Capítulo 10. Porque Stiles tem que ser tão tão Stiles?

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~Notas do Autor~

ATENÇÂO esse capitulo é o Derek que narra ok? 

Boa leitura. 

~Fim da Nota~

Olhei para aquele ser encolhido em meu sofá que por sinal estava lá desde que acordamos, mas o mais estranho que quando tentava sentir o que ele sentia só percebia vergonha.

Todo seu corpo tremia com cada palavra que pronuncia até um simples "Bom dia." foi a razão para ele esconder o rosto em suas mãos e tremer.

Seu peito subia e descia cada vez que tentava falar, já suas mãos se contorciam tanto em sua calça jeans que achei que fosse rasga-las – seus cabelos úmidos e parecendo um porco espinho, sua pele tinha tantas marcas roxas que comecei a crer que havia sido muito violento com um corpo tão pequeno.

Podia gostar de ver o branco se misturando com o roxo... não que seja um masoquista longe disso só estou feliz com minha obra de arte, mas vou parar de pensar essas coisas.

Stiles, era como um gato – aqueles olhinhos brilhantes e quando em um surto de coragem olhavam para mim mordia seu lábio inferior e depois encarava suas mãos novamente. Ficando assim por horas até me irritar e rosnar para o mesmo, e isso foi a pior coisa que poderia fazer porque desde então parou de responder.

O mais trágico da situação toda foi que acordei justo no momento em que Stiles, dizia que me amava – bem baixinho e delicado fazendo com que seu peito explodisse em sentimentos que começaram a se confrontar um com o outro.

Era muito coisa para se sentir num momento apenas, por isso tomado pela curiosidade tive a brilhante ideia de abrir meus olhos. E tudo pegou fogo literalmente. Suas pupilas estavam dilatas – como duas bolas de gude – quando o pequeno me encarou e desabou em chorar.

Stiles chorava enquanto eu não sabia o que fazer. Tentei toca-lo, mas recebi mais soluços, abraça-lo, mas recebi uma enxurrada de lágrimas e quando tentei falar o mesmo me xingou de "Idiota". E fiquei confuso.

Estava há horas sentado no colchão vendo a porta do meu banheiro fechada com um Stiles em pânico. Quando fiz sexo com ele não imaginei que o mesmo teria uma crise histérica e isso me assustava, já que ninguém chorou após o sexo.

Podia sentir seu coração batendo feito louco, sua respiração ofegante por conta do choro e ainda não sabia o que fazer. Resolvi bater na porta, segunda burrice. Stiles, gritou comigo como se fosse um intruso tentando matá-lo e sinceramente achei que o mesmo pensava que minha intenção fosse aquela.

Depois de tomar banho em outro banheiro fui preparar o café. E agora lá estava eu encarando-o, parecia um zumbi pela forma estática sentado no sofá. Sabia que havia vergonha ao seu redor e tentava não mexer com ele para não provocar nenhuma intriga, mas o seu cheiro tentador atiçava minha fera interior fazendo com que quisesse muito ataca-lo.

Eu me arrisquei em beija-lo hoje de manhã, contudo o tapa que havia recebido ardia em minha bochecha. A campainha começou a tocar o que me distraiu do meu ataque suicida.

– O que foi? – Perguntei sendo rude com a garotinha na porta que deveria ter por voltas de seus dez anos e segurava uma caixinha de biscoitos empurrando um carrinho cheio deles.

– Biscoitos? – Perguntou insegura colocando-os em minhas mãos o que me fez rosnar por nenhum motivo aparente, mas deixou as garotinhas assustadas. – Ou não?

Olhei para Stiles que estava se transformando em meu sofá pelo tanto que se encolhia no mesmo e pensei que ele pudesse gostar disso, afinal é o Stiles ele deveria gostar.

– Ok, quero duas caixinhas dos de chocolate. – Pedi tirando a carteira do bolso abrindo-a para pegar o dinheiro. – Quanto custa?

A mesma disse o preço me entregando as duas caixas e completou falando que uma delas podia vim com um prêmio, um brinquedo estranho que não me interessava muito. Fechei a porta sem me importar com a falação desenfreada da garotinha e segui para o sofá me sentando jogando as caixinhas azuis nas pernas trêmulas do meu Sti.

– São para você, espero que goste deles. – Disse pegando o controle em cima da mesinha e ligando a televisão.

– Obrigado. – Disse fazendo seu rosto adquirir tons vermelhos, mas continuava a não olhar para mim.

– O que você tem? – Perguntei meio receoso vendo seu corpo se contrair enquanto abria a caixinha.

– N-Nada. – Respondeu comendo um dos biscoitinhos e sorrindo, deveriam estar muito bons.

– Nada? Você chora do nada, me bate do nada e se tranca no banheiro por nada? Maravilhoso. – Disse ironicamente o que o fez me encarar com medo.

– Não fique bravo. – Pediu com as bochechas inchadas de bolachas e aqueles olhinhos brilhantes que eram irresistíveis. Ele quer me matar.

Stiles deveria ter sido banhado no rio fofura para ser tão adorável assim, se o tal rio existisse o mesmo passou duas vezes por lá.

– Porque acha isso? – Perguntei encarando seus olhinhos que giravam para todos os lados, mas nunca focavam em mim.

– Eu fui ruim né? – Perguntou deixando os biscoitos de lado e apoiando os pés no sofá e a cabeça nas almofadas suspirando para continuar a falar. – Você não gostou do ... negócio.

– Ruim e negócio? O quê? – Ele devia ter a arte de me deixar confuso.

– A noite passada... você não gostou de fazer aquelas coisas... eu fiquei apenas deitado como uma boneca e além do mais eu. Eu gemi tão alto... que vergonhoso. – Dizia ele colocando as mãos no rosto e se fosse possível poderia ver a fumaça saindo de suas orelhas por estar tão envergonhado.

Eu tive que rir feito um louco depois disso por que não sabia como Stiles podia ter tantos pensamentos negativos se ele era o otimista de nós dois.

Em primeiro lugar eu amei fazer sexo com essa coisinha irritante e em segundo quando o mesmo gemeu meu nome tão alto que até ecoou pelo quarto só fez com que quisesse me enterrar mais no seu interior quentinho.

Eu chupei seu pênis e isso mostra o quanto eu gostei, afinal eu chupei um pênis de outro cara e não achei nojento. Eu chupei. Ok, pare de dizer isso!

– Stiles me escute. – Pedi recebendo toda sua atenção. – Não estou com raiva de você. E além disso você foi ótimo no quarto, não esperava me sentir tão bem. Estava só tímido e isso é normal para as primeiras vezes. E em relação aos gritos eu não meu importo, até gosto e chame meu nome quantas vezes quiser isso me enlouquece. Adoro sua voz e você todinho. E se por um acaso está inseguro podemos fazer de novo.

– Você diz sexo de novo? Com você? – Perguntou surpreso, o que era estranho.

– Qual o problema em ser comigo?

– Não, é que não esperava que quisesse de novo. – Falou abrindo um lindo sorriso.

– Sendo assim quer fazer aqui? – Perguntei me inclinando até capturar sensualmente seus lábios. – Quer?

– I-Isso...

– Ou na cozinha tenho uma ótima bancada. – Falei sorrindo maliciosamente e imaginado a cena. Que delicia! – Temos a opção do jardim também.

– Seu... eu não vou fazer sexo lá fora! – Esbravejou tentando me afastar com as mãos.

– Mas aqui está bom, não é? – Perguntei e demorou para que recebesse um aceno positivo, e antes que pudesse beija-lo seu celular tocou nos atrapalhando.

Ele atendeu ao telefonema enquanto passava seus dedos pelos fios dos meus cabelos o que acalmou um pouco o meu tesão. Ouvi o nome do Scott – como tinha poderes bem úteis ouvi toda conversa – e antes mesmo dele mandar eu já estava em pé com as chaves nas mãos. Pelo visto íamos visitar um certo xerife no hospital.

Como fazer um lobo mau se apaixonar por mim?Onde histórias criam vida. Descubra agora