Um vampiro em minha vida

Problemas

Um Vampiro Em Minha Vida

Capitulo XXIII – Problemas

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asuke estacionou o carro em frente a uma grande mansão perdida no meio da floresta, foram 3 longas horas de viagem para chegarmos até aqui. Eu não estava com um bom pressentimento desde que o Uchiha anunciou que o conselho desejava ver Sarada e não havia concordado em aceitar Itachi como rei.
Não queria minha filha perto dessas pessoas, desejava deixa-la sempre segura comigo.
Juntei as mãos olhando para Sarada deitada na cadeirinha no banco traseiro, ao seu lado estavam Naruto e Hinata que vez ou outra faziam graça para menina que soltava risinhos banguelas.
— Por que isso agora? — eu não escondia minha preocupação.
— Eles querem vê-la simples assim. — Sasuke saiu do carro batendo a porta.
— Pra que? Não há necessidades disso. — o acompanhei vendo Naruto e Hinata fazerem o mesmo.
— Eles só querem conhece-la Sakura, está tudo bem.
— Não gosto de ter minha filha exposta para desconhecidos Hinata. E não vejo como Sarada ajudaria a convence-los de livrar o trono de Sasuke.
— Você se preocupa demais, não vai acontecer nada. Vamos logo. — Sasuke passou por mim levando Sarada no bebê conforto e segurou minha mão guiando-me para os grandes portões de ferro.
O lugar não era dos mais bonitos, era horripilante na verdade, a casa escura parecia aquelas assombradas dos filmes e a floresta a nossa volta estava morta e sombria.
— Não gostei daqui. — murmurei quando passamos por dois vampiros que abriram os portões.
Eles tinha marcas pelo corpo,  o rosto estava coberto de cicatrizes e os olhos vermelhos emanavam morte. Eram assustadores.
— Nenhum humano gosta, espere só até ver por dentro. — Naruto disse com humor levando uma cotovelada de Hinata.
— Não está ajudando.
— Foi mal Sakura.
O ignorei apertando a mão de Sasuke com força olhando de esguelha para Sarada que estava quietinha chupando o dedo. Ela parecia tranquila e isso me deixava mais calma.
Seguimos por um caminho de pedras até uma grande porta de madeira que se abriu assim que paramos na entrada. Engoli em seco analisando o grande salão vazio a nossa volta, era mais horripilante ainda. Outro vampiro apareceu nos guiando por um extenso corredor e outra porta se abriu.
Surpreendi-me com o tanto de pessoas que estavam no local. Era uma enorme bancada cheia de vampiros e a frente tinha algumas cadeiras que também estavam cheias.
Isso é o que? Um tribunal de vampiros?
— Uchiha Sasuke. — o homem que se encontrava no centro se pronunciou fazendo a sala ficar silenciosa.
— Tobirama. — Sasuke respondeu o encarando.
— Aproximem-se, deixe-me ver a princesa.
Princesa. Aquela palavra não me agradava, eu não desejava isso para minha filha. Ela seria apenas uma criança normal.
Sasuke se aproximou deles e eu lhe acompanhei, ouvi alguns murmúrios de adoração e elogios para minha filha.
— Realmente é uma Uchiha. Mas que bela jovem lhe acompanha, não poderíamos esperar menos da escolhida dos deuses.
Sentia todos os olhares queimando em mim e fitei um ponto qualquer no chão não ousando encarar ninguém. Eu só queria ir embora, me sentia um pedaço de carne no meio daquele povo.
— Qual seu nome bela jovem? — outro homem perguntou.
— Sakura. — Sasuke respondeu por mim.
— Será a mais bela Rainha, poderá até superar a beleza de Mikoto. — outro comentou recebendo a afirmação dos outros.
Encarei Sasuke e ele me olhou de lado antes de voltar sua atenção para nossa plateia.
— Acho que já conversamos sobre isso. Peço que reconsiderem meu pedido.
— Não podemos ir contra as leis jovem Uchiha, não seja tolo e aceite seguir sua linhagem. Você tem uma esposa fértil e uma herdeira, já está na hora de tomar o que é seu por direito. — o tal Tobirama falou.
— Irei continuar renegando. — Sasuke respondeu sério.
— Não tem esse direito. — outro vampiro retrucou.
Quem eles pensam que eram para querer mandar na vida das pessoas?
— Sendo o filho mais novo de Fugaku Uchiha seu dever é seguir os passos de seu pai, já que seu irmão renegou seu direito ao trono.
— Ele não é filho de Fugaku. — a porta se abriu e Itachi passou por ela atraindo a atenção de todos.
Ouve silêncio por todo local e eu franzi o cenho olhando para Sasuke que não havia movido um músculo. Observei Itachi se aproximar sendo o centro das atenções
— Sua acusação é grave.
— Aqui diante do conselho eu afirmo que Mikoto Uchiha adulterou. — ele disse em alto bom som e a sala encheu-se de indignações.
— Silêncio. — um dos cara bateu na bancada.
— Eu vi com meus próprios olhos minha mãe trair meu pai com um dos guardas do palácio, e não foi apenas uma vez. — Itachi continuou a acusar a mãe.
— Continue. — Tobirama pediu.
Ele parecia bastante interessado na história.
— O homem era um dos rebeldes que se rebelaram, foi o assassino de meu pai e foi por causa dele que Sasuke está vivo, ele poupou sua vida.
Engoli em seco olhando nervosa para Sasuke, sentindo sua mão apertar a minha com força. Ele não falava nada mas eu podia ver em seu olhar distante o quanto ele estava transtornado com isso.
Desviei o olhar para Hinata e ela se aproximou pegando Sarada se afastando em seguida.
— Em todos esses anos eu o procurei e vinguei a destruição da minha família. — o tom de Itachi se intensificava cada vez mais.
— Você tem provas?
— Todo Uchiha tem uma marca de nascença no peito igual a essa, mas Sasuke não tem. — Itachi levantou a camisa mostrando uma pequena marca em formato de redemoinho.
— Sasuke. — Tobirama se dirigiu ao moreno ao meu lado.
— Eu não tenho. — a voz de Sasuke estava mais baixa que o normal.

Os caras da bancada se entreolharam e começaram a conversar por longos minutos. Eu já não suportava ficar naquele lugar, e o silêncio de Sasuke ao meu lado não estava ajudando 
— Sendo assim Itachi é o único e legítimo herdeiro Uchiha, o trono lhe pertence e a escolhida dos Deuses será sua esposa. — o homem declarou e os outros concordaram.
— O QUE? — meu grito ecoo por todo salão.
Minha incredulidade era imensa. Encarei Itachi e ele assentiu concordando e ainda teve a ousadia de dizer que era justo.

Como ele poderia fazer aquilo com o próprio irmão? 
— Quem você pensa que é cara? Você não pode decidir a merda da minha vida. — exclamei fitando aquele homem idiota e todos a sua volta me encaravam com diversão.
— Você não está em condições de retrucar humana. Sua opinião não é importante e seu destino já foi decidido desde sua infância.
— E quem vai me obrigar a acatar a sua ordem? — retruquei ácida.
O homem me olhou com tédio e um monte de vampiros ficaram em pé. Apertei os punhos com força me sentindo impotente.
— Pode pegar sua futura esposa Itachi.
Balancei a cabeça desesperada olhando de minha filha a Sasuke que parecia uma estátua. O que havia acontecido com ele? Por que não se movia? 
— Por que você não faz nada? Você prometeu que tudo ficaria bem. — minha voz saiu embargada.
Ele não pode me decepcionar outra vez, não depois de tudo que passamos.
— Sasuke faça alguma coisa. — lhe dei um soco no ombro desesperada vendo Itachi se aproximar de mim.

Ele finalmente voltou a consciência. 
— Não ouse toca-la. Traidor. — Sasuke segurou o braço de Itachi o empurrando para longe em um movimento violento.
Me encolhi observando a fúria que emanavam em seus olhos. Itachi não ousou se aproximar outra vez, apenas balançou a cabeça em negação.
— Você sempre querendo ser do contra garoto, tsc isso não é bom. — Tobirama murmurou e mais vampiros se aproximaram de nós.
— Eles são muitos. — Naruto parou ao nosso lado junto com Hinata.
Todos olhavam em volta com cautela.
— Hinata tire Sarada daqui. — Sasuke mandou e a morena assentiu se afastando com minha filha.
— Sasuke o que vamos fazer? — perguntei angustiada acompanhando Hinata se afastar com o olhar.
Alguns vampiros davam espaço para ela passar e os que não davam a mesma não tinha dificuldades em empurra-los. Encontrava-me desesperada e se algo acontecece com minha filha eu mataria todos aqui. 
— Você quer ficar comigo? — finalmente ele me encarou. 
— Que pergunta idiota é essa? Claro que quero.
— Estava falando sério quando disse que tinha super força?
— Bom eu acho que sim. — murmurei vendo os inimigos se aproximarem cada vez mais.
Naruto ficou em posição de ataque logo  atacando um vampiro que ia atrás de Hinata.
— Então vai precisar dela agora. Só tenta não se matar. — Sasuke avisou puxando-me para o lado acertando um cara a minhas costas.
A cabeça do vampiro caiu a minha frente e eu reprimi o enjoo apertando os punhos com força, vendo Sasuke começar a matança. A mesma energia daquele dia fluiu em mim e eu fui corajosa o bastante para acertar a cara de um imbecil que queria me pegar.

— MALDITO.