Um bad boy em minha vida kth•jjk

Capítulo trinta

- e por que você não vai atrás dele?!

Quatro dias depois sem o Kim e eu já estava num estado de depressão e carência, algo bem diferente do que eu havia sentido quando Chanyeol me deixou. Com ele eu me sentia infeliz de uma forma que não era saudável em todas as formas possíveis, pois era como se eu sentisse falta somente de seus toques, a relação propícia de abusos e sexo. Era como se eu sentisse falta de ser... Machucado pelo Chanyeol.

Mas com o Tae é diferente. Sem ele eu me sinto vazio e infeliz de uma forma que machuca, mas que não chega nem perto da forma doentia como era com o de olhos acinzentados. Sem taehyung eu me sentia incompleto, era estranho a forma como eu me sentia dependente de cada sorriso retangular dele, de suas risadas, seu jeito provocativo e tímido, seus toques, mais os inocentes do que os sexuais. Não sentia saudade de nossos momentos dolorosos porque eles nem existiam, eu não sentia falta só da forma como meu corpo se encaixava ao dele em nossos momentos íntimos porque tínhamos muito mais que isso. Taehyung era real, seus sentimentos por mim eram reais e ele era a parte iluminada até mesmo para minha família, além da Hee.
Lembro de cada momento, o principal deles se tornou o dia trágico que ele soube da aposta, mas no meio de todo o caos, taehyung havia dito que me amava. Taehyung me ama, ele vinha me dizer isso no meio da aula, ele foi a universidade somente para revelar o que estava sentindo.

Será que, onde quer que ele estivesse, taehyung continuava me amando? Ele... Ainda pensava em mim?

Olhei meio atordoado pelos pensamentos diários, para minha mãe que fez a pergunta, me trazendo a realidade.

Estávamos em casa, Jeonhee ainda estava em observação no hospital, a quimioterapia continua, mas ela já está com a aparência bem saudável. Não sente mais dores, as manchas quase sumiram por completo, e ela ficava cada dia mais agitada, louca para voltar pra casa.

- e onde eu iria procurar por ele, Sra. Andrea? - disse em um suspiro, provavelmente aquela conversa iria seguir até que eu tivesse me recuperando de não o ter mais por perto. - se eu for até Ernandes terei que dizer que apostei para ter seu filho na cama. - meus pais acabaram sabendo dessa minha burrice, sempre faziam a cara de desgosto que estão fazendo agora, toda vez que comento sobre isso. - ele me odiaria e eu o admiro demais para suportar isso.

- tá okay, mas... Não há outra forma de descobrir seu paradeiro? - Jeonkyun foi quem perguntou desta vez, frustado por não saber como me ajudar. - Yoongi deve saber o endereço dele, pergunte ao namorado do seu melhor amigo!

- pai! - cocei minha nuca, tentando me controlar para não alterar a voz com meus pais. Essa conversa toda me deixava ainda mais pra baixo. - entenda, se o Tae se foi para não ter que lidar comigo, é porque ele não me quer por perto! Por favor, já falamos disso, parem de insistir!

Me levantei do sofá sem querer escutar mais nada do que meus pais tinham a dizer, fui até a mesa de centro e peguei de lá a chave do meu carro, precisava espairecer um pouco.

- onde está indo, querido? - mamãe parece arrependida de trazer essa assunto, mas eu não os culpo. - nos desculpe...

- tudo bem mãe, eu só vou dar uma volta e tomar um ar. Prometo não demorar.

Prometo, dando mais um de meus costumeiros sorrisos falsos para a deixar tranquila. Beijei a testa de cada um, recebendo um pedido para que eu me cuidasse nas ruas, e saí pela porta. Chegando em meu carro eu nem sabia para onde ir, eu só gostaria de manter minha mente longe do francês por, pelo menos, algumas horas.

•
•
•

O único jeito de esquecer um pouco dos fantasmas da solidão que me seguiam, era tendo que beber alguma coisa forte e que me deixasse embriagado rapidamente. Ironicamente isso não iria funcionar muito, pois eu acabei entrando no mesmo pub cujo trouxe Taehyung para nosso primeiro encontro - de mentira, devo me lembrar -. Talvez eu pudesse ligar para Jimin mais tarde e pedir para ele me levar pra casa, mas agora eu sou gostaria de botar pra dentro quanto álcool eu conseguisse.