Capítulo Nove

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Rose Weasley — Apresentações

Os demais começam a rir, mas logo pararam quando o do meio fez um barulho alto como pedido de silêncio.

— O que fazem aqui, crianças? — sua voz era fria e cautelosa, ouvi Albus suspirar alto, impressionado. Eu também estava fascinada com a aparência deles, as cabeças deles eram iguais as nossas, obviamente, o que mudava era que seus rostos tinham pelos espalhados por toda a parte, seus cabelos eram compridos, castanhos e alguns os tinham presos, o tronco e braços eram maiores que os nossos, embora fossem iguais, as cores deles eram variadas, a outra parte do corpo idêntico à de um cavalo era grande e surpreendente, antes que eu pudesse responder, Scorpius entra na minha frente.

— Estamos procurando por alguém. Uma garota desaparecida aqui mesmo, na Floresta Proibida — as vozes dos centauros se elevaram, o líder, Firty, olhou para os demais de seu bando, depois voltou o seu olhar para nós.

— Scorpius! — exclamei batendo em seu ombro, ele não se atingiu, apenas continuou olhando para o centauro em sua frente.

— Sabemos que vocês repugnam tanto bruxos quanto trouxas, e sabemos também que vocês não gostariam que os demais habitantes da floresta soubessem que uma bruxa está desaparecida dentro de sua área. Não queremos problemas, assim como vocês também não.

— Não temos medo de vocês! — um deles levantou a voz, o corpo dele se aproximou rapidamente de Scorpius e o encarou friamente, porém, Scorpius não se deixou por vencido, continuou encarando-o sem temor algum. — Vocês, bruxos tolos, se sentindo superiores à nós. Podemos não ter uma varinha, mas sabemos nos defender sozinhos.

— Harshel, volte para trás! — Firty berrou, os calos bateram fortemente no chão e o mesmo veio em direção a nós. — Eu ainda sou o líder desse bando, então se eu não der a ordem, não fale.

Harshel voltou dois passos para trás, com uma expressão furiosa em seu rosto, mas se calou rapidamente.

Firty nos olhou atentamente, e então baixou o arco que carregava em mãos.

— Não vimos nenhuma garota desaparecida por essa área. Mas garanto que iremos procurá-la o mais rápido possível, assim como vocês, eu prezo as minhas amizades — e então olhou para Harshel. — Tenho certeza que se eu estivesse nesta situação faria a mesma coisa, podem contar conosco como aliados. 

— Obrigado — Scorpius respondeu sinceramente.

Firty concordou com a cabeça, e então pegou o seu arco. — Voltem para o castelo. É perigoso aqui a noite, ainda mais para vocês, crianças. Há seres aqui que não compreendem quem é inimigo ou amigo. São cruéisE matam sem dó ou piedade. 

— Que tipo de seres são esses? — perguntei, ele me olhou e então olhou de novo para o céu.

— Já falei o bastante por hoje. Voltem para a escola, agora!

   •••

Antes de irmos para a mansão dos Malfoy no grande e glorioso feriado de Páscoa, Albus achou bem melhor se fôssemos visitar nossos pais antes, e então dar a eles a notícia. 

Eu concordei, pois ficaríamos a semana inteira sem aulas, então não faria muita diferença. O que significava que, quanto mais dias sem ocupação alguma (além dos imensos trabalhos que os professores passavam), poderíamos encontrar mais pistas, e, com fé, solucionar esse caso de uma vez por todas.

— Depois da batalha em Hogwarts, minha família achou melhor nos mudarmos para uma casa grande no subúrbio de Londres — Scorpius revelou, eu e Albus nos entreolhamos, depois voltamos a encarar o rosto pálido dele, esperando ouvir algo a mais. — Mas após o meu avô ser preso, minha avó preferiu voltarmos a Mansão. Ela disse que, só porque eles erraram uma vez, não significava que eles iriam fazer denovo. Meu avô foi solto, e então voltou para a mansão conosco. Só que... depois de um tempo, meu pai achou melhor assumir a mansão e deixar ele fora de nossas vidas por um tempo indeterminado.

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