Street Racer

Cap 21

Pov Caroline

Quatro dias se passaram, finalmente era sexta, e hoje iríamos na praia que as Limns descobriram.

Eu e Dayane nos aproximá vamos cada vez mais. Ela continuava indo na minha sala me buscar em cada aula, não porque eu ainda tivesse receio de ver Bia de repente, mas sim por que ela gostava de me acompanhar nas aulas, o que era motivo suficiente pra Cat e Dani zoarem com ela. Apesar disso, ela continuava encontrando algumas vadias na hora do intervalo e me deixando sozinha, mas eu não podia fazer nada.

— Ei, vamos no meu carro? — ela perguntou assim que chegamos no estacionamento.

O sinal do fim da aula já tinha batido, e nenhuma das minhas irmãs tinham aparecido no estacionamento ainda.

— Não! Imagina o quanto de garota que já gozou nos bancos desse carro. — brinquei.

— Tá brincando? Eu nunca transei no meu lindo estofado de couro. Ele é especial, estou guardado para alguém especial. — respondeu me dando uma piscada, me fazendo soltar uma gargalhada alta. — E então? Vamos?

— O que foi? Tá querendo me matar com essa sua péssima direção Limns? — provoquei fingindo desconfiança.

— Caroline Biazin, você acabou de me ofender. — ela disse dramaticamente colocando a mão no peito. — Bom, eu ia passar no Starbucks, te pagar um Café e talvez até alguns cookies, mas como sou uma péssima motorista...

— NÃO! — gritei interrompendo ela — Eu vou sim! — Eu não seria Eu desperdiçando café e cookies grátis.

— Ah, agora você quer? Interessante, Biazin. Vai ter que gravar um vídeo falando que sou a melhor motorista de todos os tempos, se não, nada feito. — Oi?

— Você só pode estar brincando. — disse incrédula.

— Quem só pode estar brincando? — Dani e Anna invadiram nossa conversa.

— Dayane. — respondi ainda incrédula. Eu só queria café!

— O que você fez, Day? — minha irmã perguntou.

— Eu? Nada! — ela disse se fingindo de inocente. Ridícula! Quase ri de sua má atuação. — Sua irmã que feriu meu coração dizendo que sou péssima motorista.

— Que coragem. — Dani debochou.

— É, e agora ela quer que eu grave um vídeo falando que ela é a melhor motorista de todos os tempos, só pra eu ganhar café grátis. — disse revirando os olhos. Dani e Anna começaram a rir.

— Isso vai ser interessante. Eu gravo! — Anna se pronunciou, ainda rindo. O que?

— Eu não vou fazer isso!

— Vamos lá, é café do Starbucks! — Dayane me incentivou. Sério, vou dar na cara dela.

— Vai, estou gravando! — Anna disse com o celular na mão.

Fechei a cara olhando pra câmera depois pra Dayane, que me olhava fazendo um falso drama. Argh! O que eu não fazia por café grátis.

— Dayane Lima é a melhor motorista de todos os tempos. — disse, olhando pra câmera, sem a mínima vontade.

— Credo! Da pra fazer melhor. — Dani incentivou. Meu deus! — Já sei, segura na mão da Dayane e olha nos olhos dela.

— Dani, você está exagerando! — disse exasperada, mas já estava entrando na onda da brincadeira.

Dayane estendeu as mãos pra mim com um ar falso prepotente. Eu já estava querendo rir de tudo aquilo.

— Vai logo! — Anna disse.

— Dayane Lima. — peguei nas mãos geladas dela, encenando uma cena romântica — Você é a melhor motorista de todos os tempos. — encenei olhando no fundo dos seus olhos castanhos, deixando tudo ainda mais dramático.

— Eu sei! — ela fingiu limpar uma lágrima. Não aguentei e comecei a rir sendo acompanha por Dani e Anna.

— Vou querer dois cafés, depois disso.

(...)

Depois de fazer Dayane comprar metade dos cookies do Starbucks, ela me deixou em casa pra arrumar as coisas e irmos pra praia. Antes ela me fez prometer que eu iria no carro dela, o que obviamente aceitei, pelo menos agora eu sabia que não tinha nenhum perigo de encontrar alguma calcinha por lá.

— Hm, você e Dayane até que estão bem amigas, uh? — Gabi disse maliciosa, assim que pisei em casa. Mereço.

— Ela é uma ótima amiga.

— Amiga? Sei.

— Vai falar com seu namoradinho. Vou subir. — Não esperei pela resposta dela e fui direito pro quarto e me joguei na cama pensando.

Eu gostava da companhia de Dayane, era divertida e totalmente diferente do que eu imaginava quando cheguei aqui.

Apesar das nossas provocações irritantes, que nunca vão parar, ela conseguia ser a melhor pessoa pra ter do lado. A única parte ruim eram as vadias que se jogavam encima dela, e na maioria das vezes ela dava bola.

Não posso negar que eu entendo essas vadias, eu também tenho uma forte atração por Dayane, até porque a maldita é muito linda, e tem um belo corpo que faz qualquer um babar, mas Dayane não era só isso, por baixo da Bad girl pegadora ela era meiga, gentil, engraçada e preocupada claro que mal humorada e sarcástica também estavam na lista.

— Caroline, já está pronta? — Ouvi Anna gritar e dei um pulo da cama. Estou atrasada.

— To indo! — Gritei de volta colocando tudo o que eu achava que era de praia numa bolsa qualquer.

Peguei meu biquíni e sai correndo pro banheiro, colocando um short jeans por cima e uma regata branca.

— Até eu já estou pronta e você não. — Anna debochou. Vi que as Limns também estavam ali, inclusive Dayane.

— Okay, vamos logo que eu quero pegar sol ao som de Beyonce. — Dani disse animada puxando Anna, que também estava animada.

— Ainda bem que essas duas namoram, porque ter que escutar Beyonce no carro por causa de Anna é um saco. — Gabi resmungou. — Vamos Carol. — disse saindo na frente e segui ela.

— Na verdade, eu vou com Dayane. — disse e ela me encarou com o mesmo sorriso de pouco minutos atrás. Revirei os olhos.

— Vocês não se desgrudam mais, é isso? — Cat debochou.

— Estou fazendo um favor pra vocês levando Carol. Não vão ter que aguentar ela. — Dayane provocou.

— Eu não quero ir sozinha! — Gabi disse emburrada.

— Então é seu dia de sorte gatinha, eu estou livre leve e solta. — Cat fez graça me fazendo rir.

— Melhor eu ir sozinha mesmo. — Gabi disse rindo da palhaçada de Cat, que agora fazia cara de cachorro abandonado. Escutei a buzina de Dani. — Ok, vamos logo Catarina. Sem gracinhas! — ela disse saindo na frente e se jogando pra dentro do carro de Cat.

— Que mulher mandona. Eu amo mulheres mandonas. — Cat disse rindo indo pro carro.

— Vamos Biazin. — Dayane disse entrando no Dodge.

— Uau, nem abriu a porta do carro pra mim. — me fingi de ofendida, quando sentei no carona.

— Da próxima vez vai a pé. — ela disse divertida enquanto saía com o carro na frente.

— Credo Limns, você não faria isso.

— Acha mesmo? — ela disse me olhando como se quisesse ser desafiada. Ri, ignorando sua pergunta e comecei a caçar coisa no porta luvas do carro dela. — Tá procurando o que? — perguntou curiosa.

— Isso. — Puxei um cd que tinha achado. — The 1975? Não sabia que gostava. — disse já colocando no som do carro.

— Quem não gosta? — ela aumentou o som e acelerou o carro pela estrada.