Capítulo 1 O telefonema

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Estamos em maratona, cem comentários liberam o próximo capítulo amanhã, se não a gente se vê na sexta-feira.
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Nosso booktrailer pode ser visto nesse link ➡️https://youtu.be/rgVjy7yZq3o

Era a décima oitava vez que eu ligava para Carlos, eu mal respirava, ele estava noivo!

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Era a décima oitava vez que eu ligava para Carlos, eu mal respirava, ele estava noivo!

Isso mesmo, noivo!

Meu namorado por cinco anos que terminou comigo por não querer algo sério, que estava afim de levar uma vida menos compromissada, que precisava curtir sua juventude solteiro, estava noivo, isso em apenas três meses, uma outra mulher conseguiu o que eu sempre quis, um pedido com direito a anel, e capa em redes sociais.

Nada no mundo me preparou para aquilo, nada!

Tentei ser positiva, afinal eu era a rainha de bateria e o carnaval se aproximava, não podia me afogar em chocolate, ou sorvetes, deveria cuidar do meu instrumento de trabalho, meu corpo, que naqueles dias deveria se manter igual o de uma deusa de ébano, cada músculo revestido por uma pele incrivelmente iluminada, eu era bonita, era inteligente, sabia sambar perfeitamente e nem mesmo isso fez Carlos ficar, e como eu queria que ele ficasse.

Minha vida mudou na primeira vez que a vi, era uma loira linda, usava espartilho, sua cintura era menor que a palma da minha mão, parecia uma estrela de rock e Carlos sorria, de uma maneira que nunca aconteceu comigo, ele não me viu, eu apenas fiquei parada, a felicidade dele era muito real, tão real que me vi desesperada.

Fui para casa de Uber, dei uma nota de 20 e não consegui esperar o troco.

Agradeci por estar sozinha e fiz o meu melhor erro.

Decidi ligar para Carlos.

E disquei algumas vezes o número dele, as lágrimas embaçavam a minha visão.

— Alô — a voz máscula atendeu do outro lado.

— O Carlos por favor?

— Acho que você ligou errado — a voz do outro lado respondeu.

— Desculpa — desliguei, já ligando novamente, dessa vez eu chorava.

— Carlos?

— Errado novamente!

Dessa vez disquei pausadamente, mas não teve jeito, meu interlocutor  já atendeu rindo:

— Moça acho que o tal Carlos passou o número errado.

— Eu... — me peguei chorando alto.

— Façamos assim... Eu estou um tanto desocupado agora, vamos conversar? Acho que a senhora precisa desabafar!

Sob sua peleOnde histórias criam vida. Descubra agora