Em meio ao negrume do espaço, um planeta de atmosfera roxa se destaca, banhado pelo brilho de uma estrela branca; chamado desde tempos antigos como "Gaize".
Todos os seus biomas têm uma variedade enorme de cores e raças de seres vivo. As formas geográficas que moldam o solo e as montanhas são torcidas e elevadas, fazendo muitas terras estarem em diferentes alturas das demais, diversificando as paisagens de todos os países. As florestas se resumem a fartura de frutas e animais. Bestas místicas como dragões voam alto pelo céu, indo no rumo dos ninhos nos montes; uma espécie lendária, assim como outras que existem por esse mundo.
Os humanos vivem rodeados pela natureza; suas roupas são de tecidos simples, o chão é preparado para cultivo com as enxadas e transportes puxados por animais. É assim que o cotidiano decorre, pelos menos até quando pode. Com o passar dos séculos, as cores da atmosfera do planeta se tornam obscuras, maculadas por inúmeras tempestades, algo diferente por completo do verde vivo de antes. O brilho de uma era de luz se foi, para sempre.
Durante a época em que a degradação não se disseminou tanto, quando viver ainda é possível, um projeto de "salvação" se espalha pelo globo: a esperança na "mana", uma energia que todos os seres vivos podem manipular, um poder com limites desconhecidos, e considerado o único meio do qual pode ser tirado uma solução para a situação.
Seja em papel ou quadros, milhares cálculos foram feitos, se tornando os fundamentos para a criação das "Arcas", naves espaciais — se é que podem ser chamadas disso com as suas aparências — feitas principalmente de barro, madeira e rochas. Devido aos materiais usados, as histórias que se espalharam sobre elas são consideradas por alguns como lorotas, verdadeiras fantasias sem nexo; para outros, como verdadeiros milagres.
Em contraste a raridade dos recursos usados para a construção delas, o número de Arcas e dos criadores são miseráveis, poucas foram realmente concluídas, estando em partes distintas do mundo. Os autores da criação delas são conhecidos como "magos", os poucos no patamar nomeado "Entidade".
Com o passar dos anos, enfim, essas naves são postas em uso, cortando o céu através de rajadas de mana, marcando-o. Elas voam com as pequenas porções de pessoas escolhidas, os sortudos, já que após a ativação delas, nenhum outro modelo foi feito.
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Uma Arca alcança o espaço, sendo exposta aos milhares pontos de luz espalhados pelo negro, infinito. A energia que existe à volta dela se condensa em uma barreira mais forte; o propulsor reúne poder, a disparando de uma vez para o horizonte, mergulhando-a em uma paisagem puxada, em que as luzes vão para trás como uma chuva. Seu território de origem foi abandonado por definitivo, Gaize está longe.
O tempo passa, o panorama cósmico muda de um campo cheio de formas luminosas para um com pontos de luz mais brandos em intensidade.
Cem anos se foram. Para o universo é pouco, mas foi o suficiente para a Arca não ter mais nenhum sinal da origem, estando lenta na atualidade, devido à energia em volta está controlando a velocidade em um preparo para pousar, algo necessário, e, que terá que ser "ali", no imenso asteroide à frente, que gradualmente tem sua forma obscura revelada pela luz de duas estrelas.
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LA: Asteroide Reuor
FantasyDevido ao apodrecer do planeta Gaize, naves feitas de barro e outros materiais recorrentes foram lançadas ao espaço; atravessando o universo na busca de um lugar melhor para os passageiros viverem, tendo que, após muitos anos, parar a força em um as...