-- Capítulo 11: Duelo na Névoa --

24 5 18
                                    

Rainter balança o machado desde cima, partindo o pescoço do besouro. Em seguida ele chuta o corpo, derrubando-o sobre o chão, por onde esse para de emitir as cargas de energia. Em uma área próxima, Lorena salta de um lado para outro enquanto joga lâminas, perfurando as brechas na carapaça da criatura. O besouro investe contra ela, encontrando apenas uma rocha no caminho que colide por seus sentidos estarem confusos, tendo espasmos ao levantar, soltando sangue pelas centenas de feridas feitas pelos projéteis, não esboçando nenhuma ação após isso.

— Mais dois alvos abatidos — informa Rainter.

— Boa, — fala Dorter — já conseguem lidar com um deles sozinhos.

— Com a ajuda da névoa, sim. Mas não saímos impunes, me causaram um corte nas costas e no braço direito. Lorena levou um próximo das costelas, porém não são ferimentos fundos, estamos bem.

— S-sim... Isso me deixa receoso de continuar com a missão, porém, dada a taxa de perigo desse exército para a Arca, precisamos matá-los logo enquanto temos a ajuda da névoa.

— Entendido. Vamos começar a ir atrás dos grupos maiores.

— Tomem cuidado.

— Certo. Como estão indo os golems?

— Dorter está acabando com todos no caminho — responde Zoque. — Ah! Acabou de esmagar mais um!

— Assim você faz parecer que sou um monstro. — Dorter roda as mãos por volta da esfera, demonstrando agilidade na manipulação do gigante rochoso.

— Eu não consigo reagir à velocidade deles, são rápidos de- AAAAAAHH!!!

— Se acalma, já matei.

— Por que eles sempre pulam na minha cara?!

Notando que o rumo da conversa com a sala de controle se tornou improdutivo, Rainter vira, indo embora desse lugar junto da Lorena.

----------

Koll caminha devagar, pisando sobre a parte de uma mandíbula, sendo um resto mortal que não está flutuando tão alto no nada como tantos outros à volta. Eles sobem lentamente, em contraste, o rapaz está em outro patamar de velocidade, viajando pela paisagem de um lixão de corpos flutuantes. A quantidade de besouros mortos nesse local ultrapassa a marca dos quarenta.

Os fios estão descarregados para fora sem nenhum propósito, se estendendo dos dedos até o nada para trás, sendo puxados pela locomoção do usuário.

Um vulto surge e desaparece em um instante, transitando dessa forma pela névoa. Antes ele estava longe, mas alcança em poucos segundos o lugar em que Koll está, circulando por volta na intenção de impor sua existência, que é ignorada pelo rapaz, o qual prossegue caminhando.

Os avanços da criatura têm um aumento de intensidade, levantando rochas a cada passada enquanto deixa o rastro da estática amarela, surgindo de uma vez na frente da presa, estando prestes a liberar um golpe com o braço afiado. Esse é o besouro de carapaça mais robusta, um tipo que gerou sérios problemas em uma expedição passada do Koll e Dorter.

O braço do monstro corta o nada como uma lâmina dourada, parando subitamente pela resistência de muitos fios entrelaçados sobre ele, presos no solo ao lado. Um punho coberto de Aura rasga o espaço até acertar a barriga do besouro, estourando verde, jogando-o por alguns metros à frente até o puxar de volta pelo braço selado com fios, voltando a dar outra pancada no monstro, entortando-o.

Os braços livres da criatura se movem quando ela é repelida pela última pancada, causando cortes superficiais pelo corpo do Koll antes de seu corpo sair do alcance e colidir no chão.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 12, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

LA: Asteroide ReuorOnde histórias criam vida. Descubra agora