Capítulo 6- O encontro

343 17 0
                                    

Era de manhã, o sol ainda não tinha nascido e eu já estava a caminho do vale.

Chegando lá, fui logo para a rocha onde me costumo sentar, pego no meu caderno e vou às páginas onde estão os meus apontamentos e desenhos sobre os Mustangues.

- Aqui não têm nada sobre Mustangues negros... Hum - disse para mim.

- Espera, tenho aqui alguns apontamentos dum livro que li.

...

-Encontrei! - " Os Mustangues Negros são uma espécie própria. São mais rápidos e mais espertos do que os Mustangues comuns. Existem menos de cem exemplares no mundo. "

- Uau! -pensei para mim. - Mas donde é que este Mustangue virá? Será que ele veio com mais membros da sua espécie? Bem, tenho que procurar se quero descobrir...

Levanto-me e vou andando pelo vale, sempre atenta aos Mustangues, para que não me vejam.

Não o vejo, vejo apenas outros mustangues e alguns animais de pequeno porte que partilham o território com eles.

Já está a ficar tarde, e ainda por cima, vou ter que ir ter com o meu pai para começar-mos o treino de caça... Sim, eu também não queria, mas vou ter que ir, é "a minha obrigação" como futura chefe da tribo.

Quando chego ao Rio, sento-me para recuperar o folgo. Aproveito e como um pão que tinha no meu saco.

"Suspiro"

...

De repente, oiço um rugido que parecia ser bem perto daqui, aquele rugido sim, era me familiar. Levanto-me e começo a andar, sem saber bem por onde ir, eu só queria encontrar aquele Mustangue.

Passado um tempo, estava eu por entre as densas e altas vegetações que cobriam a margem do do Rio, à procura do rugido que tinha ouvido. Oiço vários rugidos (agressivos), por entre as árvores. Vou de cabeça baixa e ólho em meu redor, mas nada. Até que passa à minha frente um Mustangue a galopar em direção ao vale a grande velocidade. Baixei-me e felizmente não me viu. Estava frido, a sangrar no pescoço e no peito, parecendo que tinha levado dentadas ou golpes de garras, algo do género, não consegui ver naqueles dois segundos que ele passou por mim.

Abri rapidamente o meu caderno, ainda desorientada, e vi, sim, nos meus desenhos estavam lá os tipos de garras e de "dentadas" de Mustangues, e aquelas, sem dúvidas eram dentadas de tais.

Já curiosa mas ao mesmo tempo receosa, continuei a caminhar, mas desta vez, estava um silêncio absoluto. Até que oiço passos. Volto a baixar-me e espreito por entre os arbustos...

Era ele!! O Mustangue Negro!

Foi ele que feriu o Mustangue que passou por mim, e ele também não estava muito bem, estava com um pouco de sangue na perna, e parecia cansado, mas nada de mais.

Naquele momento, passa uma brisa de ar frio por mim e dou um espirro, o Mustangue levanta o olhar, e vai de cabeça baixa até aos arbustos onde eu estava. Felizmente ele ouve outro som e volta para trás.

...

Eram outros Mustangues que o estavam a chamar, mas pelo lado de onde o som vinha, parecia vir de oeste (o lado contrário ao do vale). Achei estranho, pensei que os últimos Mustangues viviam no vale Glendar.

O Mustangue Negro responde ao chamamento e corre para ir ter com eles.

- A sério?... - pensei para mim. - Perdi a oportunidade de me aproximar dele, ou pelo menos, de o observar.

- Felizmente sei que ele anda por aqui... - disse eu mais calma. - Mas será que há mais Mustangues Negros?

Tenho que saber por onde ele foi...

----

Na Arena

Eu: - Pai, eu já pedi desculpa pelo atraso!- disse eu já farta de incestir.

Pai: - Nem "mas" nem meio "mas", não quero te voltes a atrasar ouviste? - disse chatiado.- Mas afinal, onde é que estivesse? - ainda a resmungar.

Eu: - E...Eu? Estive... Com uma amiga minha! - disse atrapalhada.

Pai: - A Carence?

Eu: - Sim...- mentindo.

A Carense é uma prima minha da tribo vizinha. Ela sabe do meu "segredo", mas, é outra que tal... não compreende o que eu sinto pelos Mustangues.

...

- Bem agora que estamos todos aqui, vamos para a floresta, à beira da margem do rio. Lá podemos encontrar muitos Mustangues.

Thero: - Fixe! Estou ansioso por matar as bestas! - disse com um ar malicioso.

Anaíse: - Ya, mas isto só tem piada se ficarmos com uma cicatriz.

Aqueles dois já me estavam a enervar. Já não basta ter que ir caçar, ainda por china tenho que ir com eles.

Pai: -Vamos lá.

...

Espero que estejam a gostar. :p

Se acharem que devo melhorar alguma coisa, investir mais naquele tema, digam-me!! ;)

EutherOnde histórias criam vida. Descubra agora