Capítulo vinte e cinco

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Após escutar a voz desgastada e triste de meu namorado, eu não tive outra alternativa senão comprar uma passagem de volta para Califórnia imediatamente, deixando meu país para consolá-lo e dar meu total apoio a sua família.

Disse ao meu pai que ele poderia ir no dia seguinte sem problemas, e considerando que eu havia chegado uma da madrugada, a uma hora dessas o meu pai também já estava entrando em um avião pra cá.

Eu não paro para trocar de roupa ou comer, nem sequer me dou um descanso quando desço do avião e entro logo em um táxi, pedindo para que o taxista me leve direto ao Community Hospital of Huntington Park, onde Jeonhee fora atendida.

Aparentemente ela teve glânglios linfáticos inchados, maior parte na área do pescoço. Sua febre evoluiu como um inferno de tão quente e seu corpo doía muito. Palavras desgostosas do próprio Jeon Jungkook.
Ele também falou algo como ela estar descendo e subindo com sua temperatura, e há momentos que sua pele fica gélida. A palidez faz parte de Jeonhee, mas parece que isso se agravou, e ela está tão cansada que mal consegue abrir os olhos.

Essas palavras saíram de forma ainda mais aterrorizante da boca do Jeon, ele parecia destroçado em pedaços, sua irmã que devia estar se curando piorou com o câncer, ela agora está com tantos sintomas da doença que chega a ser assustador até pra mim. E eu me vejo com olhos molhados pelas lágrimas de preocupação, reprimidas.

Eu desço do táxi e pago o senhor com uma nota de cinquenta dólares, e eu não me importo de deixar ele com o maldito troco. Estou correndo ao subir os três degraus e passar pelas portas duplas do prédio do hospital, logo procuro chegar na recepção para perguntar onde diabos é o quarto da Hee. Porém, uma mão é repousada em meu ombro, me dando a visão da face cansada de Jeonkyun e seus olhos grandes sem brilho.

- eu imaginei que estaria aqui mais cedo ou mais tarde, filho. - ele diz me mostrando um sorriso também cansado. - obrigado por vir.

Meu sogro parecia tão triste quanto Jungkook parecia por telefone. Ele estava com olheiras escuras, parecia carregar o peso do mundo nas costas, de tão curvada que estavam. A visão de um homem tão alegre como ele miserável agora, me deixava muito infeliz.

Então eu lhe ofereço um leve abraço.

- sinto muito, Sr. Jeon. - ele fica tenso pela surpresa, mas depois retribui com um suspiro. - ela vai sair dessa. Vamos comigo ver Jungkook?

- eu estou indo no Lobby pegar algo para ele e a mãe dele comerem. - diz com outro sorriso fraco, sem mostrar os dentes. - eles estão aqui desde a madrugada passada, e posso te afirmar que não comeram nada desde então... Bem... Nem eu.

É oficial. Ver Jeonkyun miserável está me deixando miserável.

O homem não se parece nada como quando eu o vi pela primeira vez, no aniversário da Hee, e nem quando passamos o Natal juntos. Jeonkyun ria e sorria o tempo todo, era só olhar para sua mulher replicando seus filhos, e seus filhos replicando sua mulher, que o Sr. Jeon já estava ali... Observando fielmente e sorrindo com um pai e marido apaixonado. Mas é diferente agora, e eu não poderia entender menos como é para um pai ver sua filha mais nova com uma doença grave, e que pode levá-la a morte.

Eu estremeço só de pensar nessa barbaridade e crueldade do destino.

- vá, garoto. Jungkook e Andrea estão na sala de espera, eu volto em alguns minutos.

- tudo bem.

Ele aperta de leve meu ombro e sai para a praça de alimentação do hospital. Eu fico um pouco perdido por um tempo, na recepção. Eu vejo pessoas entrando e saindo, mas não são muitas. Algumas estão sozinhas, outras acompanhadas, há mães cansadas com seus filhos aqui, assim como algumas gestantes. Tem um outro que sai com alguma parte do corpo enfaixada ou engessada, e pessoas idosas que estão fazendo seus exames de rotina e conferido sua diabetes.

Um bad boy em minha vida kth•jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora