___
A pior noite da minha vida: quando dormia tinha pesadelos e quando estava acordada tinha medo, não sei do quê, mas sei que o medo era a palavra que definia o que sinto.
Acordo mais cedo do que o costume, o sol já nasceu e eu não consigo dormir mais. Vou tomar um duche, não sem antes garantir que a porta está bem trancada. Visto-me e desço para tomar o pequeno-almoço, pelos vistos fui a primeira a acordar, pois a sala de refeições estava vazia.
Minutos depois os meus avós aparecem e acompanham-me à mesa.
–Bem... eu vou buscar a minha mochila e vou para a escola.– digo enquanto em levanto.
Subo para ir buscar a tal mochila e saio de casa.
Caminho pelas ruas um pouco desconfiada. Aquela sensação que tive da primeira vez continua e isso assusta-me. Tiro o telemovel do bolso e começo a fazer qualquer coisa para me distrair.
Quando estou quase a chegar ao meu destino choco contra alguém.
–Peço imensa desculpa, não vi por onde ia.– disculpo-me à pessoa contra quem choquei.
–Não tem problema, eu também não estava a ver por onde andava.– responde uma voz masculina, desconhecida para mim.
Levanto a cabeça e encontro-me com um rapaz com mais ou menos da minha idade, moreno e de olhos café, muito bonitos, por acaso.
–Sou o Joel. E tu, linda?– apresenta-se esse rapaz.
–___– respondo um pouco a gaguejar.
–É um prazer conhecer-te.– diz ele antes de me dar um beijo na bochecha.
–Igualmente.– respondo.
–Eu sou novo, será que me poderias ajudar a encontrar a direção?
–Claro, vem comigo, eu mostro-te onde é.
Depois de o acompanhar à direção, dirigi-me à minha sala, pois faltava pouco para dar o toque de entrada.
Após 10 minutos de aula, tocam à porta e, depois de o professor dar autorização, o diretor entra acompanhado pelo... Joel?
–Parece que temos outro aluno novo... apresenta-te.– diz o professor após o diretor abandonar a sala.
–Chamo-me Joel, tenho 19 anos e espero dar-me bem com todos.– diz ele com o olhar dirigido na minha direção. Oiço alguem a bufar e olho para trás, encontrando-me com um Christopher visivelmente aborrecido.
O resto da aula decorreu normalmente, exceto pelo facto do Joel não parar de olhar para mim. Depois de mais duas horas de aborrecidas aulas, finalmente tocou para a hora de almoço.
Tal como ontem fui almoçar com o Zabdiel.
–O que é que achas do aluno novo?– pergunta-me Zabdiel.
–É... simpático.– respondo simplesmente.
–Ele esteve a olhar para ti o tempo todo.
–Eu reparei...
–Conhecem-se?
–Chocámos um com o outro na entrada e ele pediu-me que lhe mostrasse onde é a direção.
–Não olhes para trás, mas ele vem na nossa direção.
–Posso sentar-me e almoçar com vocês?– pergunta o Joel assim que chega ao nosso encontro.
–Claro, aproveito e apresento-te o Zabdiel.– respondo amavelmente.
–É um gosto.– diz o Joel enquanto pousa o tabuleiro na mesa onde estamos sentados.
–Igualmente.– responde o meu amigo enquanto lhe dá um aperto de mão.
Conversavamos enquanto comiamos, o Joel é muito simpático e divertido, no entanto a maneira como olhava para mim deixava-me incomoda. Não sei definir o olhar, mas não era normal de certeza.
–Bem, adorei almoçar convosco, mas tenho de ir fazer uma coisa.– diz o Joel enquanto se levanta.
–Claro, vai. Também adoramos almoçar contigo, não é Zabdiel?
–Ah? Sim, sim, claro.
Despedimo-nos com a mão e ele seguiu com o seu caminho. Nós, pelo nosso lado, ainda ficamos mais um pouco na mesa.
–Ele está interessado em ti.– diz o meu amigo do nada.
–Como sabes isso?
–Nota-se. Não me digas que não reparaste na maneira como ele olhava para ti? A minha presença era insignificante, ele só te dava atenção a ti.
–Nada a ver...
–AFASTA-TE DELA!!– grita do nada uma voz masculina. O que é que aconteceu ali?
VOLTEIIII!!!! DEPOIS DE SÉCULOOOOOOOSSSSS!!!!!!! DESCOBRI QUE ESTOU MAIS ATIVA QUANDO TENHO AULAS DO QUE QUANDO ESTOU DE FÉRIAS. KKKK. VOU SER UM POUCO SINCERA... NÃO TIVE MUITA INSPIRAÇÃO PARA CONTINUAR COM A HISTÓRIA, MAS ULTIMAMENTE TENHO TIDO UMAS IDEIAS E ELA CONTINUARÁ.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sente-me (Christopher Vélez e tu)
Manusia SerigalaNunca estou sozinha... sempre que fecho os olhos ele está lá... não o vejo, mas sei que me está a observar... consigo senti-lo.