My Demon | Starker

Um mundo entediante

Tony era um demônio, não como uma coisa ruim mas literal. Antes de tudo, ele era um anjo, por assim dizer, belas assas e graciosidade. Um ser puro.

Bom, nada dessa merda era real. Anjos poderiam ser muito persuasivos, principalmente se o Ser lá de cima quisesse. Era isso, anjos eram como peões e nada mais.

Tony foi um dos poucos que notou a falta de livre arbítrio e falsa devoção. Ele não queria essa merda. Ele queria poder decidir o que ele bem entendesse, então, como um anjo rebelde, ele foi expulso do céu.

Era uma grande ironia, já que era o planejado. Ele queria sair dali. Ele queria ter escolhas. Queria ser livre.

Mas como tudo era uma merda. Tony foi fadado a virar um demônio. Não era ruim no entanto, demônios eram criaturas com uma grande luxúria e tinha um dom para sempre conseguirem o que quisessem. Então sim, Tony gostou.

Assim que ele caiu, há alguns milênios atrás. Ele viu a humanidade "evoluir", muitas guerras, sangue e no meio disso tudo, tinha orgias e grande luxúria. Era como um pote perfeito pra ele.

Era patético como os humanos eram, mas Tony achava intrigante cada decisão que eles tinham. Cada uma era mais supreendentemente que a outra, já que eles tinham o livre arbítrio. Nada era comandado. Eles fodiam com tudo, sabendo que era isso que eles tinham escolhido. Era de certa forma gracioso de se ver.

Com o passar dos séculos. Tony viu muita coisa. Cada uma o marcou de formas diferentes.

Mas atualmente estavam no século 21, ele não iria negar. Era entediante.

Claro, ele era um demônio. O mais sensato era ele ter aberto uma boate no meio de Nova York e apreciar a luxúria como todo demônio queria, mas não, ele decidiu manter as aparências. Ele era Tony Stark, um cara que aparentemente ergueu um império do nada e ficou bilionário. Ok, ele era um gênio e claro que não deixaria isso de lado. Tudo bem, que para ele "erguer" esse império ele teve que ser bastante persuasivo mas nada que um demônio não faça.

Tudo para manter as aparências, principalmente em uma época onde a a tecnologia tinha muita influência. E por que não ele não ser o melhor? Era fácil.

Claro que existia toda a merda de mídia, mas Tony nunca foi de parecer muito. Ele preferia se esconder na escuridão. Era uma forma de manter suas verdadeira intenções fora do mundo real.

O que aconteceria se no meio de uma entrevista, ele apenas dissesse que estava ali para ver o circo pegar fogo? Bom, talvez não seja realmente por essa razão.

Tony só acabou nisso por que queria decidir por si mesmo, mas agora, ele tinha ficado tão imerso em ser um demônio que não tinha nem ao menos sentimentos. Isso era ruim no ponto de vista dele? Não. Tony gostava disso. Ele era imortal. Se apegar e ter sentimentos passou a ser apenas bobagens entre humanos idiotas.

Mas por outro lado, Tony se sentia devidamente entediado. Os tempos antigos eram bons por serem mais dinâmicos mas agora... tudo era chato.

Tony estava atualmente, em pé de frente para a grande janela de sua cobertura. Em suas mãos, estava apenas uma bebida qualquer que ele nem ao menos olhou o nome antes de despejar o líquido no copo.

Era definidamente entediante.

Talvez, só talvez... Tony deveria voltar a agir como um demônio novamente. Como nos velhos tempos. Talvez, fazer alguém invoca-lo somente para se aproveitar de uma pobre alma que estava desesperada. Ou talvez melhor, um contrato. Ah um contrato, era a coisa perfeita.

Demônios são conhecidos por contratos que contém tantas entrelinhas que nenhum ser mortal consegue identificar todas. Era perfeito.

Ele só precisaria buscar uma presa perfeita. Um humano que esteja tão desesperado que vai assinar o contrato sem pensar duas vezes.

Sorriu maliciosamente enquanto depositava o copo em uma mesa perto. Ele iria imediatamente sair a procura de alguém perfeito.

[...]

Semanas se passaram. Tony estava convicto que ainda acharia essa pessoa. Claro que ele viu alguns desesperados, que sabia que fariam de tudo apenas para ter dinheiro, mas nenhum atendeu os quesitos de beleza que ele queria ter em sua cama.

Bom, até agora. Tony entrou em uma simples cafeteria no Queens. Era estranho, um bilionário como ele em tal lugar mas agradecia por ninguém reconhecê-lo. Afinal, essa era uma das vantagens de não querer ser visto na mídia.

Andou normalmente até uma mesa próxima à janela. Era mais como uma pesquisa de campo, ele iria ficar ali sentado observando as pessoas irem e virem até ver se encontra algo que agrade seus olhos.

—O que o senhor gostaria de pedir?—Um mulher disse assim que Tony se sentou à mesa.

—Um café expresso.—Ele disse simples e a atendente sorriu de forma pateticamente feliz. Mas Tony não ligou, ela não atendia os quesitos.

—algo a mais?

—Não, somente isso.

—Já volto com o seu pedido.

Poucos minutos depois, o cafe já tinha sido entregue e Tony estava tomando calmamente enquanto observava ao redor.

O tempo foi passando e já estava quase anoitecendo. Tony já estava pronto para levantar, quando o barulho da porta soou. Seus olhos foram imediatamente para o humano que estava ofegante, provavelmente pela corrida que deu até chegar ali. Viu o mais novo levantar e correr para o balcão.

Seja lá quem esse garoto for... Tony foi automaticamente atraído para ele. Ele tinha uma aparência um tanto "angelical" o que era irônico por Tony ser um Demônio. Mas esse garoto era pequeno e "fofo" seria um ótimo submisso. Uma ótima presa.

Ah, Tony queria aquele garoto.

Ficou atento a conversa do menino, assim que o mesmo chegou no balcão.

—Sr.James, por favor.—O garoto implorou.

—Desculpa Peter.—O homem disse. E Tony agora sabia o nome do garoto desesperado.—Não posso te dar um emprego. Você só tem dezessete anos, garoto. Estude.

—Você não entende.—Peter disse ainda tentando.—Minha tia está se matando de trabalhar. Eu preciso ajudar ela de alguma forma.

—Eu sei disso. Eu conheço May muito bem, por isso mesmo não posso te dar o emprego. Ela ficaria furiosa comigo.

—Tudo bem.—O menino bufou.—Eu entendo Sr. James.

—Apenas vá e cuide de sua tia garoto.—O homem disse.— é nada de voltar aqui amanhã em Parker.

—Ok, não vou insistir.—O garoto levantou as mãos em sinal de rendição e sorriu. Mas depois logo se virou pronto para sair. Seus olhos encontram os de Tony, foi automático, como um imã. O garoto apenas desviou o olha rapidamente saiu do local.

Então, o nome dele era Peter Parker. Conseguiu a informação tão facilmente, que Tony sorriu internamente.

Naquele mesmo dia. Quando Tony chegou em casa, a primeira coisa que o mesmo fez foi procurar tudo sobre Peter Parker. E tudo que descobriu era de fato interessante.

Peter Parker perdeu os pais. Perdeu o tio. Ele só tinha May Parker. Talvez May sofra mais do que muito trabalho.

Por que Tony tinha achado um joia rara em meio ao mar e ele não a deixaria escapar tão cedo.