as maneiras que Tony queria ele. O garoto nunca se imaginou em uma situação como essa, suas mãos soavam e ele tremia um pouco sobre o olhar do mais velho.

—Se isso salvar minha tia... eu aceito.—Peter disse com a pouca coragem que tinha.

Ele realmente estava fazendo isso? Aceitar algo de um demônio? Peter mal sabia o que tinha aceitado, mas ali estava ele, disposto a fazer qualquer coisa por sua tia.

Já Tony, sorriu internamente com isso. O garoto nem ao menos pensou em que condições ele salvaria sua tia. Bom, o garoto nem ao menos desconfiava que foi o próprio Tony que fez a tia dele ficar assim. Mas o mais velho não iria contar tão cedo.

Peter viu quando o mais velho apontou para cima da mesinha que tinha no local. Então, o garoto reparou que a todo tempo tinha um papel ali, junto com uma caneta de bico de pena. Estranhou porque não viu um tinteiro ali, mas realmente precisava usar aquela caneta e não uma normal?

—É só assinar? Não tem um tinteiro aqui....—Peter perguntou e olhou pra o homem.

—Me de sua mão Peter.—Tony disse e Peter estranhou, mas estendeu a mão em sua direção. O mais velho a pegou e em um momento rápido, o garoto sentiu uma pontada de dor. Foi quando Tony largou sua mão.

—Isso doeu!—Peter disse recolhendo sua mão e vendo o sangue nela.—Isso é...

—Sua tinta.—Tony respondeu simples.

Peter engoliu em seco, algo dentro de si queria fazer ele correr dali o mais rápido, mas não iria fazer isso com sua tia. Ela precisava dele.

O garoto pegou a caneta e meio relutante em botar seu sangue ali, mas era isso. Tony não lhe deu escolha. Talvez, demônios gostassem realmente desse negócio de pacto de sangue ou sei lá o que assinar um contrato dessa forma significava.

Ainda com as mãos trêmulas. Peter assinou o papel, mesmo não lendo nenhum parágrafo. Era como assinar algo no escuro.

Tony sorriu satisfeito quando o menor terminou e se seu nome ficava perfeito na cor vermelho. Era isso, Tony tinha Peter.

—Já posso ir então?—Peter perguntou inseguro. Queria ir e ver sua tia, além da sua mão estar doendo muito.

—Não, ainda não terminamos.—Tony disse se levantando e se aproximando do garoto, que ainda estava sentado o olhando em questionamento.

Tony estendeu a mão, em um sinal mudo para o outro lhe dar a mão machucada. Peter fez o que foi pedido, vendo Tony pegar sua mão e se sentar ao seu lado. Estava muito próximo.

O mais velho analisou a mão do garoto, o sangue escorria de uma forma graciosa. Não resistiu quando aproximou sua boca para lamber a ferida.

O garoto se assustou completamente com o ato, que instintivamente tentou puxar sua mão, mas Tony segurou firme o braço do garoto.

Era estranho ter a língua de Tony ali, e isso fez o menor soltar um breve gemido.

Tony terminou olhando para os olhos arregalados do outro, talvez pelo gemido que soltou, então Tony sorriu. Sabia que a luxúria presente não era sem razão, demônios tem esse dom. O mais velho puxou Peter pelos braços para um beijo repentino, mas selvagem. Peter abriu os lábios submisso, esperando pela língua de Tony. O garoto já estava submerso de luxúria e nada o faria sair desse estado.

Tony estava faminto por mais, não demorou o empurrou Peter de volta para sofá. O garoto tinha os olhos cegos pela luxúria e o olhava com desejo. Ah sim, foi o melhor contrato que Tony fez. Peter era tão sensível e ficou submerso tão rapidamente que nada pagava essa visão.

O mais velho sorriu e se desfez da blusa, voltando ao menor. Os lábios se encontraram novamente, o desejo sempre no ar. Tony agarrou seus cabelos por trás o puxando para separar os lábios de forma agressiva. Olhou bem para o menor antes de se desfazer das roupas de cima de Peter, jogando em qualquer canto sem sequer se importar.

Tony começou a beijar e morder o pescoço do menor, uma forma possessiva de marcar seu novo brinquedinho.

Peter gemia alto com cada toque, era como se ele estivesse chapado em algo desconhecido. Mas ele odiava o fato de estar gostando e de estar submisso, como se não tivesse controle de seus atos. Como um brinquedo.

Não demorou muito para Peter estar totalmente nu em meio ao sofá, enquanto Tony também se desfez das roupas. Os membros dos dois já estavam duros feito pedra. Mesmo que Peter estivesse louco para se tocar, ele não faria isso e nem podia, seu corpo parecia drogado e molenga demais pra ele sequer tentar. Tudo que fazia era pedir por mais toques e gemer.

O mais velho levantou uma de suas pernas, para melhor visão da entrada do menor. E mesmo sem preparo, Tony adentrou repentinamente. Peter gemeu mais, mesmo que naquele momento ele não percebesse que era seu primeiro cara e nem foi preparado adequadamente para algo do tipo, ele só sentiu prazer.

Tony não pensou duas vezes quando começou os movimentos rápidos e fundos, enquanto mordia Peter.

[...]

Peter acordou em uma cama totalmente desconhecida, estava meio grogue, mas lembrou imediatamente do que ocorreu na noite passada. Olhou para baixo dos lençóis, vendo que só estava com a cueca. Também percebeu as marcas em seu corpo, tudo estava um pouco dolorido. Olhou em volta a procura de alguma roupa e acabou achando as suas em cima de uma poltrona no canto do quarto. Foi até lá e vestiu elas.

Ele sabia que Tony era um tipo de demônio, mas realmente não esperava ficar tão imerso quanto ficou. Era algo estranho. Mas não pode deixar de esquecer que ele foi sua primeira pessoa e isso o fez corar. Mesmo assim, sabia que não havia sentimento real, era só um contrato. Ele era apenas um brinquedo para Tony.

Saiu do quarto, meio relutante sobre encontrar mais velho. E foi até a sala, vendo o lugar em que tudo aconteceu. Era muito estranho. As vezes parecia que nada tinha realmente acontecido, mas as marcas em seu corpo diziam o contrário.

—Vejo que acordou.—A voz conhecida de Tony soou atrás de si. Peter virou de repente.

—S-sim.... minha tia ela...

—Ja saiu do hospital há cinco horas atrás.—Tony disse normalmente enquanto passava pelo garoto indo para a cozinha. Peter o seguiu assustado pela rapidez que sua tia já estava em casa.

—Então ela já está melhor? Meu deus obrigada.

—Não de crédito à ele.—O mais velho repreendeu.—Fui eu, só porque temos um contrato. Agora vá, quando eu precisar te chamo novamente.

—Ah sim.—Peter disse olhando o mais velho e foi em direção a saída, mas antes de sair por completo o olhou novamente e viu o mais velho incentivando ele a ir. Então, Peter entrou no elevador.

—Quando você vai contar a ele?—Uma voz disse de repente e Tony olhou vendo Loki sentado em um dos bancos da cozinha.

—Ele vai ver com os próprios olhos.

—Sabe que manipulou ele e ainda fez isso.... está indo longe demais.—Loki comentou.—Nunca vi você ter tanto trabalho pra ter alguém para sexo.

—Ele não vai ser apenas uma noite Loki.—Tony explicou.—Ele agora é meu e não quero que ele tenha pessoas para impedir dele ser meu.

—Mesmo assim.—Loki disse.— Quando ele voltar, vai querer matá-lo.

—Talvez sim, ou talvez não.—Tony deu de ombros.—Eu disse que ia salvar a tia dele, não disse em que termos.

My Demon | Starker Onde histórias criam vida. Descubra agora