Capítulo Oito

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Rose Weasley — Disputa de Atenção e Hagrid

Reparei muito bem na casa de Hagrid, era minúscula mesmo e só tinha um cômodo. Em um dos cantos tinha uma imensa cama com uma colcha de patchwork¹*, ao lado da cama tinha um baú onde, suponho eu, ele deva guardar as suas imensas roupas. Percebo que os móveis são muito grandes, mas como não seriam dado a altura do dono? No canto oposto da cama, tinha um armário aberto com utensílios de cozinha, percebo uma lata em cima do fogão e ele nos diz que é lá que ele guarda o doce de melado que ele tanto ama. Havia um fogão de lenha na quina, em frente a cama há uma mesa de madeira redonda com quatro assentos. Hagrid pede para nos sentarmos e nos oferece chá e bolinhos. Aceitamos de bom-grado para não fazer desgosto a ele.

Ele liga o fogo para aquecer o chá e então se senta em nossa frente.

— Então, ao que devo a honra?

— Queríamos te fazer uma visita — Tiago se precipita em dizer, dou um meio sorriso para ele. Alguém bate na porta e Hagrid grita um "entre".

— Oi, vi vocês vindo para cá, estou incomodando? — Albus apareceu em nossa frente.

— Claro que não, quanto mais, melhor! — exclama Hagrid, e então pega um banquinho para Albus se sentar. — Como andam as aulas, crianças?

— A mesma coisa de sempre — suspirei, percebo que Scorpius não fica tão a vontade. — Hagrid, esse é o Scorpius. Sei que você o conhece, só que achei mais educado apresentar. 

— Prazer — Scorpius sorriu para Hagrid.

— Você é muito diferente do seu pai, e o prazer é todo meu!

— Como o meu pai era nessa idade?

Hagrid soltou uma risada, acho que se lembrando dos velhos tempos.

— Terrível, terrível! Ele odiava ver o pai de vocês se dando bem — apontou para Albus e Tiago. — Sabe, o Harry. Sinto falta dele, da Hermione e do Ron também, Rose. Grandes meninos. Grandes meninos.

Hagrid pega um lenço e começa a limpar o rosto, o pano, que antes era branco, ficou preto.

— Hum... Hagrid?

— O que? Estou bem, estou bem...

— Não, é que o chá... acho que já está pronto — ele arregala seus pequenos olhos.

— Como sou desastrado, me perdoe crianças — Hagrid se levanta com tudo e deixa a cadeira cair, damos uma risada vendo o quão ele é atrapalhado.

— Aqui está. Comam os bolinhos, vocês vão adorar.

Tentei morder um pedaço do bolo mas estava duro demais para fazê-lo, coloco de volta no prato e só me contento com o chá.

— Hagrid, você por acaso soube do desaparecimento de uma aluna? — fui direto ao ponto, os garotos olharam para mim, e depois para ele. Hagrid se engasgou com o chá.

— Por que perguntam isso?

— Porque... Achamos bem estranho ela ter desaparecido assim. Nunca aconteceu isso aqui em Hogwarts, certo?

— Certo... mas por que seria do interesse de vocês?

— Ela era nossa amiga — menti descaradamente, então olhei para os demais meninos. — E sentimos muita falta dela.

— Bom, garotos... a única coisa que fiquei sabendo é que a diretora McGonagall está fazendo o seu máximo possível para encontrar essa amiguinha de vocês. E todos os professores gostariam de saber o motivo de ela estar na Floresta Proibida sendo que, já como diz o nome "é proibida". Principalmente a entrada de alunos, abrindo exceção para suspensões. E alunos do primeiro ano? Isso é um absurdo!

Harry Potter eo Vira-TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora