Tentei me despedir, mas minhas lágrimas passaram a cair em um ritmo que eu não conseguia me expressar de forma alguma. Corri para casa, e assim que cheguei me joguei na cama, fiquei encolhida apenas observando a temperatura de minhas lágrimas, além de encarar a parede em busca a consolo. Mas NADA, não conseguia enxergar nada, o vento sibilava em meus ouvidos, espalhavam minhas lágrimas e secavam minha boca, mas através de meu pranto, não conseguia ver nada, apenas pequenos borrões... E a razão pela qual me encontrava naquele estado lamentável ? Nem meus pensamentos mais intrigantes chegavam a essa dúvida que me aclamava, deixando-me cada vez mais intrigada e entregando- me ao desespero. Admito que sempre fui uma pessoa muito curiosa, ansiosa e talvez em muitos casos um pouco dramática demais, mas desta vez a nostalgia me tomava por inteira, na verdade não sei se ela me tomava ou eu a tomava por impulso. Tenho que ter mais cautela com meus impulsos, eles sempre me levam a fazer besteiras, quer saber eu sou um poço de besteiras, então só lhe digo e deixo a pensar, sou impulsionada por sentimentos, e sentir dói, sentir é meu ponto fraco.
Todos sentem alguma coisa, por mais que seja dolorido ou maravilhoso, por mais irreal, abstrato ou palpável, todos de algum modo sentem ...
O que eu sinto, o que eu senti ... Sei que por mais que continue a doer eu tenho que persistir nesse sentimento. Eu tenho que sentir, pois é isso que me faz não desistir de tudo.