Um bad boy em minha vida kth•jjk

Capítulo quatro

Não havia nenhum táxi que eu poderia pegar aqui e poder ir pra casa. O estacionamento estava começando a ficar vazio pelo horário de intervalo já ter terminado a menos de dois minutos e, pelo visto, não era somente eu que tive a idéia de ir embora mais cedo; havia poucos alunos que também estavam indo embora, porém, o que me diferenciava desses alunos é que eles tinham carros ou motos, até mesmo bicicletas para voltarem á suas casas, e eu... Bom, eu tenho minhas belas pernas, mas não acho que eu faria a escolha certa de ir andando do campus até o condomínio.
Também não queria ligar para o meu pai e ter que dar explicações do porque de eu estar indo pra casa tão cedo, e assim ele pudesse vir me buscar.

Parece que hoje o universo está decidido a conspirar contra mim, começando pelo distanciamento de qualquer táxi que poderia me levar embora desse lugar completamente tóxico, com garotas líderes de torcida que usavam quase nada como roupa só para terem mais atenção dos atletas daqui, e não por gosto próprio. Sem contar nos rapazes jogadores de basquete, altos, fortes e arrogantes, esses que gostam de zombar de nerds e agarrar essas mesmas garotas vulgares, as possuindo sem vergonha nenhuma na frente dos outros só para competirem quem pega mais em sua rodinha tosca.

Putain de merde...

Bufo entediado, sem paciência para toda essa porcaria que me envolve ultimamente, remetido, também, por uma pessoa em especial...

Queria não ter que lidar com um cara tão arrogante e nojento, que usa as pessoas e as querem diante dos seus pés como se ele fosse algum tipo de Deus grego. Imagino, as vezes, que se ele não fosse tão tóxico, talvez eu poderia querer tentar ser amigo dele. Quem sabe eu pudesse gostar de todas suas características físicas, do jeitinho que ele é, apenas retirando toda essa forma errada de ele ser, de como prefere ficar com pessoas sem ao menos sentir prazer de verdade, somente querendo que no dia seguinte elas falem de como ele é bom de cama e que sua arrogância não atrapalha em nada disso. Mesmo se elas forem destratadas na manhã seguinte.

- está procurando por mim?

Dei um sobressalto ao escutar a voz arrogante de Jungkook atrás de mim. Eu não o tinha visto pelas horas que passei aqui no campus, mas gostaria de continuar não tendo que olhar para os braços fortes dele, nem seus olhos grandes e bonitos e a tatuagem que cobria todo o lado direito de seu pescoço.

"Não repare no quanto ele pode ser atraente com suas características arrogantes!"

- como...?

- agora vai se fazer de sonso? - Jungkook estalou a língua no céu da boca, me dando visão privilegiada de seu piercing. - o Jimin me disse que você estava tentando bisbilhotar meu histórico escolar, vai dizer que é mentira?

- ele não tem provas de que eu estava procurando por você. - dei de ombros e recebi um olhar mortal do maior. - agora, se me der licença... Prefiro ficar aqui sozinho.

Lhe dei as costas novamente, mas sua mão segurou meu pulso e me virou de frente para ele. O fuzilei com um vinco na testa, mas o desgraçado só me devolveu com um sorriso miseravelmente lindo e de covinhas.

- o que isso significa, Kim? Você está tentando descobrir como ter uma chance comigo? - o olhei como se estivesse vendo um ET na minha frente. Mas que... - eu posso facilitar pra você, além do mais, eu sei que é mesmo difícil não se sentir atraído por mim.

Jeon cresceu o sorriso convencido em seu rosto, sua suposição foi tão hilária que eu não segurei a gargalhada que me escapou, tendo direito a jogar a cabeça pra trás e lágrimas no cantos dos olhos.

- do que você está rindo? - disse com raiva.

- pardon, é que... - gargalhei de novo, mas soube me controlar desta vez. - isso é tão hilário que não tive como me segurar.