A Garota dos Meus Sonhos [EM MANUTENÇÃO]

1º CAPÍTULO

(Quarta-feira)

Eu, Sam, tinha apenas 10 anos de idade, quando surgiu a minha primeira paixonite, ela parecia ser tão real, como se eu pudesse tocá-la; dizem que é impossível sonharmos com a mesma coisa duas vezes, mas comigo acontecia CONSTANTEMENTE, era assustador pra mim, eu era apenas uma criança, eu não entendia aquelas coisa ou porquê aquilo acontecia, "será que era o destino?" me perguntava, "será que tenho superpoderes?" ,imaginava, me via como alguém diferente, anormal, por simplesmente sonhar com a mesma pessoa no mesmo sonho.

Tudo começou no Dia de Ação de Graças, lembro-me como se fosse ontem, os parentes chegando em minha residência, todos se abraçando, se reencontrando , afinal era um dia especial para todos, e também havia um tempo que não se viam, somente em feriados como estes, eu e minha família moramos na cidade de Angelic Valley que é distante das demais cidades, o que torna difícil de virem nos visitar. A minha família era simples, mas valia muito. Tinha o tiozão cheio de piadas, a tia que apertava minhas bochechas e amava dar beijocas que deixavam meu rosto todo manchado de batom, a vovó que amava tricotar, o vovô que amava contar histórias que começavam com "Na minha época" e o tio que sempre falava de política. E nesse dia, chegaram todos para o almoço que a mamãe havia preparado, após almoçarem, eles nunca vão logo para casa, ficam ali resenhando, contando podres, histórias e muito mais, só vão embora ao final da tarde ou pela noite, tivemos uma tarde maravilhosa, embora algumas piadas do tiozão Jaffrey e alguns comentários do tio Jay (Político) eram bem desagradáveis às vezes, gostam de perguntar pela vida de todos, inclusive a minha, então tio Jay perguntou:

— E aí, Sam? Como está indo na escola?

Retruquei e falei:

— Andando.

Dei uma gargalhada após falar isso. Com uma feição estonteante de alguém impressionado e um sorriso no rosto, ele disse:

— Como este garoto está inteligente! Deve estar aprendendo trocadilhos com o Jaffrey.

Tio Jaffrey riu da situação e falou:

— Sarah (minha mãe) o que tinha em sua comida? Eu com 10 anos ainda estava comendo terra. — tio Jay com o sorriso no rosto respondeu com tom entediado elevando sua mão ao rosto. — Certamente o que tinha na comida dela é o que te faz muita falta, juízo!

Todos riram muito dos dois, e então, após todos se calarem, a tia das beijocas ,Clarice, me fez a seguinte pergunta: "Então,Sam, já arranjou alguma namoradinha na escola? Alguma paquerinha?" A mamãe se assustou um pouco com a pergunta, eu respondi: "não" e a mamãe pareceu estar mais aliviada com a resposta, mas o que eu não sabia é que isso mudaria 2 horas depois (eram 19:00 horas). Às 19:30 todos estavam indo embora, me despedi deles e fui ajudar a minha mãe a tirar a mesa, em seguida, sentei com o meu pai no sofá e assisti televisão com ele, a mamãe nunca me deixou dormir tarde e ela era bem pontual em relação a isto, ela sempre me mandava escovar os dentes e vestir o pijama 10 minutos antes das 21:00, assim, eu poderia ir para cama no horário certo e deste modo aconteceu, fiz tudo corretamente e deitei, ela me deu um beijinho na testa, e enquanto estava enrolado debaixo das cobertas, envolvido pelo calor, dormi e de pronto sonhei. Neste sonho, eu andava em direção à uma escola, mas ela era diferente, e entrava, era como se eu conhecesse o local e só havia pessoas adultas, exceto eu e mais uma garota, que eu vi quando passei em frente a sala dela que por sinal era ao lado da minha, ela era diferente, tinha olhos castanhos claros, cabelo curto com franja e castanho escuro e um sorriso extremamente cativante, sincero e muito lindo, e me cumprimentou com o mesmo e com o aceno de uma das mãos quando olhei para ela, não sei dizer como me sentia naquele sonho, mas de uma forma bem sutil, eu me sentia sem jeito ao vê-la e percebi que naquele sonho eu estava apaixonado, mas só no sonho. (Quinta-feira) Acordei, e a noite aparentemente passou voando, estava muito confuso, eu havia acordado, mas a minha mente ainda estava naquele sonho,mas, voltando a minha rotina, fui para a escola e eu mal conseguia prestar atenção em algo, pois não parava de pensar naquele sonho, ao chegar em casa, a minha mãe me achou muito aéreo e perguntou se estava tudo bem e eu respondi que sim, estava tudo muito embolado, não tinha cabeça para explicar o que havia acontecido. Nunca imaginei que um simples sonho faria um estrago tão grande em minha mente, mas, esperava que à noite fosse diferente, que surgiriam novos sonhos e que tudo voltaria ao normal; os meus sonhos geralmente não tem sentido algum, mas dessa vez o sonho foi tão normal, que parecia fazer menos sentido que os demais que eu tinha.