~ Capítulo 8 ~

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Capítulo 8

― O que você está fazendo aqui? ― Perguntou assustada olhando para todos os lados. Já não era de bom tom estar sozinha com seu marido nas imediações da casa de outro homem, na presença de Amin, que um dia já quase tinha sido seu noivo, era pior ainda!  Não sabia nem como seria castigada se Khaled a pegasse ali.

― O mesmo que você. Apreciando a vista, as tâmaras... ― Disse Amin preguiçosamente tocando o tronco de uma árvore. Jamile engoliu em seco. Era melhor ir embora. No entanto, quando começou a andar novamente para longe de Amin, o homem puxou-a abruptamente pelo pulso vociferando:

― A gente ainda não conversou! Não dê as costas ao seu homem quando ele estiver falando com você!

― Você não é o meu homem! ― Gritou tentando se desvencilhar do toque, mas Amin a segurava com força e encarava os seus lábios com um sorriso nojento estampado na face.

―Você ouviu bem, você não é o homem dela, largue-a. ― Jamile arregalou os olhos vendo o marido se aproximar. Num primeiro momento, temeu que ele tivesse entendido tudo errado e achasse que ela tinha pedido para aquela cena acontecer, mas ao ver a cara de desagrado com que Khaled encarava a mão de Amin segurando o seu pulso, ela respirou aliviada ao perceber que ele tinha entendido certo, que quem a perseguira até ali e a puxava com força fora o idiota do Amin.

A contragosto, Amin a soltou. Jamile puxou o pulso com força na própria direção avaliando a marca que ficaria vermelha pela pressão que ele tinha feito ali. Contudo, a briga de homens grandes continuou, porque Amin disse:

― Sabes que só a tem porque a comprou. Ela nunca te amou e nunca te amará. É como um animalzinho de estimação que aceita as correntes que lhe são impostas, mas que sua verdadeira vontade era de apreciar outras vistas, eu no caso. ― Amin piscou para Jamile e Khaled sentiu o rosto tingir-se de vermelho, mas um vermelho de raiva. 

― Cale a boca, babaca. Perdeu a chance de se referir a Jamile quando vendeu informações sobre ela a custo de salvar sua família da decadência.

― Pelo menos eu tenho princípios. Faço tudo que posso pelos que eu amo.

― Então não amavas Jamile. ― Ponderou Khaled acidamente. Amin sorriu mordaz.

― E por acaso tu a amas? ― Jamile achou que Khaled não se limitaria a responder Amin, principalmente pelo tempo que o silêncio se fez presente, mas se assustou quando ele a olhou nos olhos e respondeu:

― Sim. E por isso mesmo fui idiota de querer mostrá-la como um troféu para você. Mas ela não é mais minha mercadoria, ela é minha esposa e apenas minha. Então... ― O tom de voz de Khaled que por um momento pareceu cálido e carregado de emoções carinhosas, mudou-se abruptamente quando ele deixou de encarar Jamile e passou a encarar Amin: ― Então não se atreva a tocar um dedo sequer a mais na minha esposa se não quiser que eu te assassine em praça pública seu patife de merda. ― Amin sorriu com os olhos debochando:

― Você não faria isso.

― Não ouse me testar, moleque. Não ouse. Eu sou capaz de muito mais do que você imagina. ― Jamile engoliu em seco, mas Amin não parecia nem sequer tocado com as palavras, porque ele deu de ombros como se o que Khaled tivesse falado não fosse uma ameaça, mas uma proposta.

― Vamos ver. ― Ele respondeu.

Khaled puxou então Jamile pelo braço para longe do rapaz quando então eles se entreolharam ouvindo um grito muito agudo que muito se parecia com a voz da mãe de Khaled. Não houve tempo para pensar, correram imediatamente para dentro da casa, os corações acelerados esperando que não fosse nada grave, mas infelizmente era.

Eram as famílias mais abastadas que estavam presentes e, talvez por isso, deixasse o clima ainda mais tenso como se de repente eletricidade fosse escapar em fagulhas dos olhos assustados dos presentes. Por que fosse quem tivesse feito aquilo, não estava nada satisfeito com os ricos da região em geral, principalmente com a família principal, os Al Bir.

Ali, na frente de todos, estava o senhor Mohammed. 

Sangue escapando dos lábios rubros e também de uma ferida aberta a punhal no pescoço, derramando ainda mais sangue. Uma morte gutural no banheiro da residência, com o homem humilhante sem os trajes debaixo, que ainda estava regrada com uma mensagem forte no espelho:

Vejo vocês no inferno, viva o povo, viva uma nova família no poder. Viva uma melhor vida para todos nós.

O grito da mãe de Khaled se fez presente novamente quando ela enfim se entregou. Caindo de joelho no chão frio, a mulher debulhou-se em lágrimas enquanto à maioria presente só restou se entreolharem, apreensivos, quanto ao futuro da nação.

E por conseguinte deles mesmos.

 E por conseguinte deles mesmos

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Socorro... Preciso de tempo... Esse foi o último capítulo que escrevi até agora, gente...

Preciso de pelo menos mais 3 para concluir... Estamos perto do final...

Me desejem tempo hahaha...

Espero que tenham gostado... se gostaram, não esqueçam de deixar uma estrelinha! ❤️

Bjinhoos.

Diana.

A bela JamileOnde histórias criam vida. Descubra agora