Capítulo Onze

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Rose Weasley — Mansão Malfoy

Nós tínhamos acordado por volta das nove horas, quando me levanto vejo que Scorpius não estava mais em sua cama.
Tomo um banho rápido e coloco uma roupa fresca. Assim que desço as escadas indo em direção a sala de jantar, sou recebida por Monstro.

— Senhorita Rose, acordou cedo. 
Monstro acabou de fazer o café da manhã. Monstro quis fazer tudo sozinho, mas a senhora Potter não quis deixa, ela ajudou a Monstro em todos os preparativos para o café da manhã.

— Onde estão todos?

— Lá dentro, senhorita Rose. Monstro acha melhor a senhorita comer devido a sua palidez.

Dei uma risada. — Obrigada pela preocupação, Monstro, vou me alimentar agora mesmo.

Entro na sala de jantar e vejo que todos já estão sentados na grande mesa de madeira escura, comiam e conversavam sobre algo recente do Profeta Diário. Lily percebeu minha presença e me desejou um bom-dia, sou recebida por vários bom-dias pelos outros também.

— Rose, você já falou com os seus pais? Tenho certeza de que Mione deve estar preocupada — tia Ginny falava enquanto passava geléia de uva em uma torrada, observei muito o quanto Scorpius permanecia calado a mesa, enquanto Albus me parecia um tanto quanto pensativo. Será que ele tinha contado a Scorpius o que ele e eu ouvimos ontem? 

— Bem... — minha voz soou confusa. — Papai queria saber em que lugar eu queria passar a páscoa, eu disse que iria a casa dos Malfoy. 
Sem ofensas, Scorpius, mas ele surtou de vez. Porém, minha mãe aceitou.

— Que bom — tio Harry se pronunciou, dei um sorriso forçado a ele e continuei a encarar o pão em minha frente. — Eu permiti que Albus e Tiago fossem também, eu e Gina conversamos, talvez um outro ambiente lhes cairia bem.

Albus levantou o rosto, o sorriso aumentando em seus lábios. — Sério, pai? Isso é um máximo!

Tio Harry só fez sorrir, Scorpius e Albus trocaram um olhar significativo, o que significava que eles estavam aprontando alguma coisa.

Encarei a Tiago, que logo percebeu o que eu queria que ele fizesse.

— Hum... acho melhor eu não ir — diz ele. Tio Harry o olhou, confuso.

— Achei que quisesse ir com seu irmão e sua prima a casa dele.

— Pois então, achou errado, e Scorpius Malfoy não é o meu amigo. Perdi minha fome — e então se levantou bruscamente da mesa, tia Ginny e tio Harry se entreolharam, Scorpius me encarou, dei de ombros e mordi um pedaço do pão com geleia, que desceu rasgando em minha garganta seca.

A verdade era que eu me sentia muito nervosa, a ponto de que perdi totalmente a minha fome matinal com esse assunto desconfortável sobre a mansão Malfoy. Estar escondendo algo de meus tios, e da minha própria família, fazia eu me sentir péssima, como se os estivesse escondendo algo de extrema importância, eu nuncanunca minto para os meus tios, ou até mesmo para os meus pais, principalmente. 

Eu tinha uma longa reputação de "a certinha da família". Quando eu era criança e os meus demais primos aprontavam alguma, eu era a fofoqueira a contar aos seus pais o que estava acontecendo, mas eu não posso me culpar, isso é porque eu me sentia no dever de lhes contar, porque eu prezava muito o que as pessoas podiam pensar sobre a minha família, mas indo para Hogwarts, eu percebi que isso não era importante. Nada disso importa. 

Percebi também que, não importa o que vão dizer sobre nós, eles são a minha família. Então eu parei de ser como eu era antes, eu só queria provar que estava diferente, que eu podia ser melhor, e então tudo aconteceu de repente, o desaparecimento de Carina Bagshawe, aquelas duas pessoas encapuzadas, pistas, mistérios, a Floresta Proibida, tudo aconteceu de uma só vez, e me fez perceber que eu queria ter participação nessa história.

Harry Potter eo Vira-TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora