Um Vampiro Em Minha Vida
Capitulo XVIII – Sangue
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Ocaminho até Konoha foi estranhamente tranquilo, Sasuke deixou até eu ligar o rádio. Ele estava calado como sempre e com os olhos fixos na estrada, mas algo estava o incomodando já que um de seus punhos estava cerrado sobre a boca.
Não dei muita moral pois estava chateada comigo mesma, agora que Sasuke me encontrou eu não era forte o suficiente para ir embora. Tudo parecia tão certo quando ele estava por perto mas ao mesmo tempo tão errado.
Depois de horas dirigindo Sasuke parou o carro em frente a uma casa próxima a floresta. Era bem bonita e sofisticada, nunca a tinha visto antes.
— De quem é essa casa? — perguntei me virando para ele que desligou o carro abrindo a porta para sair.
— Nossa. — respondeu já do lado de fora.
Franzi o cenho surpresa e sai rapidamente do carro.
— O que? Você está falando sério?
— E quando foi que eu não falei?
Verdade Sasuke falava sério até demais.
— Mas... Nós vamos viver aqui juntos? — forcei minha voz a sair.
Sasuke estava me deixando louca com sua bipolaridade.
— Não tô vendo mais ninguém aqui. — respondeu o óbvio.
— Será que você pode me levar a sério?
— Você fala demais. — retrucou me dando as costas caminhando pela estradinha de pedra em direção a casa.
Olhei em volta para a escuridão da noite e o segui bufando.
— Espera Sasuke precisamos conversar sobre muitas coisas.
— Entra na casa Sakura, vamos fazer um curativo no seu machucado e depois você da seus chiliques.
Chiliques? Então ele achava que eu era barraqueira?
— Não Sasuke, nós precisamos conversar agora. — bati o pé o vendo se virar impaciente para trás.
— Será que você pode limpar esse sangue primeiro? — rosnou apontando para meu braço.
— Você está tentando fugir do assunto.
— Limpa a droga do sangue Sakura. — Sasuke se alterou me olhando em súplica.
Ele estava tenso e parecia incomodado.
Olhei para o pano envolta do meu machucado que já estava encharcado, abaixei a cabeça e passei por Sasuke rapidamente seguindo para a entrada da casa.
Estão era isso, meu sangue estava o desconcentrando, as vezes até esqueço que estou cercada de vampiros.
Ao entrar na casa fiquei admirada, era tão linda e comodante, eu poderia ficar aqui pelo resto da vida e não reclamaria. Tinha até uma lareira na sala e um grande tapete felpudo que me arrancou uma vontade imensa de me deitar nele.
— Seu quarto é na primeira porta a direita. — Sasuke avisou apontando para as escadas no final da sala.
— Como você conseguiu tudo isso? — perguntei admirada.
— Hinata.
Claro, sabia que não tinha sido ele, Sasuke não tem paciência pra essas coisas.
Ele me levou até meu novo quarto e eu tenho que me lembrar de agradecer Hinata depois.
— Tem um banheiro ali. — Sasuke avisou parado na porta e eu assenti olhando para tudo.
A cama de casal estava no centro do quarto, um grande guarda-roupa ao lado, e uma mesinha com um notebook próxima a sacada. O quarto era bem espaçoso diferente do meu antigo.
— Vou estar lá embaixo. — Sasuke avisou me deixando sozinha.
Soltei um suspiro me aproximando da sacada, a vista para a floresta mais a frente era tranquila.
— Agora é só esperar que as coisas se acertam.
Depois de ter tomado um banho e me enfiado em um moletom eu me sentei na cama observando o corte que aquele idiota fez no meu braço. Não era tão profundo mas estava feio, por hora havia parado de sangrar mas eu precisava fazer alguma coisa.
Passei a mão envolta do local e por um momento senti uma energia estranha dominar dentro de mim. Soltei um gritinho me assustando ao ver uma luz verde sinistra iluminar minhas mãos.
Puta que pariu eu não me surpreendo com mais nada.
— O que aconteceu? — Sasuke invadiu meu quarto me assustando.
Ergui as mãos lhe mostrando aquela coisa bizarra. Ele ficou apenas me encarando enquanto eu tentava entender para o que servia aquilo. Foi então que resolvi cobrir meu machucado e o surreal aconteceu. Eu me curei.
Não havia ficado nenhum vestígio de machucado em minha pela, nem mesmo uma cicatriz.
— Minha nossa eu sou muito foda. — sorri impressionada vendo Sasuke se aproximar.
— Kurenai tinha razão você tem poderes. — ele se sentou na beirada da cama parecendo impressionado.
— Quando estávamos indo para Suna vampiros nos pegaram, eu matei um cara, o fiz pegar fogo. — comentei me lembrando daquele incidente horrível.
Foi assustador.
— Esses são os poderes que os Deuses lhe presentearam.
— Sabe que eu estou começando a gostar desses Deuses. — respondi divertida.
— É mas não extrapole, precisa saber usa-los com sabedoria. — disse todo sério me fazendo fechar a cara.
— Ta me chamando de burra?
— Não foi o que eu falei.
— Ei será que pode me explicar por que mentiu pra mim em relação a Kiba? — cruzei os braços me lembrando que chorei por um defunto vivo.
Sasuke arqueou uma sobrancelha e balançou a cabeça não gostando do assunto.
— Foi o melhor a ser feito.
— Você me fez acreditar que meu amigo tinha morrido, eu sofri sabia?
— Ele não é seu amigo, aquele desgraçado tentou te matar. — Sasuke se irritou.
— Ele poderia estar sendo influenciado.
— Ninguém o obrigou a tentar te matar.
— Chega eu não quero falar mais disso. — resmunguei me deitando na cama.
Era estresse demais para uma pessoa só. Sasuke bufou me chamando de irritante e eu o ignorei.
— O que eu vou fazer da minha vida agora? — murmurei olhando para o teto branco.
Tudo estava tão confuso.
— Vai ficar quieta nessa cama até a criança nascer. — Sasuke respondeu.
— Parece que vou ter que trancar minha faculdade. — disse desanimada.
— É só por um tempo, ele não vai demorar a nascer, você pode continuar sua faculdade depois.
— O problema é que eu não consigo ficar parada, o que vou fazer o dia inteiro sozinha trancada nessa casa?
Já posso imaginar o quanto vai ser chato, eu vou enlouquecer.
— Você não vai estar só, eu estarei aqui com você. — Sasuke respondeu me surpreendendo.
— Mas e sua faculdade?
— Não importa, eu não posso te deixar sozinha.
Quando ele falava assim eu até me iludia me sentindo importante.
— E por que não?
— Porque pode acontecer alguma coisa, você não está carregando uma criança normal na barriga.
— A Temari disse que vocês conseguiram matar a Akatsuki.
— Sim mas todo cuidado é pouco, a Akatsuki era apenas uma organização criminosa, podem haver mais vampiros querendo você.
— Então eu não estou livre... Nunca vou estar. — sussurrei incrédula.
Não, isso não pode estar acontecendo comigo. Cobri o rosto com as mãos tentando me manter calma, meu filho nunca teria paz.
— Eles me queriam antes e agora vão querer meu filho também, o vampiro do carro ameaçou a vida da minha criança, eu não consigo viver assim Sasuke. — disse alterada.
Engano meu achar que estava tudo acabado.
— Nada irá acontecer com vocês eu prometo. — Sasuke me puxou para seu colo me assustando.
Fiquei paralisada sentindo suas mãos descansarem em minha perna causando uma explosão de sensações por todo meu corpo.
— O que eu sou pra você? — minha voz saiu engasgada.
Eu precisava saber, precisava entender Sasuke. Ele iria me deixar louca com suas atitudes impensáveis, uma hora ele era um ogro arrogante e em outra parecia até gentil e mostrava se importar.
Eu estava pirando.
— Você é minha. — respondeu apoiando o queixo em minha cabeça.
Fechei os olhos com força controlando minha respiração descontrolada. Estar tão perto dele me deixava em êxtase.
— Me faz sentir coisas diferentes. — continuou a murmurar.
— Raiva e desprezo? — murmurei rindo fraco.
— Não, coisas boas.
Engoli em seco me sentindo zonza pelas suas palavras, acho que Sasuke foi abduzido.
— O que você sente? — Sasuke tocou minha barriga se referindo ao bebê.
— Fome, muita fome. — respondi rindo.
— O que quer comer? — ele me afastou um pouco para poder olhar em meus olhos.
Fiquei pensativa e me lembrei de sue estava louca para comer algo típico da Itália.
— Comida italiana. — respondi passando a língua nos lábios.
— Não quer outra coisa mais fácil? — Sasuke franziu o cenho.
— Não.
— Onde eu vou encontrar isso? Estamos no Japão.
— Na Itália talvez, da um jeito você é um vampiro não vai deixar seu filho passar fome não é? — eu estava jogando sujo mas era apenas brincadeira.
Só queria ver o que ele faria.
— Não saia daqui. — ele me soltou e sumiu em questão de segundos.
— Sasuke?
Encarei o quarto vazio não acreditando no que estava vendo.
— Ele foi mesmo na Itália?
Caramba nem me levou.
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Um vampiro em minha vida
Hayran KurguEu achava que era a pessoa mais azarada do universo, mas quando cheguei em Konoha tive a certeza de que a vida me odiava. Por que eu fui dar ouvidos aos meus pais e vim parar nessa maldita cidade? Nunca imaginei que conheceria alguem como ele. O ho...