Cap 12

2K 219 22
                                    

Pov Caroline Biazin

Havia uma multidão em volta de alguma coisa ou alguém, todo mundo gritava e parabenizava esse alguém. Eu não estava entendo nada.

Me escondi em uma das árvores pra espionar. Agora seria uma ótima hora pro binóculos de Anna. Tentei procurar Yasmin mas não a encontrava. Aos poucos a multidão foi se afastando.

— É o carro de Dayane ali no meio. — Gabi afirmou.

Depois de um tempo a multidão de dispersou completamente dando a clara visão do carro de Dayane, um pouco mais atrás tinha outros dois carros, mas cadê a Dayane?

Varri o lugar com o olhar e não achei nenhum sinal delas. Por que diabos esse tanto de gente estava cercando o carro de Dayane e gritando? Será que ela estava distribuindo droga de graça?

— Olha ali, no canto esquerdo onde não tem iluminação. É a Dayane. — Anna apontou. Segui o olhar na direção que ela apontou.

Dayane estava falando com um cara, talvez cinco anos mais velho que ela, perto de uma árvore. O homem olhou pros lados e depois retirou um envelope do bolso, igual aquele que eu tinha encontrado na caixa de madeira.

— É o mesmo envelope. Por que esse cara tá dando dinheiro pra Dayane? — Anna perguntou.

— Não é óbvio? Ele deve estar pagando a ela pelas drogas que ele deve ter comprado. — respondi.

— Meu deus, ela trouxe Yasmin pra esse lugar? — Gabi disse horrorizada. Senti o sangue ferver no meu corpo.

— Eu vou acabar com ela. Vocês vão procurar Yasmin — disse sem nem esperar resposta, pisando duro e marchando em direção a Dayane, de costas pra mim.

Alcancei ela cutucando suas costas com força. Ela se virou sorrindo, mas desmanchou assim que me viu. Não aguentei e desferi um tapa estalado na cara dela.

— Carol?! O que...? — ela me olhou com os olhos arregalados com a mão no rosto. — O que você está fazendo aqui?!

— Achou que eu não ia descobrir seu segredinho de merda? E ainda arrasando minha irmã junto? — gritei empurrando ela pelos ombros. A música alta fazia com que apenas ela escutasse meus gritos.

— Carol, eu posso explicar. — Ela disse tentando se esquivar dos meus tapas.

— NÃO TEM O QUE EXPLICAR DAYANE. VOCÊ É UMA CRIMINOSA! — gritei com raiva estapeando seu ombro com força, encurralando ela na árvore. — SE QUER SER A CHEFE DOS TRAFICANTES TUDO BEM, EU NÃO ME IMPORTO, SÓ NÃO ARRASTA MINHA IRMÃ PRA ISSO TUDO!

— Espera. — ela disse confusa. Ela prendeu meus braços com força e prensou o meu corpo na árvore, trocando facilmente de lugar comigo. Ah meu Deus é agora que eu morro. — Chefe dos traficantes? De que merda você está falando?

— Estou falando de você e todos esse drogadinhos pra quem você vende pó. — despejei na cara dela. Meu deus de onde tirei tanta coragem? De repente ouvi sua gargalhada.

— De onde você tirou essa maluquice toda Carol? — ela disse em meio de risos. Fala sério, ela ainda ia mentir e debochar na minha cara?!

— Bia me contou sobre sua amiguinha Britt que cheirava pó junto com você nas festinhas, sua drogada! Não tem nem vergonha na cara e ainda trás a irmã dos outros pra esse mundinho de merda! — gritei irritada, me debatendo pra ela me soltar do seu aperto.

— Só podia ter sido Bia. — Debochou agora com raiva, rindo sarcástica.

Eu queria gritar e bater nela. Senti meu corpo fervendo de raiva, enquanto eu continuava tentando me livrar dela.

— Carol para! — ela disse irritada, sem paciência, me pressionando mais forte contra a árvore — Bia mentiu pra você. Olha em volta, tá vendo alguém se drogando aqui? — ela disse segurando meu rosto com força.

Eu queria tanto esfregar na cara dela tudo isso, mas quando parei pra observar o local, tirando alguns garotos mais velhos que estavam fumando, não tinha nada demais.

— Me escuta. Isso aqui não é um maldito quartel de drogas, eu não mexo com essas porcarias. Seria bem mais fácil você vir me perguntar do que acreditar numa garota que você nem conhecia. — ela cuspiu as palavras na minha cara, com suas respiração pesada e irritada batendo no meu rosto.

— Carol. — a voz de Gabi fez Dayane me soltar e se afastar. — Estávamos completamente erradas. — olhei pra ela e vi Dani, Anna, Cat, Yasmin e Lua logo atrás.

Suspirei derrotada, deixando meus ombros caírem.

Street RacerOnde histórias criam vida. Descubra agora