Cap 20

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Pov Caroline Biazin

— Bom dia Biazins. — Dayane cumprimentou assim que saímos do nosso carro.

Dessa vez viemos todas juntas pra escola, como no início do ano. Essa sensação familiar, junto com a sensação de que tudo estava bem, me deixava tranquila.

Hoje de manhã Thay me mandou uma mensagem de apoio e disse que Vitão havia descoberto que Bia estava com Dreicon em um país qualquer da América Latina. Eu não sei por quanto tempo eu fiquei olhando para aquela mensagem e agradecendo a Deus por tudo o que estava acontecendo.

— Bom dia Day. — Minhas irmãs responderam.

— Ei, eu não acredito que você está com uma jaqueta de couro! Fala sério! Virou uma Limns agora? — Yasmin disse pra Anna que tinha vindo pra escola no carro de Dani como o mais novo casal do Ano.

— Ainda não irmãzinha, mas quem sabe um dia? — disse piscando pra Dani que estava com um sorriso idiota no rosto. Duas bobonas apaixonadas.

— Vamos logo, vai tocar o sinal. — Gabi nos apressou e ninguém protestou, seguindo ela até a entrada do prédio velho.

Eu estava meio apreensiva de estar aqui. Quer dizer, Bia sempre estava aqui, e mesmo sabendo que ela está bem longe, é como se eu esperasse ela aparecer  a qualquer momento, me puxasse pro armário do zelado pra mais uma sessão de ameaças e beijos nojentos forçados.

— Ei, tá tudo bem? — Dayane surgiu do meu lado, me segurando pelo ombro. — Você ficou séria de repente.

— Tá tudo bem. Eu só... — Não terminei a frase. Respirei fundo e encarei os olhos verdes que agora sempre parecia me entender.

— Caroline, tá tudo bem. Bia não vai mais aparecer. — ela tentou me tranquilizar.

Eu sei que eu não precisava me preocupar, mas depois de tudo o que eu passei nas mãos de Bia, todas as ameaças, eu tinha medo, e Dayane parecia saber disso.

— Olha, hoje não temos nenhuma aula juntas, mas eu posso te buscar na porta das suas salas, quando o sinal bater, e te acompanhar até a próxima, o que acha?

Eu mal podia acreditar no que ela estava se oferecendo pra fazer, quer dizer, ela é Dayane Lima ela nunca faria isso por ninguém, pelo menos eu achava que não. Não consegui responder, apenas balancei a cabeça concordando e sentindo o alívio me preencher.

Fomos andando em silêncio, até a sala da minha primeira aula, não foi um silêncio incômodo, foi um silêncio bom.

— Quando o sinal bater, eu venho correndo pra cá, ok? — ela disse assim que chegamos na porta.

Balancei a cabeça concordando e ela sorriu pra mim, indo pra sua sala no sentindo oposto. Fiquei observando ela andar e cumprimentar pessoas até ela sumir pelos corredores.

Olhei pra sala, que estava quase vazia, e entrei sentando no lugar de sempre. Aos poucos a sala foi ficando lotada, a não ser pela cadeira do meu lado que estava vazia. Bia sentava ali. No fundo, eu não queria ter saído da casa dos Limns ontem.

Quando o sinal do fim da aula tocou, eu coloquei meus materiais na bolsa, observando todo mundo saindo da sala. Eu iria esperar por Dayane.

— Oi. — a voz dela soou alguns minutos depois — Vamos?

(...)

Depois de 3 aulas e de Dayane sendo minha segurança pessoal, estávamos na hora do intervalo.

Dayane foi comigo até a fila da cantina e conversávamos sobre assuntos aleatórios pra me distrair, o que realmente ajudava já que a voz dela me acalma. O que eu estava mais gostando em Dayane era como ela era inteligente e tinha uma bela mente, o que me surpreendeu.

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